- Sócrates;
- Aristóteles;
- Platão;
- John Locke;
No entanto, um filósofo americano foi esquecido, talvez por ser mais recente, ou porque simplesmente não foi compreendido, ou por ser propositalmente retirado da lista dos mais elegíveis para estudo. Sua obra mais notável é "HOW WE THINK" (Como pensamos).de 1910.
O período de 1880 a 1940 foi dos mais férteis em termos de produção de teorias que sustentam o progresso científico que temos hoje. Os homens daquela época sabiam criar ideias sem ter os avançadíssimos laboratórios de hoje para fazer suas experimentações. E mergulhar dentro do próprio pensamento para tentar decifrá-lo é realmente um prodígio.
Vejamos o que este filósofo tem a dizer sobre PENSAR e PENSAMENTO.
Pensamento
Vejamos o que John Dewey diz sobre o Pensamento, no sentido de algo que mobiliza a nossa mente por um tempo. Quando este tempo de mobilização é muito curto, estamos encarando Pensamento como algo fugaz, dispensável e até fútil. Pensamos, neste sentido, por exemplo, sobre um presidente do país cujo nome foi citado em conversa, lembramos de seu rosto e pronto. Este pensamento acaba no rosto e continuamos a conversar ou pensar no que estávamos fazendo.Já o Pensamento como atributo/dom do ser humano é algo um pouco mais demorado, onde estão incluídos uma linha de tempo e um conjunto de causas e efeitos. Este é o Pensamento real disciplinado.
O leigo chama de Pensamento tudo aquilo que lhe venha à mente, mas existe esta diferença aqui apresentada. Poderíamos chamar este "tudo aquilo" de "flash de pensamento".
O real pensamento tem uma natureza VIRTUAL, ou seja, algo que nos é apresentado, mas que não vemos, não ouvimos não cheiramos ou não provamos. Se pudéssemos fazer um destes atos, o Pensamento seria algo concreto, e sobre o que é concreto não precisamos construir um pensamento, pois a coisa já existe por si só e já está resolvida.
Suportes do Pensamento
Um pensamento pode se apoiar em lembranças, um conjunto de entidades apresentadas ou num conjunto de fatos ou crenças. Dos fatos não se discute, pois são objetivos, conhecidos e disseminados, salvo defraudações. Já sobre as crenças podemos dizer que são como um produto secundário. As Crenças repousam em alguma espécie de evidência ou testemunho. A Evidência pode ser objetiva ou fruto de dedução. Já o Testemunho se baseia em Registro histórico ou de tradição. E aqui da Tradição estamos excluindo dogmas posteriores ao estabelecimento das tradições.Não devemos diferir Registros ou Testemunhos de hoje daqueles efetuados no passado. As pessoas de hoje tendem a dar mais crédito aos fatos registrados desde o advento da Imprensa do que aqueles que lhes são anteriores. No entanto, atualmente, encontramos mais mentiras nos registros de fatos recentes do que nos de fatos passados, pois entraram em cena os financiadores da Imprensa escrita, notadamente na Imprensa televisada. Portanto, devemos ter cuidado com as fontes das quais tiramos os fatos em que nos baseamos.
E o que é Pensar
Pensar é colocar os Fatos, Crenças, Evidências e Testemunhos em uma balança de quatro pratos, procurando as suas associações segundo escalas de valores e respeitando a linha de tempo em que cada um deles ocorreu, medindo a credibilidade de suas fontes.Conclusão
Como o objetivo deste artigo é só diferir Pensar e Pensamento, não vamos fazer digressões mais longas. Pretendíamos também apresentar o Pensamento segundo as ideias deixadas por John Dewey.Nos próximos posts falaremos mais sobre as ideias deste filósofo esquecido.