quinta-feira, 18 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diagrama do Diálogo em um tempo

Nos posts anteriores evidenciamos os componentes de uma "máquina do diálogo".

Neste post colocaremos o diagrama desta "máquina" e fazer algumas digressões sobre ele:

Reprodução somente com permissão do autor (deixe seu email no comentário)
Isto é o que ficou evidente nos posts de "Evidência do diálogo", até a presente data. O evento disparador (sensação) foi o de Fome. No futuro vamos tratar do Pensamento/Raciocínio a partir de um momento em que OCORRE UMA ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS NA MENTE, e não de sensações.

Os papéis do Eu2

Entre os papéis do Eu2 citados anteriormente nos artigos, estão o de servir de auxiliar no Raciocínio. Aqui vamos mostrar, à direita do diagrama, estes papeis em Categorias Gerais. Veja o diagrama:

Reprodução somente com permissão do autor (deixe seu email no comentário)

Ao se dialogar com outra entidade (sua própria mente ou outra pessoa), esta lhe devolve, basicamente, quatro tipos de Retorno (não são obrigatoriamente respostas):

Confirmação - O Eu2 concorda com o Eu1, mandando efetuar a ação que ele sugeriu a si mesmo;
Negação - O Eu2 discorda do Eu1, sem lhe dar nenhum outro caminho;
Oposição - O Eu2 discorda do Eu1, sugerindo ação completamente contrária à pensada pelo Eu1. É o popular "dar o contra";
Acréscimo - O Eu2 traz da memória de longa duração (MLD) informações a mais que o Eu1 ainda não tinha associado à situação atual, para que esse REFINE seu raciocínio.


domingo, 14 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diálogo imaginário com Gerenciador de Memória

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

Vamos introduzir o Gerenciador de Memória (GM - nosso Eu que invoca informações da memória permanente) .

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

GI: O corpo do nosso Eu está precisando de nutrientes. Sem ele pode entrar em colapso.
PC: Vamos provocar a sensação de fome no Eu. GM, faça uma busca por FOME na Memória de Longa Duração (MLD);
GM: Vou pesquisar no índice de ideias os itens relacionados à FOME na MLD e colocar na MCD. (1)

Eu1: Estou com fome.
Eu2: Você tem que comer.

O Eu2 é o "Respondedor", ou confirmador do Eu1, neste caso, ele age como um conjunto de processamento em separado, mas não vamos evidenciar isto agora..

A FOME, aqui, é um evento, resultado de processos biológicos, que consumindo os nutrientes, provocam a queda dos níveis das substâncias corporais abaixo do NÍVEL DE ALARME.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer.
PC: Coloque a ação de comer como prioritária. Ela estará acima da ação que o Eu está realizando agora.

O Eu1 precisa concordar ou discordar, de forma que o PC administre as ações (PROCESSOS) que o Eu está realizando, de forma que a ação correta seja disparada.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ?

O Eu2 varre a MCD, escaneando os itens que o GM colocou ai, relacionados com a sugestão de Processo disparada pelo GI, e com os resultados da busca ordenada pelo PC ao GM. Então o Eu2 faz sugestões de locais. Aqui ele é um consultor de acréscimos, um pesquisador, que complementa as informações, ou seja, um mecanismo de busca.

Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira.
PC: GM, faça uma busca por itens relacionados a Cozinha, Pia, Fogão e Geladeira na MLD. (2)
GM: Estou colocando as ideias relacionadas a estes itens na MCD (pão de sal, pão doce, manteiga, geléia, queijo, presunto, etc); (3)
Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira.
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ?
PC: GM, traga as ideias associadas a beber para a MCD do Eu;
GM: Estou lendo os itens da MLD relacionadas a bebidas e condições de consumo das mesmas, e colocando na MCD; (3)
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco; (4)
GM: Comer e beber estão relacionados a sensações agradáveis da boca, vou colocar na MCD associações de itens comestíveis consumidos em lanches e chamá-las de PRAZER, aumentando a prioridade destas combinações;
GI: Detectei possibilidades de prazer, relacionadas a Chocolate, Leite e Açúcar, nas LEMBRANÇAS do Eu. Vou trazê-las para a Memória consciente do Eu. (5)
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
GM: Vou colocar na MCD do Eu2 Relacionamentos prejudiciais entre os itens comestíveis de um lanche; (6)
Eu2: Evite colocar açúcar;
GI: Vou reforçar a ideia de prazer que o açúcar provoca, elevando a Prioridade desta Ideia na Memoria do Eu; (7)
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então.
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(1) O Cérebro possui uma forma de indexação (de índice, como os de biblioteca, de livros, etc). Neste modelo, esta função é exercida pelo GM;
(2) O Processador Central aciona a memória, passando uma ordem de busca com parâmetros, à semelhança das "queries" enviadas aos bancos de dados;
(3) O GM busca os itens que conseguir, sem se importar com associações de primeiro, segundo, ou demais niveis em relação à ideia que serviu de parâmetro na busca;
(4) O Eu2 age com características que lembram o PC, no entanto ele é uma espécie de Processador de Oposição (PO), a ser colocado nos modelos posteriores;
(5) O GI faz o papel dos centros primitivos do cérebro, responsável pelas possibilidades de Prazer, Sensações de Perigo e pequenos ALARMES;
(6) Como temos um modelo de Processamentos independentes (OPC, GI, GM, etc) pertencem ao Eu1, o GM se certifica de que o Eu1 receba a informação de ter Cuidado com substâncias prejudiciais. Eu1 e Eu2 compartilham memória. É como Acusação e Defesa num julgamento;
(7) O GI, como "corretor de valores do Prazer", lembra ao Eu1, por intermédio da memória, que existe prazer relacionado à adição de açúcar nos alimentos.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diálogo imaginário com Gerenciador de Interrupções e Processador Central

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

Vamos introduzir o Gerenciador de Interrupções (GI - nosso Eu exclusivamente da parte dos sentidos) e um Processador Central (PC).

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

GI: O corpo do nosso Eu está precisando de nutrientes. Sem ele pode entrar em colapso.
PC: Vamos provocar a sensação de fome no Eu.(1)

Eu1: Estou com fome (2)
Eu2: Você tem que comer

O Eu2 é o "Respondedor", ou confirmador do Eu1, neste caso.

A FOME, aqui, é um evento, resultado de processos biológicos, que consumindo os nutrientes, provocam a queda dos níveis das substâncias corporais abaixo do NÍVEL DE ALARME.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer.
PC: Coloque a ação de comer como prioritária. Ela estará acima da ação que o Eu está realizando agora.

O Eu1 precisa concordar ou discordar, de forma que o PC administre as ações (PROCESSOS) que o Eu está realizando, de forma que a ação correta seja disparada.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ?

O Eu2 varre a memória, escaneando os itens que o PC colocou ai, relacionados com a sugestão de Processo disparada pelo GI. Então o Eu2 faz sugestões de locais. Aqui ele é um consultor de acréscimos, um pesquisador, que complementa as informações, ou seja, um mecanismo de busca.

Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira.
PC: Vou acrescentar os itens Cozinha, Pia, Fogão e Geladeira à Memória do Eu1.

Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira.(3)
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ? (4)
PC: Vou acrescentar itens de bebida na Memória do Eu;
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco;(5)
GI: Detectei possibilidades de prazer, relacionadas a Chocolate, Leite e Açúcar, nas LEMBRANÇAS do Eu. Vou trazê-las para a Memória consciente do Eu.
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
Eu2: Evite colocar açúcar;
GI: Vou reforçar a ideia de prazer que o açúcar provoca, elevando a Prioridade desta Ideia na Memoria do Eu;
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então.
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(1) Esta ordem coloca na memória de curta duração (MCD) do Eu ideias de fome, fraqueza, vontade de parar (PAUSA) e comida;
(2) A memória de curta duração do Eu fica com ideias relativas a fome: pão, sal, açúcar. bolo, café, leite, além das ideias de PAUSA, FRAQUEZA e MORTE (Básicas);
(3) O Eu1 fez RELACIONAMENTOS entre os itens disponíveis em sua Memória, no momento;
(4) O Eu2 fez mais Relacionamentos: a ação de COMER está relacionada a BEBER;
(5) O Eu2 é um expert nas associações, um Indexador e Comparador;
(6) Aqui vemos os desejos, que superam certas razões Relacionadas simplesmente pela lógica;

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Uma Conversa como evidência do Pensamento - Diálogo imaginário

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

A Conversa é uma sequência organizada (DESEJÁVEL) de binômios FALAR e OUVIR, PERGUNTAR e RESPONDER. Um Falar pode ser uma NARRATIVA, ou parte dela, se formos interrompidos pelo Ouvinte da hora.

Se o Assunto tratado é único, a sequência do binômio FALAR/OUVIR vira realmente uma Discussão. Se existe um só falar, vira uma Narrativa. Se forem vários os Assuntos tratados, serão várias Narrativas e interrupções.

Se for uma Narrativa, quanto maior o Período abordado, mais longa ela será. Se for uma Discussão, quanto mais aspectos (Entidades e Relações entre elas), mais longa será a Discussão.

Como este exercício é mais frequente em nossa vida, ele é mais eficiente que as técnicas de mapeamento cerebral, que mostram as áreas ativadas do cérebro durante o seu uso, mas que não tem chegado a conclusões objetivas para seu principal fim: AJUDAR NO APRENDIZADO MAIS EFICIENTE DOS ESTUDANTES.

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

Eu1: Estou com fome (1)
Eu2: Você tem que comer (2)

Aqui mostramos (postulamos) que é preciso existir um "Respondedor", o Eu2, e não seguirmos o caminho fácil de simplesmente aparecer no diálogo algo como:

Eu1: Preciso comer.

Estamos levando em conta que você, como Eu1, não sabe que precisa Comer. Seu corpo, ou um Operador Mental dentro de você, um outro processo que "fica constantemente rodando dentro da sua mente" é que sabe disto.

 O Eu1, aqui, é uma "vítima dos disparos" do ambiente, um proponente de problemas que os Pensamentos terão que levar a uma solução, o questionador, e o outro, Eu2, é o que apresenta a solução viável entre uma ou mais possíveis.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer (3)

O Eu1 precisa concordar ou discordar do Eu2, senão a sequência do Raciocínio (diálogo) fica incompleta. Aqui, o Eu2 não precisa intervir, aliás seu papel é sugerir, ajudar. E, afinal, o Eu1 decidiu o que vai fazer.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ? (4)
Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira. (5)
Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira (6)
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ? (7)
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco;
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
Eu2: Evite colocar açúcar.;
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então. (8)

Certas ações do Eu2 podem ser desdobradas em consultas aos centros de raciocínio. Faremos isto no próximo post.
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(1) Este é um Pensamento associado à Manutenção Biológica do Corpo que mantém o Eu vivo. A identidade não consegue ser mantida sem o Corpo. A Alma, nesta vida terrena, não se realiza sem o corpo. Corpo: alojamento da alma e templo do Espírito. A necessidade Biológica é um dos disparadores do Processo de Pensamento;
(2) Ter fome é a sensação de alarme. Já Comer é um dos atos objetivos para saciar a Fome. Comer só é possível porque existem "remédios" para a Fome, ou seja, Entidades no próximo passo de pensamento. Enquanto existirem Passos que podem suceder a um Pensamento, existe a continuidade do Raciocínio;
(3) Ordem executiva para si mesmo, mas foi necessário o aconselhamento do Eu2;
(4) O Eu1 ainda precisa pensar, pois o ato de comer implica em se achar O QUE comer. A ação comer não está contida em si mesma. Em português isto se explicaria pela transitividade do verbo que esta ação representa;
(5) O Eu2 também delimita um Sistema de Fronteira, locais possíveis, um espaço delimitador de conteúdos, para auxiliar na decisão;
(6) O Eu1, num lado mais Técnico, especifica os Locais, pois o conceito geográfico é importante;
(7) O Eu2 é um Auxiliar, Assessor para o Raciocínio. Ele diz o que se associa ao Pensamento corrente do Eu1, para continuar a cadeia de Raciocínio;
(8) Concordância final, fechamento do processo.