quarta-feira, 10 de julho de 2013

Uma Conversa como evidência do Pensamento - Diálogo imaginário

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

A Conversa é uma sequência organizada (DESEJÁVEL) de binômios FALAR e OUVIR, PERGUNTAR e RESPONDER. Um Falar pode ser uma NARRATIVA, ou parte dela, se formos interrompidos pelo Ouvinte da hora.

Se o Assunto tratado é único, a sequência do binômio FALAR/OUVIR vira realmente uma Discussão. Se existe um só falar, vira uma Narrativa. Se forem vários os Assuntos tratados, serão várias Narrativas e interrupções.

Se for uma Narrativa, quanto maior o Período abordado, mais longa ela será. Se for uma Discussão, quanto mais aspectos (Entidades e Relações entre elas), mais longa será a Discussão.

Como este exercício é mais frequente em nossa vida, ele é mais eficiente que as técnicas de mapeamento cerebral, que mostram as áreas ativadas do cérebro durante o seu uso, mas que não tem chegado a conclusões objetivas para seu principal fim: AJUDAR NO APRENDIZADO MAIS EFICIENTE DOS ESTUDANTES.

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

Eu1: Estou com fome (1)
Eu2: Você tem que comer (2)

Aqui mostramos (postulamos) que é preciso existir um "Respondedor", o Eu2, e não seguirmos o caminho fácil de simplesmente aparecer no diálogo algo como:

Eu1: Preciso comer.

Estamos levando em conta que você, como Eu1, não sabe que precisa Comer. Seu corpo, ou um Operador Mental dentro de você, um outro processo que "fica constantemente rodando dentro da sua mente" é que sabe disto.

 O Eu1, aqui, é uma "vítima dos disparos" do ambiente, um proponente de problemas que os Pensamentos terão que levar a uma solução, o questionador, e o outro, Eu2, é o que apresenta a solução viável entre uma ou mais possíveis.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer (3)

O Eu1 precisa concordar ou discordar do Eu2, senão a sequência do Raciocínio (diálogo) fica incompleta. Aqui, o Eu2 não precisa intervir, aliás seu papel é sugerir, ajudar. E, afinal, o Eu1 decidiu o que vai fazer.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ? (4)
Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira. (5)
Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira (6)
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ? (7)
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco;
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
Eu2: Evite colocar açúcar.;
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então. (8)

Certas ações do Eu2 podem ser desdobradas em consultas aos centros de raciocínio. Faremos isto no próximo post.
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(1) Este é um Pensamento associado à Manutenção Biológica do Corpo que mantém o Eu vivo. A identidade não consegue ser mantida sem o Corpo. A Alma, nesta vida terrena, não se realiza sem o corpo. Corpo: alojamento da alma e templo do Espírito. A necessidade Biológica é um dos disparadores do Processo de Pensamento;
(2) Ter fome é a sensação de alarme. Já Comer é um dos atos objetivos para saciar a Fome. Comer só é possível porque existem "remédios" para a Fome, ou seja, Entidades no próximo passo de pensamento. Enquanto existirem Passos que podem suceder a um Pensamento, existe a continuidade do Raciocínio;
(3) Ordem executiva para si mesmo, mas foi necessário o aconselhamento do Eu2;
(4) O Eu1 ainda precisa pensar, pois o ato de comer implica em se achar O QUE comer. A ação comer não está contida em si mesma. Em português isto se explicaria pela transitividade do verbo que esta ação representa;
(5) O Eu2 também delimita um Sistema de Fronteira, locais possíveis, um espaço delimitador de conteúdos, para auxiliar na decisão;
(6) O Eu1, num lado mais Técnico, especifica os Locais, pois o conceito geográfico é importante;
(7) O Eu2 é um Auxiliar, Assessor para o Raciocínio. Ele diz o que se associa ao Pensamento corrente do Eu1, para continuar a cadeia de Raciocínio;
(8) Concordância final, fechamento do processo.



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