quinta-feira, 18 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diagrama do Diálogo em um tempo

Nos posts anteriores evidenciamos os componentes de uma "máquina do diálogo".

Neste post colocaremos o diagrama desta "máquina" e fazer algumas digressões sobre ele:

Reprodução somente com permissão do autor (deixe seu email no comentário)
Isto é o que ficou evidente nos posts de "Evidência do diálogo", até a presente data. O evento disparador (sensação) foi o de Fome. No futuro vamos tratar do Pensamento/Raciocínio a partir de um momento em que OCORRE UMA ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS NA MENTE, e não de sensações.

Os papéis do Eu2

Entre os papéis do Eu2 citados anteriormente nos artigos, estão o de servir de auxiliar no Raciocínio. Aqui vamos mostrar, à direita do diagrama, estes papeis em Categorias Gerais. Veja o diagrama:

Reprodução somente com permissão do autor (deixe seu email no comentário)

Ao se dialogar com outra entidade (sua própria mente ou outra pessoa), esta lhe devolve, basicamente, quatro tipos de Retorno (não são obrigatoriamente respostas):

Confirmação - O Eu2 concorda com o Eu1, mandando efetuar a ação que ele sugeriu a si mesmo;
Negação - O Eu2 discorda do Eu1, sem lhe dar nenhum outro caminho;
Oposição - O Eu2 discorda do Eu1, sugerindo ação completamente contrária à pensada pelo Eu1. É o popular "dar o contra";
Acréscimo - O Eu2 traz da memória de longa duração (MLD) informações a mais que o Eu1 ainda não tinha associado à situação atual, para que esse REFINE seu raciocínio.


domingo, 14 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diálogo imaginário com Gerenciador de Memória

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

Vamos introduzir o Gerenciador de Memória (GM - nosso Eu que invoca informações da memória permanente) .

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

GI: O corpo do nosso Eu está precisando de nutrientes. Sem ele pode entrar em colapso.
PC: Vamos provocar a sensação de fome no Eu. GM, faça uma busca por FOME na Memória de Longa Duração (MLD);
GM: Vou pesquisar no índice de ideias os itens relacionados à FOME na MLD e colocar na MCD. (1)

Eu1: Estou com fome.
Eu2: Você tem que comer.

O Eu2 é o "Respondedor", ou confirmador do Eu1, neste caso, ele age como um conjunto de processamento em separado, mas não vamos evidenciar isto agora..

A FOME, aqui, é um evento, resultado de processos biológicos, que consumindo os nutrientes, provocam a queda dos níveis das substâncias corporais abaixo do NÍVEL DE ALARME.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer.
PC: Coloque a ação de comer como prioritária. Ela estará acima da ação que o Eu está realizando agora.

O Eu1 precisa concordar ou discordar, de forma que o PC administre as ações (PROCESSOS) que o Eu está realizando, de forma que a ação correta seja disparada.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ?

O Eu2 varre a MCD, escaneando os itens que o GM colocou ai, relacionados com a sugestão de Processo disparada pelo GI, e com os resultados da busca ordenada pelo PC ao GM. Então o Eu2 faz sugestões de locais. Aqui ele é um consultor de acréscimos, um pesquisador, que complementa as informações, ou seja, um mecanismo de busca.

Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira.
PC: GM, faça uma busca por itens relacionados a Cozinha, Pia, Fogão e Geladeira na MLD. (2)
GM: Estou colocando as ideias relacionadas a estes itens na MCD (pão de sal, pão doce, manteiga, geléia, queijo, presunto, etc); (3)
Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira.
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ?
PC: GM, traga as ideias associadas a beber para a MCD do Eu;
GM: Estou lendo os itens da MLD relacionadas a bebidas e condições de consumo das mesmas, e colocando na MCD; (3)
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco; (4)
GM: Comer e beber estão relacionados a sensações agradáveis da boca, vou colocar na MCD associações de itens comestíveis consumidos em lanches e chamá-las de PRAZER, aumentando a prioridade destas combinações;
GI: Detectei possibilidades de prazer, relacionadas a Chocolate, Leite e Açúcar, nas LEMBRANÇAS do Eu. Vou trazê-las para a Memória consciente do Eu. (5)
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
GM: Vou colocar na MCD do Eu2 Relacionamentos prejudiciais entre os itens comestíveis de um lanche; (6)
Eu2: Evite colocar açúcar;
GI: Vou reforçar a ideia de prazer que o açúcar provoca, elevando a Prioridade desta Ideia na Memoria do Eu; (7)
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então.
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(1) O Cérebro possui uma forma de indexação (de índice, como os de biblioteca, de livros, etc). Neste modelo, esta função é exercida pelo GM;
(2) O Processador Central aciona a memória, passando uma ordem de busca com parâmetros, à semelhança das "queries" enviadas aos bancos de dados;
(3) O GM busca os itens que conseguir, sem se importar com associações de primeiro, segundo, ou demais niveis em relação à ideia que serviu de parâmetro na busca;
(4) O Eu2 age com características que lembram o PC, no entanto ele é uma espécie de Processador de Oposição (PO), a ser colocado nos modelos posteriores;
(5) O GI faz o papel dos centros primitivos do cérebro, responsável pelas possibilidades de Prazer, Sensações de Perigo e pequenos ALARMES;
(6) Como temos um modelo de Processamentos independentes (OPC, GI, GM, etc) pertencem ao Eu1, o GM se certifica de que o Eu1 receba a informação de ter Cuidado com substâncias prejudiciais. Eu1 e Eu2 compartilham memória. É como Acusação e Defesa num julgamento;
(7) O GI, como "corretor de valores do Prazer", lembra ao Eu1, por intermédio da memória, que existe prazer relacionado à adição de açúcar nos alimentos.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Evidência do Pensamento - Diálogo imaginário com Gerenciador de Interrupções e Processador Central

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

Vamos introduzir o Gerenciador de Interrupções (GI - nosso Eu exclusivamente da parte dos sentidos) e um Processador Central (PC).

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

GI: O corpo do nosso Eu está precisando de nutrientes. Sem ele pode entrar em colapso.
PC: Vamos provocar a sensação de fome no Eu.(1)

Eu1: Estou com fome (2)
Eu2: Você tem que comer

O Eu2 é o "Respondedor", ou confirmador do Eu1, neste caso.

A FOME, aqui, é um evento, resultado de processos biológicos, que consumindo os nutrientes, provocam a queda dos níveis das substâncias corporais abaixo do NÍVEL DE ALARME.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer.
PC: Coloque a ação de comer como prioritária. Ela estará acima da ação que o Eu está realizando agora.

O Eu1 precisa concordar ou discordar, de forma que o PC administre as ações (PROCESSOS) que o Eu está realizando, de forma que a ação correta seja disparada.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ?

O Eu2 varre a memória, escaneando os itens que o PC colocou ai, relacionados com a sugestão de Processo disparada pelo GI. Então o Eu2 faz sugestões de locais. Aqui ele é um consultor de acréscimos, um pesquisador, que complementa as informações, ou seja, um mecanismo de busca.

Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira.
PC: Vou acrescentar os itens Cozinha, Pia, Fogão e Geladeira à Memória do Eu1.

Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira.(3)
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ? (4)
PC: Vou acrescentar itens de bebida na Memória do Eu;
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco;(5)
GI: Detectei possibilidades de prazer, relacionadas a Chocolate, Leite e Açúcar, nas LEMBRANÇAS do Eu. Vou trazê-las para a Memória consciente do Eu.
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
Eu2: Evite colocar açúcar;
GI: Vou reforçar a ideia de prazer que o açúcar provoca, elevando a Prioridade desta Ideia na Memoria do Eu;
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então.
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(1) Esta ordem coloca na memória de curta duração (MCD) do Eu ideias de fome, fraqueza, vontade de parar (PAUSA) e comida;
(2) A memória de curta duração do Eu fica com ideias relativas a fome: pão, sal, açúcar. bolo, café, leite, além das ideias de PAUSA, FRAQUEZA e MORTE (Básicas);
(3) O Eu1 fez RELACIONAMENTOS entre os itens disponíveis em sua Memória, no momento;
(4) O Eu2 fez mais Relacionamentos: a ação de COMER está relacionada a BEBER;
(5) O Eu2 é um expert nas associações, um Indexador e Comparador;
(6) Aqui vemos os desejos, que superam certas razões Relacionadas simplesmente pela lógica;

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Uma Conversa como evidência do Pensamento - Diálogo imaginário

Na busca pelo mecanismo que usamos para Pensar, vamos analisar uma Conversa Hipotética.

A Conversa é uma sequência organizada (DESEJÁVEL) de binômios FALAR e OUVIR, PERGUNTAR e RESPONDER. Um Falar pode ser uma NARRATIVA, ou parte dela, se formos interrompidos pelo Ouvinte da hora.

Se o Assunto tratado é único, a sequência do binômio FALAR/OUVIR vira realmente uma Discussão. Se existe um só falar, vira uma Narrativa. Se forem vários os Assuntos tratados, serão várias Narrativas e interrupções.

Se for uma Narrativa, quanto maior o Período abordado, mais longa ela será. Se for uma Discussão, quanto mais aspectos (Entidades e Relações entre elas), mais longa será a Discussão.

Como este exercício é mais frequente em nossa vida, ele é mais eficiente que as técnicas de mapeamento cerebral, que mostram as áreas ativadas do cérebro durante o seu uso, mas que não tem chegado a conclusões objetivas para seu principal fim: AJUDAR NO APRENDIZADO MAIS EFICIENTE DOS ESTUDANTES.

Um Estudo de Caso

Vamos propor aqui uma conversa bem interessante entre o nosso EU e ele mesmo. Isto ajudará a levantar evidências sobre o nosso modo de PENSAR. Nesta conversa, o Eu está conversando consigo mesmo sobre o Café da Tarde:

Eu1: Estou com fome (1)
Eu2: Você tem que comer (2)

Aqui mostramos (postulamos) que é preciso existir um "Respondedor", o Eu2, e não seguirmos o caminho fácil de simplesmente aparecer no diálogo algo como:

Eu1: Preciso comer.

Estamos levando em conta que você, como Eu1, não sabe que precisa Comer. Seu corpo, ou um Operador Mental dentro de você, um outro processo que "fica constantemente rodando dentro da sua mente" é que sabe disto.

 O Eu1, aqui, é uma "vítima dos disparos" do ambiente, um proponente de problemas que os Pensamentos terão que levar a uma solução, o questionador, e o outro, Eu2, é o que apresenta a solução viável entre uma ou mais possíveis.

O Eu1 então concorda com o Eu2:

Eu1: Eu vou comer (3)

O Eu1 precisa concordar ou discordar do Eu2, senão a sequência do Raciocínio (diálogo) fica incompleta. Aqui, o Eu2 não precisa intervir, aliás seu papel é sugerir, ajudar. E, afinal, o Eu1 decidiu o que vai fazer.

E continua o diálogo:

Eu1: O que eu vou comer ? (4)
Eu2: Olhe sobre a mesa da cozinha, sobre a pia, sobre o fogão, dentro da geladeira. (5)
Eu1: Vou comer o pão que está sobre a mesa, com manteiga, que está na geladeira (6)
Eu2: Comer também se associa a beber. Você vai querer beber algo ? (7)
Eu1: O que eu vou beber ?
Eu2: De tarde, é comum beber um leite. Mas se estiver quente, prefira um suco;
Eu1: Tô doido para tomar um Toddy. Mesmo o tempo estando meio quente, vou preferir. Vou colocar uma pedra de gelo;
Eu2: Evite colocar açúcar.;
Eu1: Um pouquinho eu vou colocar;
Eu2: Faça assim, então. (8)

Certas ações do Eu2 podem ser desdobradas em consultas aos centros de raciocínio. Faremos isto no próximo post.
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(1) Este é um Pensamento associado à Manutenção Biológica do Corpo que mantém o Eu vivo. A identidade não consegue ser mantida sem o Corpo. A Alma, nesta vida terrena, não se realiza sem o corpo. Corpo: alojamento da alma e templo do Espírito. A necessidade Biológica é um dos disparadores do Processo de Pensamento;
(2) Ter fome é a sensação de alarme. Já Comer é um dos atos objetivos para saciar a Fome. Comer só é possível porque existem "remédios" para a Fome, ou seja, Entidades no próximo passo de pensamento. Enquanto existirem Passos que podem suceder a um Pensamento, existe a continuidade do Raciocínio;
(3) Ordem executiva para si mesmo, mas foi necessário o aconselhamento do Eu2;
(4) O Eu1 ainda precisa pensar, pois o ato de comer implica em se achar O QUE comer. A ação comer não está contida em si mesma. Em português isto se explicaria pela transitividade do verbo que esta ação representa;
(5) O Eu2 também delimita um Sistema de Fronteira, locais possíveis, um espaço delimitador de conteúdos, para auxiliar na decisão;
(6) O Eu1, num lado mais Técnico, especifica os Locais, pois o conceito geográfico é importante;
(7) O Eu2 é um Auxiliar, Assessor para o Raciocínio. Ele diz o que se associa ao Pensamento corrente do Eu1, para continuar a cadeia de Raciocínio;
(8) Concordância final, fechamento do processo.



domingo, 28 de abril de 2013

Deus e o Livre Arbítrio

Pois não é que chegou o tempo em que se estudou cientificamente o "Livre Arbítrio" ?

Com o mapeamento de imagens do cérebro durante os estímulos apropriados e alguns estudos, os pesquisadores Michael Gazzaniga e Sam Harris chegaram à conclusão de que o Livre Arbítrio, sob o ponto de vista cerebral, NÃO EXISTE.

No topo das explicações mais materiais para a conclusão está a constatação de que antes de chutarmos uma bola, ou fazermos o movimento com um braço, os sinais para tais atos já se fizeram detectar no cérebro. Acrescente-se a discussão, esta ainda sem provas, de que nossas decisões são originadas pela nossa carga genética, associado às nossas experiências.

A falha

Sob o ponto de vista de momento de uma coisa e outra, é óbvio que, sendo o cérebro nosso centro de decisão, nosso órgão executivo, impulsos para os atos passam primeiro por ele. Uma perna ou um braço não vão tomar decisões por si próprios sobre a hora de agir. A conclusão de ambos iguala em infantilidade com a do famoso cientista Stephen Hawking, de que não existe vida após a morte porque com a morte cerebral cessa a consciência. É ridículo.

O lado espiritual

Para tentar esclarecer o ponto que é o objeto deste artigo, vamos mostrar como, de certa forma, o homem PARECE SER MAIS LIVRE DO QUE DEUS em suas decisões, em suas escolhas. Em nossa curta vida, frente à Eternidade de Deus, podemos praticamente fazer o que quisermos. Mas Deus, conforme anuncia em Seu Livro de Identidade por excelência, a Bíblia, tem que ser fiel à Sua Palavra, a ponto de personificá-la na figura de Jesus. Palavra tornada carne durante a estadia terrena de Jesus, ainda mais curta em duração (33 anos) do que a média de vida dos adultos no nosso país, que nem de primeiro mundo é.

Mas ficamos loucos de dizer uma coisa desta ? Deus não é livre ? Para o seu relacionamento com os seres humanos, parece que não. Ele tem suas leis e mandamentos que deu ao homem como garantia. Em vários locais dos capítulos bíblicos, seres humanos cobram de Deus a sua palavra em correspondência ao seu proceder de acordo com as próprias leis de Deus.

Então vemos como os seres humanos são injustos com Deus. Eles acham que o Criador é um arrogante e onipotente ser que pode fazer o que quer. Não pode. Se Ele dá a sua palavra, está escrito, e não pode mudá-la. Já o homem, criatura "cigana", "ingênua", não se acha na obrigação de cumprir nada do que promete, e pode acumular os erros registrados na história, desmandos, crimes, etc, pelo menos NA SUA CURTA VIDA NA TERRA.

Ora, este homem descompromissado acha ruim de Deus deixar tantas tragédias e crimes acontecerem, sendo que o AGENTE destes males é o homem, QUE POSSUI MAIS LIBERDADE DO QUE DEUS, já que nenhum de nós escreveu leis para nós mesmos, e as quais tivéssemos de seguir. É muita pretensão e covardia do ser humano acusar Deus de qualquer coisa que seja.

Conclusão

Podem aproveitar sua "curta" e LIVRE vida na terra, do jeito que quiserem, mas não acusem ou julguem Deus a respeito de nada. Pelo menos durante essa vida, somos mais livres do que Deus. E pensem novamente sobre este tal de Livre Arbítrio, pois se estivermos errados, estaremos liquidados.

sábado, 30 de março de 2013

A depressão e as origens do homem

Cada um de nós tem uma origem. A Primeira é a Família, a Segunda é o grupo de Colegas ou de Amigos. A Terceira pode ser o Grupo Religioso (chamaremos assim pois pode ser desde o grupo de um templo até um grupo de jovens religiosos apenas) no qual entramos. Um deles será o maior influenciador da mente da Pessoa.



Como era nos primeiros tempos

A humanidade veio de Grupos Familiares. Está de acordo com a nossa introdução. Mas estes Grupos equivaliam a um Governo. A família se tornava grande, e adquiria Agregados que serviam como Empregados, e constituía uma TRIBO. A Tribo tinha o seu Líder Pessoal, metáfora da Autoridade.

Corrobora este fato a existência das Tribos Indígenas no Brasil, as Tribos Árabes que são confundidas com os Nômades na Arábia, e as Tribos Africanas. Este último caso está se constituindo em uma aberração, pois uma Tribo chega ao Governo e, sem incorporar o conceito de Bem Comum, passa a usar o Poder para exterminar as outras. Nos países árabes este fenômeno é um pouco mais fraco pelo fato de existir uma composição política em torno do Petróleo, senão estes países já teriam promovido um banho de sangue de grandes proporções.

Pois bem, o sentimento de Tribo no coração dos indivíduos que a constituem é muito forte. A ORIGEM de todos é comum. Podem existir conflitos familiares, mas cada um sabe de onde veio. A Autoridade do líder é obedecida cegamente, e quem infringe esta Autoridade é banido (nos tempos antigos era morto).

Berço

Nas conversas das últimas gerações se falava muito em Berço. "Fulano tem berço". Esta afirmativa não quer dizer só que o indivíduo nasceu em família rica. Ela quer dizer que se observa na pessoa uma educação "não envernizada". Esta educação genuína é um reflexo de uma cabeça consciente de suas Origens. A família desta Pessoa possui Tradições e Rituais próprios (nem que seja o hábito de fazer as refeições em comum).

Estas Tradições e Rituais fazem com que o "Bom Dia" e "Boa Tarde" que a pessoa fala sejam realmente uma fusão de Saudação e Voto de Benção, e não um automatismo. Educação não é pura e simplesmente Automatismo Social. Ela vem de consciência. A pessoa dá "Bom dia" aos outros porque lhe ensinaram o significado completo disto na sua Família, na sua Origem. Ao saudar  os outros, ele está saudando-os como a alguém de sua Família.

Ou seja, Berço quer dizer uma RAIZ FORTE que dita os atos, e não uma repetição tola e enfadonha.

Nação

O tempo não podia, e não pode, deter o crescimento das Tribos. Unindo-se em Federações, principalmente por motivos de proteção, e secundariamente por motivos econômicos, elas se tornaram verdadeiras Nações. Mas na Nação continuam duas identidades: a língua e a cultura. Em terceiro vem a identidade regional, mas as duas primeira contam muito mais.

A língua não dita só comunicação, ela dita a Forma de Pensar. Os vocábulos e as metáforas comuns moldam a cabeça de um grupo que vive junto por muito tempo. Até setores das grandes empresas servem como exemplo deste fenômeno.

As Nações continuam tendo um Líder forte, uma Autoridade, que é alguém que se destaca no grupo pela sua Capacidade inerente, oriunda de sua maior percepção dos valores e fraquezas de sua Nação. Ainda hoje se fala em valores que a sociedade perdeu, ou nem mais tem.

Pessoas com forte sentimento de Nação, de Origem, possuem dentro de si um Direcionamento Existencial e conseguem ver Propósitos em sua vida. É como uma Bússola conjugada ao Campo Magnético da terra. O apontamento da agulha da Bússola é o direcionamento, e o Campo Magnético é o fornecedor do Propósitos.

A quebra das origens

Ora, hoje, nas grandes cidades, o indivíduo é cada vez mais UM DADO ESTATÍSTICO. Não existe mais o conceito de Nação. Estados e territórios, no Brasil, são mantidos simplesmente juntos, e temos consciência das diferenças culturais de cada região, as vezes até dentro de um único estado. E a influência cultural das potências dominadoras (EUA e Europa) é avassaladora, principalmente através da TV (convencional ou a cabo). E esta influência se destina a ditar o comportamento de consumo, pois o que interessa é o LUCRO.

Se acrescentarmos a esta "sopa" a influência da cultura japonesa e chinesa, temos como resultado, PRINCIPALMENTE NA MENTE DE PESSOAS SEM PERSONALIDADE, PORQUE NÃO TEM RAÍZES EM SÍ PRÓPRIAS, uma confusão de Origens e de Propósitos caótica e, por vezes, destruidora.


Até os bares são como Tribos

Observamos, ao passar pelas cercanias dos bares, com seus frequentadores assíduos, que estes se constituem num grupo que se identifica, de alguma forma, pelos mais básicos e rasteiros vínculos sociais. Ali não existem muitos valores, não são fornecidas raízes e nem líderes. Mas são ajuntamentos. Tem gente que se satisfaz com isto. O problema é o efeito da bebida, e o hábito pode comprometer um outro grupo que fica de fora, a família do frequentador. Agora, se toda a família vai junta ao bar, talvez o grupo se mantenha ... por algum tempo, quem sabe.


Depressão

Mas é do íntimo humano, quando se percebe sem bases, sem Pensamentos Direcionadores e sem Propósitos, tentar procurar as suas origens. Mesmo se tudo estiver ruim ao redor, o indivíduo com forte consciência de suas origens não esmorece.

Sociologicamente


Na realidade, todo ser humano necessita experimentar o Pertencimento . A origem dos sentimentos de vazio ou abandono tem relação direta com a quebra ou rompimento de vínculos de pertença!!!

Ou seja, para que a sociedade sobrevivesse até a atualidade o meio mais eficaz, por necessidade material, foi o agrupamento. Pelo simples fato de que um indivíduo sozinho é incompleto e essa incompletude inviabiliza a perenidade, sobrevivência, reprodução e continuidade.

Portanto, a cura para a Depressão é o agregamento, seja por coerção ou espontâneo o Estado, em sua constituição atual foi elaborado e desenvolvido exatamente para assegurar que os indivíduos, pelo reconhecimento espontâneo ou forçado, permanecessem em estado de agregação.

O autor Émile Durkheim trata disso.

Em sua pesquisa sobre o suicídio, ele descobre que esse ato não é meramente resultado de uma estado de agonia do indivíduo . De fato, há psiquês perturbadas, que são casos patológicos mas, em geral, nas sociedades o suicídio acontece porque as instituições perderam a força que "prende" o indivíduo a elas, ou seja, o Sistema falhou.

Por exemplo, observa-se maior elevação das taxas de suicídio em países de clima frio porque as pessoas se recolhem, tem a tendência de não compartilhar a vida social.


A Igreja como Nação

Estudemos fria e tecnicamente a razão porque uma pessoa que abraça uma Religião sai da Depressão. A Igreja é como uma Tribo, uma Nação. Ali existe um manancial de Valores. Ali existe um Grande Líder. Principalmente as de orientação Cristã tem um Líder IMBATÍVEL, que é Jesus. As boas Igrejas não são orientadas a Lucro. Ali existe Direção, existe um Propósito.

Existe ainda um outro fator presente na Igreja, que a faz ser quase ou tão mais eficaz que os Estados e Governos que conhecemos: a sua constituição. A constituição das Igrejas de orientação cristã é a Bíblia, constituição escrita por um Estado teocrático que vem se mantendo a milênios: Israel. Nenhum outro país pode dizer que tem um misto de constituição e HISTÓRIA DE SUAS ORIGENS como o pode o Estado de Israel. Os outros escreveram as histórias de suas origens a partir de lendas fantásticas, envolvendo deuses diversos, misturas de gente e de animais.

Nesta mesma constituição, a Bíblia, encontramos logo no primeiro livro, quando foi criado o homem, a recomendação "não é bom que o homem fique sozinho". Ou seja, tão cedo na história do homem, já se observou que a solidão era algo nocivo, coisa que se deveria evitar.

Conclusão

O ser humano é CONSTRUÍDO cuidadosamente pelas Instituições Transmissoras de Valores, vigentes na sua Origem (família, Tribo, Nação). Origem mal construída, raízes fracas, e temos os problemas que observamos atualmente.

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Com colaboração de Eleuza de Souza Silva (Socióloga)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Rede neural tridimensional - Exemplo

Mostramos aqui uma Rede Neural, à qual alguns podem dar o nome de Mapa Mental, ou Mapa Conceitual sobre o conceito PÃO:


Estímulo que se propaga

Em nosso cérebro, em que se estima o máximo de 10000 conceitos armazenados, temos os 3 conceitos aqui apresentados, ligados a um vocabulário amplo, onde se pode ver até a palavra Pão expressa em hebraico (Lehem). Pão lembra Alimento, e particularmente neste caso lembra a espécie de componente de que é feito o Pão como alimento: Cereal.

E os conceitos apresentados tem suas ideias associadas em cada Nível. No total, 16 ideias foram despertadas pela simples lembrança do Conceito de Pão. E ainda existem os conceitos espirituais associados ao pão.

Estrutura tridimensional

Segundo os últimos trabalhos apresentados na revista Scientific American, pelo dr. Van Weedeen, a estrutura do cérebro é como se fosse uma grade tridimensional. Nossa representação levou em conta uma aproximação, só para ver a disposição de conceitos e ideias obedecendo a este arranjo.


segunda-feira, 4 de março de 2013

A estrutura do Cérebro segundo Van Weedeen

Na falta de instrumentos e ferramentas corretas, até este ano (2013) acreditava-se na estrutura neuronal cerebral como um emaranhado de ligações intrincadas e impossíveis de se compreender.

Estudo recente, levado a cabo na Universidade de Harvard pelo cientista Van Weedeen, revelou que a estrutura de ligações do cérebro é simples: uma grade tridimensional.



A estrutura é comum em humanos e primatas.

Tal resultado é coerente com a natureza. Tudo o que é simples é fácil de crescer, regenerar e funcionar. Nossos modelos geométricos que expressam as coordenadas espaciais são tridimensionais, portanto era de se esperar que algo que criamos reflete aquilo que nos constitui por dentro.

Esta estrutura tridimensional facilita o processo de Migração Neuronal e de certa forma confirma as Colunas Neuronais.

Coerência com o mundo físico

O ser humano tende a fazer modelos no mundo físico coerentes com as estruturas que estão dentro de si mesmo. Fato semelhante se deu com as telas dos televisores: os pontos da tela se distribuem como os cones e bastonetes que compõem a nossa retina.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Dilema Humano


Em todos os momentos de decisão de fazer ou não uma coisa, o ser humano fica nesta "sinuca de bico".