Uma das coisas que mais me estarreceu nos últimos meses foi a descoberta, em artigos da Scientific American e em livros de PhDs em Neurociência, de que a nossa memória está codificada no código genético dos neurônios.
Em nossa simplicidade de leigos, sempre achamos que o DNA e o RNA estavam relacionados apenas à multiplicação e síntese de proteínas da célula. Mas como Deus não dá ponto sem nó, os cientistas vieram a descobrir que o RNAm (mensageiro) participa do processo de envio da memória de curta duração para a de longa duração.
E tem mais. O teórico da máquina de processamento, Von Neumann, enveredous-se, antes de conceber seu projeto (o computador) em neurosciência e neurofisiologia.
Em outras palavras, um novo neurônio gerado na memória de curta duração codifica uma sensação, ou uma nova informação em forma de síntese proteica com o auxílio do RNA. Durante o sono, se esta memória for considerada relevante, ela será transferida para a porção do cérebro que armazena uma memória de longa duração para esta informação recebida.
Uma das características do DNA e RNA é a de ser uma sequência de genes codificadores (grupos de 3 núcleos) com propriedades compatíveis com a codificação dos bytes no campo da ciência da computação. Suas sequências são códigos. Cada código tem um significado. Só sei que este código permite armazenar conceitos como automóvel, pai, mãe e outras idéias. O como é que nem os cientistas ainda sabem.
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