sábado, 27 de fevereiro de 2010

O princípio da economia cerebral - I

Sendo um dispositivo responsável pelo controle de todo o nosso ser, o cérebro faz o possível para economizar energia. E neste regime de economia está implícito o processo de compactação. Até uns cinco anos atrás, mais ou menos, não se sabia disto, e, no entanto, na ciência da computação, este processo já estava bem desenvolvido.

No terreno da visão, David Hubel e Torsten Wiesel fizeram experimentos com a visão do gato, e constataram as simplificações que a mesma faz para transferência das imagens para a memória.

Se pararmos para meditar um pouco, realmente vamos achar razoável o fato de que nossa memória realmente guarda "impressões" do que vemos, e não quadros detalhadíssimos das cenas que chegam aos nossos olhos. O movimento impressionista na pintura antecipou este princípio teórico.

O cérebro faz isto não só com a visão, mas com a audição, onde meios tons, a igualdade forçada de sustenidos e bemóis, não nos dão nenhuma reação desagradável, pois o cérebro completa os "buracos" para nós.

O fenômeno dos anos 90 e 2000

Desde os anos 90, com o aumento de recursos tecnológicos, e seu avanço a patamares de simplificação inimagináveis. Músicas são feitas na base da manipulação da escala musical em softwares. Romances são escritos na base do copiar e colar. Estruturas de engenharia são feitas em softwares de simulação. Até o túnel de vento pode ser substituído por um tunel virtual.

Desta forma, o ser humano está perdendo o seu senso investigativo realmente biológico, reduzindo sua capacidade de observação e de concepção teórica. Alunos não são mais estudantes. A pesquisa pode ser buscada no Google, sem esforço. Alguns nem modificam as palavras, colocam os trechos do jeito que estão em seus textos de trabalhos.

Isto mostra o Princípio da Economia Cerebral em sei extremo danoso e perigoso, pois ficaremos estacionados num estágio de desenvolvimento que não atenderá às exigências futuras.

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