quarta-feira, 30 de março de 2011

O Gap de espera - Completando mentalmente

Vamos propor a seguinte situação. A pessoa com a qual você está dialogando, em determinado ponto da conversa começa a dizer:

"Joana foi ..."

Vamos congelar este instante no nosso cérebro, envolvido na tarefa de ouvir, já embalado na conversa, excitado por uma série de frases anteriores.

Estão prontos ?

Em um certo nível de maturidade, já dotado de uma velocidade de raciocínio razoável, e por uma memória das já prováveis conclusões para uma frase que começa deste jeito, o cérebro já inicia um trabalho de PREVISÃO SEMÂNTICA, ou seja, com o que poderia ser completada esta frase ?

Algumas hipóteses:

Joana foi uma importante professora na Universidade de Brasília;
Joana foi empossada como secretária de estado;
Joana foi ao supermercado comprar macarrão;
Joana foi assaltada de tarde, na saída do banco;

É isto que o seu cérebro faz durante os diálogos e leituras de texto. Para encurtar o tempo de compreensão dos contextos, ele já vai simulando o que pode acontecer. Este mesmo princípio foi aplicado nos microprocessadores, para que pudessem ser mais rápidos, o da PREVISÃO DE EXECUÇÃO. Isto é realmente fantástico.

Aumentando a capacidade de previsão

Alguns anos de vida expandem as redes neurais da pessoa, aumentando a sua capacidade de colocar substitutivos nas lacunas, aumentando sua capacidade investigativa.

O efeito indesejável

Mas, conforme o grau de atenção da pessoa, seus desejos, ansiedade e outros fatores, ela pode substituir o que realmente foi falado ou lido por aquilo que QUERIA OUVIR. Por isto é preciso desenvolver a simulação sem esquecer da atenção. Isto torna o raciocínio rápido e preciso ao mesmo tempo.

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