O centro de planejamento (lobo frontal) fica à frente do cérebro, responsável pelas simulações consoantes com o tempo futuro.
Mas por que esta oposição ? Não deveria o centro processador da visão ficar bem pertinho dos olhos ? A chegada da informação não seria mais rápida ? Compreendi, nas incansáveis pesquisas, e com a vivência, que o que chega no córtex visual não é apenas imagem. Vocês já ouviram a frase:
A gente vê o que quer ver
Os raios luminosos refletidos pelos corpos "que achamos que vemos como são" chegam ao córtex visual já "empacotados" junto com nossos conceitos, preconceitos, medos e emoções. Um exemplo claro é o da visão de um cão. A imagem NUNCA vem sem o acompanhamento de um pensamento de "será que ele morde" ou "adoro cães". Ficou claro ?
A visão de cada um é única, repleta de elementos adicionados conforme o histórico de vida de quem vê uma cena em particular. Nossa visão é INDIVIDUAL.
Daí o significado filosófico de estar o interpretador da visão tão longe dos olhos. Existe um outro significado, de que, antes de acreditarmos no que vemos, antes devemos submeter esta visão à nossa razão.
E quanto ao lobo frontal, nada mais eticamente correto do que ter este centro responsável pelo planejamento à frente do cérebro. O centro que olha para o futuro tem que estar na frente mesmo, pois que se atrás estivesse, olharia para o passado.
E se o leitor achar que esta visão paradoxal de olhos contra planejamento é muito filosófica, lembre-se do que o nosso corpo ensina com os membros duplicados (olhos, ouvidos, braços, pernas) quanto à nossa dualidade de pensamento.
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