A natureza arquitetou em nosso organismo sistêmico a chave para recebermos e afixarmos a educação e os comportamentos sociais: os neurônios espelho.
Os filhos observam os pais, e, em sendo estes os primeiros e mais frequentes fontes de exemplo, tendem até a exagerar a "emulação" de comportamento. Desprovidos, inicialmente, de motivações independentes (pois não sabem fazer nada sozinhos), a única forma de conduta é imitar o comportamento dos pais.
Já fui surpreendido pelo meu filho de 8 anos falando coisas de mim sem a opinião de ninguém, apenas me observando nos atos mais insignificantes de conservação do lar, como lavando louça, varrendo o chão e cozinhando. A linguagem corporal e a decodificação embutida desta linguagem, em todo ser humano, deu a ele subsídios para fazer tais interpretações. Esta é uma forma reflexiva da existência dos neurônios espelho.
Outra forma é a tendência de repetirmos alguns detalhes da posição de seres humanos que estão ao nosso lado, como cruzar os braços ou colocar a mão na cintura EXATAMENTE COMO A PESSOA QUE ESTÁ CONVERSANDO CONOSCO FAZ.
Sem este dispositivo, seria impossível ao ser humano transmitir os hábitos de comportamento e educação para a sua prole, e o mundo estaria um caos muito pior do que o que hoje se nos afigura.
O exemplo
Por isto se diz que nós, os adultos, devemos dar o exemplo, ou seja, agirmos para sermos imitados, mesmo nas situações adversas. Isto é educação e transferência de educação.
A influência do grupo
Pelo aspecto dos neurônios espelho, vemos como a escolha do grupo (nunca sentar na roda dos escarnecedores como dizem os antigos provérbios) determina, de certa forma, a exposição a influências deletérias. Escolha bem suas amizades.
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