segunda-feira, 2 de maio de 2011

A tendência do cérebro é errar

É algo que observamos a cada ato de nossa vida: a tendência natural ao erro. Mesmo a religião enfatiza esta nossa veia do erro.

Vamos partir do princípio de que o cérebro é O MELHOR SIMULADOR OU TRADUTOR DO MUNDO REAL. E quando dizemos simulador ou tradutor já admitimos um certo coeficiente de erro. As sensações não chegam imediatamente ao cérebro, mas sim meio segundo atrasadas.

Além disto, os órgãos de nossos sentidos percebem apenas "faixas" das manifestações do mundo real. Nossa audição não detecta sons que só os cães ou morcegos detectam. Nossos olhos não percebem o ultra violeta, raios gama, raios X, etc. Vivemos, então, em um universo restrito dentro do grande Universo.

Nossa memória confunde lembranças, à medida em que vamos ficando distantes destas no tempo. Misturamos certas sensações fortes do sonho com lembranças, e criamos uma fantasia. O medo também altera a percepção da realidade. Moças estupradas descrevem o estuprador como sendo louro e de olhos azuis, e quando se acha o criminoso constata-se que ele tem cabelos castanhos e olhos negros. Isto porque algumas vítimas jogam sobre o homem que as possuiu ideais de beleza.

As redes cerebrais

Sendo a rede neural do homem excessivamente intrincada à medida em que adquire novos conhecimentos e pratica novos procedimentos, aperfeiçoando-os, os caminhos de uma idéia podem se tornar uma verdadeira cidade horizontal e vertical, com avenidas, ruas laterais e becos de idéias. Em uma malha tão cruzada, o risco de tomar caminhos errados aumenta, como a malha viária das grandes metrópoles. Isto aumenta a chance de tomarmos caminhos errados, muito mais numerosos do que os poucos certos.

Medo e cansaço

Sendo o funcionamento de nossa rede cerebral dependente de fatores químicos para funcionar de maneira correta, o cansaço pode, como realmente produz, excesso de uns e falta de outros neurotranmsmissores. Isto também nos torna propensos ao erro.

Só estamos realmente prontos pela manhã após as nove horas. No entanto, as pessoas saem de casa para trabalhar entre 7 e 8 da manhã, se expondo mais uma vez aos riscos de erros e de acidentes.

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