"Olá, tudo bem"
e o outro responde bem rápido:
"Tudo bem, e você"
Isto é uma programação da educação recebida.
Conceitos em termos de sistema Linguístico
Educação
Conjunto de expressões automáticas para convívio social:
- Bom dia, boa tarde, boa noite;
- Como vai, e a família;
- Tudo bem, tudo tranquilo, tudo na paz, tudo beleza;
- Eu vou bem e você ?
- Vou bem, obrigado.
Respostas rápidas
A maior parte das pessoas, deixam escorregar pela boca, principalmente na TV:
- É mesmo ?
- Será ?
- Com certeza.
- Tá brincando.
- É bom demais.
E estas expressões tornam-se hábitos cansativos para quem ouve.
O contra
Muitas pessoas iniciam frases como abaixo, no entanto, ao final, o que dizem é exatamente aquilo que foi exposto.
- Não é assim.
- Acho que não.
- Não é assim que funciona.
- Se fosse fácil assim.
- Eu não concordo.
Para que serve a educação
A educação serve para dar respostas relativamente rápidas para o convívio social harmônico. Mas de forma paralela, deve-se explicar ao jovem a finalidade, a importância e o objetivo de cada comportamento e o significado daquilo que se vai dizer para evitar conflitos. Ocorre, no entanto, uma ASSIMILAÇÂO ROBÓTICA tanto das expressões quanto dos hábitos, e o indivíduo passa a agir inconscientemente e sem o acompanhamento da parte afetiva.
A educação como condicionamento apenas é como passar um verniz sobre a ferrugem. Dizemos verniz porque uma educação assim deficiente (condicionamento, imitação sem razão) deixa aparecer a ferrugem por baixo. A educação precisa raspar primeiro a ferrugem, passar protetor (zarcão), e depois tinta.
É como se você desse o lugar no ônibus, para uma pessoa de idade sem sequer olhar para a pessoa, frio, e esta achar que você o fez não por Educação, mas por OBRIGAÇÃO, o que é quase um tapa na cara.
Como condicionamento do cérebro e do sistema motor, tudo passa a ser muito rápido, e sem um aproveitamento. Ao dar o lugar à pessoa de idade, você pode fazer comentários, como: "a senhora veio de muito longe ?", "Quer que eu dê o sinal do ônibus quando estiver perto de sua casa ?"
A pessoa do contra
Quem é do contra deseja ardentemente ter uma opinião, mas não tem os elementos necessários, a informação, a articulação de discurso, e tem problemas de autoestima e afetividade. Esta pessoa quer ter destaque sem ter preparo.
Observa-se, desde os anos noventa, o interesse da maioria (o mundo cresce em quantidade e diminui em qualidade) mais pelo lazer do que pela cultura. As pessoas estão interessadas no que o artista, o vizinho, o outro, que é igual a ela, no fundo, faz. Então proliferam os famigerados, cansativos, inúteis "Reality Shows". É a popularização do homem comum. Isto provocou o embotamento geral do raciocínio, da busca pela informação para aumentar a capacidade de crítica (no bom sentido). É mais fácil ficar esparramado num sofá assistindo a estas baboseira, enquanto se consome os produtos alimentícios doces e gordurosos.
Oposição a todo custo
A operação de raciocínio de quem é do contra é somente a OPOSIÇÃO. Fica então claro o propósito. A oposição é o comportamento de quem está reagindo, pois se tivesse tomado a iniciativa estaria agindo. Isto falamos no caso da simples Oposição, que depois se vê desaparecer, um dia ou logo depois, da boca de quem a proferiu.
O do contra contumaz que ser notado, sente necessidade de ser estrela, de ser notado. Se concordar com os outros, não vai aparecer. Outra possibilidade de origem do raciocínio desta pessoa é o constante querer QUE AS COISAS SEJAM DO SEU JEITO. Isto corresponde ao comportamento das crianças que foram mimadas, e pode evoluir para ações mais radicais e perigosas. Quando este tipo de pessoa não verbaliza, e passa para os atos de oposição concretos, pode se tornar um perigo para os que estão à sua volta.
Conclusão
Em termos afetivos e de convívio social, não podemos tomar atitudes automáticas, como se máquinas sem personalidade, ou para autoafirmação a qualquer custo, pois nos tornamos antipáticos e ineficientes emocionalmente.
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