segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Educação, respostas rápidas e dar o contra

Muitas vezes você, ao cumprimentar alguém, você diz:

"Olá, tudo bem"

e o outro responde bem rápido:

"Tudo bem, e você"

Isto é uma programação da educação recebida.

Conceitos em termos de sistema Linguístico

Educação

Conjunto de expressões automáticas para convívio social:


  • Bom dia, boa tarde, boa noite;
  • Como vai, e a família;
  • Tudo bem, tudo tranquilo, tudo na paz, tudo beleza;
  • Eu vou bem e você ?
  • Vou bem, obrigado.


Respostas rápidas

A maior parte das pessoas, deixam escorregar pela boca, principalmente na TV:


  • É mesmo ?
  • Será ?
  • Com certeza.
  • Tá brincando.
  • É bom demais.

E estas expressões tornam-se hábitos cansativos para quem ouve.

O contra

Muitas pessoas iniciam frases como abaixo, no entanto, ao final, o que dizem é exatamente aquilo que foi exposto.


  • Não é assim.
  • Acho que não.
  • Não é assim que funciona.
  • Se fosse fácil assim.
  • Eu não concordo.


Para que serve a educação

A educação serve para dar respostas relativamente rápidas para o convívio social harmônico. Mas de forma paralela, deve-se explicar ao jovem a finalidade, a importância e o objetivo de cada comportamento e o significado daquilo que se vai dizer para evitar conflitos. Ocorre, no entanto, uma ASSIMILAÇÂO ROBÓTICA tanto das expressões quanto dos hábitos, e o indivíduo passa a agir inconscientemente e sem o acompanhamento da parte afetiva.

A educação como condicionamento apenas é como passar um verniz sobre a ferrugem. Dizemos verniz porque uma educação assim deficiente (condicionamento, imitação sem razão) deixa aparecer a ferrugem por baixo. A educação precisa raspar primeiro a ferrugem, passar protetor (zarcão), e depois tinta.

É como se você desse o lugar no ônibus, para uma pessoa de idade sem sequer olhar para a pessoa, frio, e esta achar que você o fez não por Educação, mas por OBRIGAÇÃO, o que é quase um tapa na cara.

Como condicionamento do cérebro e do sistema motor, tudo passa a ser muito rápido, e sem um aproveitamento. Ao dar o lugar à pessoa de idade, você pode fazer comentários, como: "a senhora veio de muito longe ?", "Quer que eu dê o sinal do ônibus quando estiver perto de sua casa ?"

A pessoa do contra

Quem é do contra deseja ardentemente ter uma opinião, mas não tem os elementos necessários, a informação, a articulação de discurso, e tem problemas de autoestima e afetividade. Esta pessoa quer ter destaque sem ter preparo.

Observa-se, desde os anos noventa, o interesse da maioria (o mundo cresce em quantidade e diminui em qualidade) mais pelo lazer do que pela cultura. As pessoas estão interessadas no que o artista, o vizinho, o outro, que é igual a ela, no fundo, faz. Então proliferam os famigerados, cansativos, inúteis "Reality Shows". É a popularização do homem comum. Isto provocou o embotamento geral do raciocínio, da busca pela informação para aumentar a capacidade de crítica (no bom sentido). É mais fácil ficar esparramado num sofá assistindo a estas baboseira, enquanto se consome os produtos alimentícios doces e gordurosos.

Oposição a todo custo

A operação de raciocínio de quem é do contra é somente a OPOSIÇÃO. Fica então claro o propósito. A oposição é o comportamento de quem está reagindo, pois se tivesse tomado a iniciativa estaria agindo. Isto falamos no caso da simples Oposição, que depois se vê desaparecer, um dia ou logo depois, da boca de quem a proferiu.

O do contra contumaz que ser notado, sente necessidade de ser estrela, de ser notado. Se concordar com os outros, não vai aparecer. Outra possibilidade de origem do raciocínio desta pessoa é o constante querer QUE AS COISAS SEJAM DO SEU JEITO. Isto corresponde ao comportamento das crianças que foram mimadas, e pode evoluir para ações mais radicais e perigosas. Quando este tipo de pessoa não verbaliza, e passa para os atos de oposição concretos, pode se tornar um perigo para os que estão à sua volta.

Conclusão

Em termos afetivos e de convívio social, não podemos tomar atitudes automáticas, como se máquinas sem personalidade, ou para autoafirmação a qualquer custo, pois nos tornamos antipáticos e ineficientes emocionalmente.



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