A cada nova informação, ou modificação das já armazenadas em nossa memória, novos neurônios migram para o córtex, para compor informações da nossa "Biblioteca". Se os nossos conceitos armazenados tiverem que sofrer mudanças muito grandes, as velhas informações serão "marcadas" como sendo ultrapassadas, e uma "chuva" de novos neurônios vai migrar para o córtex. Todo o artranjo neuronal daquela "região de conhecimento" terá que ser refeito.
Os movimentos necessários para rearranjar estes neurônios serão semelhantes a se arrumar novamente os livros de uma estante para ficarem de acordo com as novas convicções adquiridas. O trabalho do "bibliotecário" do cérebro será enorme. Por isto algumas pessoas que estavam seguindo um caminho em uma pesquisa ou empreitada, ao perceberem que estavam no caminho errado, desistem, pois praticamente terão que recomeçar o seu trabalho do início.
Indo mais além em nossa discussão
O que difere uma pessoa persistente desta que desiste frente ao esforço que vê necessário para abordar um problema sob uma perspectiva completamente nova não é força de vontade, e sim o prazer que vislumbra mais a frente de solucionar o problema. A força de vontade poderia estar relacionada ao coeficiente entre os movimentos neuronais e o gasto de glicose. Experiências anteriores podem ter deixado impresso na mente deste indivíduo a enorme sensação de esgotamento em um esforço para a resolução de um problema. E o organismo, para se defender de uma perda excessiva de glicose (pois sabe disto pela sua própria memória) força o cérebro a abandonar o esforço mental.
Recompensas sociais anteriores, no entanto, podem fazer o indivíduo forçar a sua natureza, mesmo contra a perda excessiva de glicose, pois a vaidade e o sucesso vão recompensar os seus centros cerebrais primitivos, com uma sensação semelhante à de derrotar um inimigo pela força física.
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