quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educando a criança - Conceitos de ordem e de tempo

Após longo tempo de meditação a respeito do TEMPO, regredimos o seu conceito para encontrar sua forma primitiva.

E por que fizemos isto ? O conceito de tempo é inatingível pois foi somente uma invenção do homem, baseada na contagem da idade de seus semelhantes, para que tivesse a noção da medida das mudanças, dando credibilidade ao registro de fatos que observava.

O tempo é puramente filosófico. O tempo é uma abstração [necessária].

O que a criança primeiro entende é o conceito de ORDEM. Ela não pode entender o Tempo, pois não viveu o suficiente para observar mudanças. E como dissemos que o Tempo nasceu para que se tivesse uma "noção da medida das mudanças", a criança não tem o pré-requisito necessário para a compreensão. Ela precisa juntar várias observações ao longo de sua vida (escapamos de dizer "ao longo do tempo") para que nasça em seu raciocínio a base para esta compreensão.

A ordem

Desta podemos falar com clareza; esta podemos ensinar à uma criança. Mostre a ela uma FILA de pessoas, ou uma Fila de carrinhos, ou uma Fila de soldadinhos. Mostre a ela o PRIMEIRO da Fila e mostre o ÚLTIMO da Fila.

Em um outro encontro, mostre novamente o Primeiro e o Último, e em seguida aponte SEGUNDO, TERCEIRO, Quarto, etc.

 Em uma outra conversa, se a criança tem irmãos, diga-lhe que o mais velho (diga o nome dele) nasceu primeiro, e assim por diante, até chegar na criança e depois no último irmão (o mais novo).

É fundamental utilizar elementos da família como exemplos, para atingir os centros afetivos da criança.

Caso a criança more em um prédio, mostre os andares pelo lado de fora, apontando o primeiro, o segundo, etc. Se o prédio possuir elevador, mostre os números nos botões. Se não tiver, na primeira oportunidade faça esta exposição.

Conceitos avançados

Em outra conversa, após o entendimento do anteriormente exposto, converse sobre a Ordem dos fatos que acontecem no dia a dia da criança. Primeiro ela acorda, depois toma banho, depois toma o café, depois escova os dentes, e assim por diante.

 Todos os fatos apresentados à criança deverão fazer parte de seu cotidiano, e os mesmos devem, sempre que possível, estar no universo da família. Se ela disser algo como "igual o que acontece com ...", anote cuidadosamente aquilo ao que ela se referiu. Se a referência for em relação a um primo, a um colega, a um amigo, ao cachorro, use isto a que ela se referiu, pois certamente pertence ao seu UNIVERSO AFETIVO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contribua para discussão com críticas e sugestões, mas dentro do assunto.