domingo, 28 de abril de 2013

Deus e o Livre Arbítrio

Pois não é que chegou o tempo em que se estudou cientificamente o "Livre Arbítrio" ?

Com o mapeamento de imagens do cérebro durante os estímulos apropriados e alguns estudos, os pesquisadores Michael Gazzaniga e Sam Harris chegaram à conclusão de que o Livre Arbítrio, sob o ponto de vista cerebral, NÃO EXISTE.

No topo das explicações mais materiais para a conclusão está a constatação de que antes de chutarmos uma bola, ou fazermos o movimento com um braço, os sinais para tais atos já se fizeram detectar no cérebro. Acrescente-se a discussão, esta ainda sem provas, de que nossas decisões são originadas pela nossa carga genética, associado às nossas experiências.

A falha

Sob o ponto de vista de momento de uma coisa e outra, é óbvio que, sendo o cérebro nosso centro de decisão, nosso órgão executivo, impulsos para os atos passam primeiro por ele. Uma perna ou um braço não vão tomar decisões por si próprios sobre a hora de agir. A conclusão de ambos iguala em infantilidade com a do famoso cientista Stephen Hawking, de que não existe vida após a morte porque com a morte cerebral cessa a consciência. É ridículo.

O lado espiritual

Para tentar esclarecer o ponto que é o objeto deste artigo, vamos mostrar como, de certa forma, o homem PARECE SER MAIS LIVRE DO QUE DEUS em suas decisões, em suas escolhas. Em nossa curta vida, frente à Eternidade de Deus, podemos praticamente fazer o que quisermos. Mas Deus, conforme anuncia em Seu Livro de Identidade por excelência, a Bíblia, tem que ser fiel à Sua Palavra, a ponto de personificá-la na figura de Jesus. Palavra tornada carne durante a estadia terrena de Jesus, ainda mais curta em duração (33 anos) do que a média de vida dos adultos no nosso país, que nem de primeiro mundo é.

Mas ficamos loucos de dizer uma coisa desta ? Deus não é livre ? Para o seu relacionamento com os seres humanos, parece que não. Ele tem suas leis e mandamentos que deu ao homem como garantia. Em vários locais dos capítulos bíblicos, seres humanos cobram de Deus a sua palavra em correspondência ao seu proceder de acordo com as próprias leis de Deus.

Então vemos como os seres humanos são injustos com Deus. Eles acham que o Criador é um arrogante e onipotente ser que pode fazer o que quer. Não pode. Se Ele dá a sua palavra, está escrito, e não pode mudá-la. Já o homem, criatura "cigana", "ingênua", não se acha na obrigação de cumprir nada do que promete, e pode acumular os erros registrados na história, desmandos, crimes, etc, pelo menos NA SUA CURTA VIDA NA TERRA.

Ora, este homem descompromissado acha ruim de Deus deixar tantas tragédias e crimes acontecerem, sendo que o AGENTE destes males é o homem, QUE POSSUI MAIS LIBERDADE DO QUE DEUS, já que nenhum de nós escreveu leis para nós mesmos, e as quais tivéssemos de seguir. É muita pretensão e covardia do ser humano acusar Deus de qualquer coisa que seja.

Conclusão

Podem aproveitar sua "curta" e LIVRE vida na terra, do jeito que quiserem, mas não acusem ou julguem Deus a respeito de nada. Pelo menos durante essa vida, somos mais livres do que Deus. E pensem novamente sobre este tal de Livre Arbítrio, pois se estivermos errados, estaremos liquidados.

sábado, 30 de março de 2013

A depressão e as origens do homem

Cada um de nós tem uma origem. A Primeira é a Família, a Segunda é o grupo de Colegas ou de Amigos. A Terceira pode ser o Grupo Religioso (chamaremos assim pois pode ser desde o grupo de um templo até um grupo de jovens religiosos apenas) no qual entramos. Um deles será o maior influenciador da mente da Pessoa.



Como era nos primeiros tempos

A humanidade veio de Grupos Familiares. Está de acordo com a nossa introdução. Mas estes Grupos equivaliam a um Governo. A família se tornava grande, e adquiria Agregados que serviam como Empregados, e constituía uma TRIBO. A Tribo tinha o seu Líder Pessoal, metáfora da Autoridade.

Corrobora este fato a existência das Tribos Indígenas no Brasil, as Tribos Árabes que são confundidas com os Nômades na Arábia, e as Tribos Africanas. Este último caso está se constituindo em uma aberração, pois uma Tribo chega ao Governo e, sem incorporar o conceito de Bem Comum, passa a usar o Poder para exterminar as outras. Nos países árabes este fenômeno é um pouco mais fraco pelo fato de existir uma composição política em torno do Petróleo, senão estes países já teriam promovido um banho de sangue de grandes proporções.

Pois bem, o sentimento de Tribo no coração dos indivíduos que a constituem é muito forte. A ORIGEM de todos é comum. Podem existir conflitos familiares, mas cada um sabe de onde veio. A Autoridade do líder é obedecida cegamente, e quem infringe esta Autoridade é banido (nos tempos antigos era morto).

Berço

Nas conversas das últimas gerações se falava muito em Berço. "Fulano tem berço". Esta afirmativa não quer dizer só que o indivíduo nasceu em família rica. Ela quer dizer que se observa na pessoa uma educação "não envernizada". Esta educação genuína é um reflexo de uma cabeça consciente de suas Origens. A família desta Pessoa possui Tradições e Rituais próprios (nem que seja o hábito de fazer as refeições em comum).

Estas Tradições e Rituais fazem com que o "Bom Dia" e "Boa Tarde" que a pessoa fala sejam realmente uma fusão de Saudação e Voto de Benção, e não um automatismo. Educação não é pura e simplesmente Automatismo Social. Ela vem de consciência. A pessoa dá "Bom dia" aos outros porque lhe ensinaram o significado completo disto na sua Família, na sua Origem. Ao saudar  os outros, ele está saudando-os como a alguém de sua Família.

Ou seja, Berço quer dizer uma RAIZ FORTE que dita os atos, e não uma repetição tola e enfadonha.

Nação

O tempo não podia, e não pode, deter o crescimento das Tribos. Unindo-se em Federações, principalmente por motivos de proteção, e secundariamente por motivos econômicos, elas se tornaram verdadeiras Nações. Mas na Nação continuam duas identidades: a língua e a cultura. Em terceiro vem a identidade regional, mas as duas primeira contam muito mais.

A língua não dita só comunicação, ela dita a Forma de Pensar. Os vocábulos e as metáforas comuns moldam a cabeça de um grupo que vive junto por muito tempo. Até setores das grandes empresas servem como exemplo deste fenômeno.

As Nações continuam tendo um Líder forte, uma Autoridade, que é alguém que se destaca no grupo pela sua Capacidade inerente, oriunda de sua maior percepção dos valores e fraquezas de sua Nação. Ainda hoje se fala em valores que a sociedade perdeu, ou nem mais tem.

Pessoas com forte sentimento de Nação, de Origem, possuem dentro de si um Direcionamento Existencial e conseguem ver Propósitos em sua vida. É como uma Bússola conjugada ao Campo Magnético da terra. O apontamento da agulha da Bússola é o direcionamento, e o Campo Magnético é o fornecedor do Propósitos.

A quebra das origens

Ora, hoje, nas grandes cidades, o indivíduo é cada vez mais UM DADO ESTATÍSTICO. Não existe mais o conceito de Nação. Estados e territórios, no Brasil, são mantidos simplesmente juntos, e temos consciência das diferenças culturais de cada região, as vezes até dentro de um único estado. E a influência cultural das potências dominadoras (EUA e Europa) é avassaladora, principalmente através da TV (convencional ou a cabo). E esta influência se destina a ditar o comportamento de consumo, pois o que interessa é o LUCRO.

Se acrescentarmos a esta "sopa" a influência da cultura japonesa e chinesa, temos como resultado, PRINCIPALMENTE NA MENTE DE PESSOAS SEM PERSONALIDADE, PORQUE NÃO TEM RAÍZES EM SÍ PRÓPRIAS, uma confusão de Origens e de Propósitos caótica e, por vezes, destruidora.


Até os bares são como Tribos

Observamos, ao passar pelas cercanias dos bares, com seus frequentadores assíduos, que estes se constituem num grupo que se identifica, de alguma forma, pelos mais básicos e rasteiros vínculos sociais. Ali não existem muitos valores, não são fornecidas raízes e nem líderes. Mas são ajuntamentos. Tem gente que se satisfaz com isto. O problema é o efeito da bebida, e o hábito pode comprometer um outro grupo que fica de fora, a família do frequentador. Agora, se toda a família vai junta ao bar, talvez o grupo se mantenha ... por algum tempo, quem sabe.


Depressão

Mas é do íntimo humano, quando se percebe sem bases, sem Pensamentos Direcionadores e sem Propósitos, tentar procurar as suas origens. Mesmo se tudo estiver ruim ao redor, o indivíduo com forte consciência de suas origens não esmorece.

Sociologicamente


Na realidade, todo ser humano necessita experimentar o Pertencimento . A origem dos sentimentos de vazio ou abandono tem relação direta com a quebra ou rompimento de vínculos de pertença!!!

Ou seja, para que a sociedade sobrevivesse até a atualidade o meio mais eficaz, por necessidade material, foi o agrupamento. Pelo simples fato de que um indivíduo sozinho é incompleto e essa incompletude inviabiliza a perenidade, sobrevivência, reprodução e continuidade.

Portanto, a cura para a Depressão é o agregamento, seja por coerção ou espontâneo o Estado, em sua constituição atual foi elaborado e desenvolvido exatamente para assegurar que os indivíduos, pelo reconhecimento espontâneo ou forçado, permanecessem em estado de agregação.

O autor Émile Durkheim trata disso.

Em sua pesquisa sobre o suicídio, ele descobre que esse ato não é meramente resultado de uma estado de agonia do indivíduo . De fato, há psiquês perturbadas, que são casos patológicos mas, em geral, nas sociedades o suicídio acontece porque as instituições perderam a força que "prende" o indivíduo a elas, ou seja, o Sistema falhou.

Por exemplo, observa-se maior elevação das taxas de suicídio em países de clima frio porque as pessoas se recolhem, tem a tendência de não compartilhar a vida social.


A Igreja como Nação

Estudemos fria e tecnicamente a razão porque uma pessoa que abraça uma Religião sai da Depressão. A Igreja é como uma Tribo, uma Nação. Ali existe um manancial de Valores. Ali existe um Grande Líder. Principalmente as de orientação Cristã tem um Líder IMBATÍVEL, que é Jesus. As boas Igrejas não são orientadas a Lucro. Ali existe Direção, existe um Propósito.

Existe ainda um outro fator presente na Igreja, que a faz ser quase ou tão mais eficaz que os Estados e Governos que conhecemos: a sua constituição. A constituição das Igrejas de orientação cristã é a Bíblia, constituição escrita por um Estado teocrático que vem se mantendo a milênios: Israel. Nenhum outro país pode dizer que tem um misto de constituição e HISTÓRIA DE SUAS ORIGENS como o pode o Estado de Israel. Os outros escreveram as histórias de suas origens a partir de lendas fantásticas, envolvendo deuses diversos, misturas de gente e de animais.

Nesta mesma constituição, a Bíblia, encontramos logo no primeiro livro, quando foi criado o homem, a recomendação "não é bom que o homem fique sozinho". Ou seja, tão cedo na história do homem, já se observou que a solidão era algo nocivo, coisa que se deveria evitar.

Conclusão

O ser humano é CONSTRUÍDO cuidadosamente pelas Instituições Transmissoras de Valores, vigentes na sua Origem (família, Tribo, Nação). Origem mal construída, raízes fracas, e temos os problemas que observamos atualmente.

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Com colaboração de Eleuza de Souza Silva (Socióloga)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Rede neural tridimensional - Exemplo

Mostramos aqui uma Rede Neural, à qual alguns podem dar o nome de Mapa Mental, ou Mapa Conceitual sobre o conceito PÃO:


Estímulo que se propaga

Em nosso cérebro, em que se estima o máximo de 10000 conceitos armazenados, temos os 3 conceitos aqui apresentados, ligados a um vocabulário amplo, onde se pode ver até a palavra Pão expressa em hebraico (Lehem). Pão lembra Alimento, e particularmente neste caso lembra a espécie de componente de que é feito o Pão como alimento: Cereal.

E os conceitos apresentados tem suas ideias associadas em cada Nível. No total, 16 ideias foram despertadas pela simples lembrança do Conceito de Pão. E ainda existem os conceitos espirituais associados ao pão.

Estrutura tridimensional

Segundo os últimos trabalhos apresentados na revista Scientific American, pelo dr. Van Weedeen, a estrutura do cérebro é como se fosse uma grade tridimensional. Nossa representação levou em conta uma aproximação, só para ver a disposição de conceitos e ideias obedecendo a este arranjo.


segunda-feira, 4 de março de 2013

A estrutura do Cérebro segundo Van Weedeen

Na falta de instrumentos e ferramentas corretas, até este ano (2013) acreditava-se na estrutura neuronal cerebral como um emaranhado de ligações intrincadas e impossíveis de se compreender.

Estudo recente, levado a cabo na Universidade de Harvard pelo cientista Van Weedeen, revelou que a estrutura de ligações do cérebro é simples: uma grade tridimensional.



A estrutura é comum em humanos e primatas.

Tal resultado é coerente com a natureza. Tudo o que é simples é fácil de crescer, regenerar e funcionar. Nossos modelos geométricos que expressam as coordenadas espaciais são tridimensionais, portanto era de se esperar que algo que criamos reflete aquilo que nos constitui por dentro.

Esta estrutura tridimensional facilita o processo de Migração Neuronal e de certa forma confirma as Colunas Neuronais.

Coerência com o mundo físico

O ser humano tende a fazer modelos no mundo físico coerentes com as estruturas que estão dentro de si mesmo. Fato semelhante se deu com as telas dos televisores: os pontos da tela se distribuem como os cones e bastonetes que compõem a nossa retina.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Dilema Humano


Em todos os momentos de decisão de fazer ou não uma coisa, o ser humano fica nesta "sinuca de bico".

sábado, 15 de dezembro de 2012

Por que existem pessoas que reclamam de tudo ?

Reclamar da vida e das pessoas é um comportamento social. Pode ser uma atitude de defesa, de auto-afirmação, de tentativa de interação social ou de ato reflexo devido aos "neurônios espelho".

Você pode começar lendo a explicação sobre "Neurônios Espelho" neste mesmo blog, pois ela conduz ao entendimento do que vamos explicar.

Comportamentos sociais

Você pode se entrosar com o seu grupo social:


  • Concordando com tudo que lhe dizem;
  • Discordando de tudo que te propõem;
  • Indo a todos os lugares que os outros vão;
  • Fazendo tudo que o seu grupo faz.


Não estamos discutindo os meios, apenas os atos. Se isto vai ser feito por meio de mídias sociais, ou encontros presenciais, pouco importa. O que importa é a atitude.

A verdadeira integração do indivíduo ao seu grupo, em termos dos humanos, se dá por meio da avaliação que os outros fazem da sua firmeza de opinião e da propriedade ou impropriedade de suas opiniões.

Concordar com tudo

Este comportamento é óbvio para integração social. Principalmente desde a década de 1990, até os dias de hoje, seja social ou profissionalmente, os líderes estão gostando de quem concorda com tudo, sem ter que explicar o porquê das coisas que pedem. Estamos na "ERA DOS MEDÍOCRES", que não gostam que ninguém discorde deles.

Discordar de tudo

Estes assumem esta posição por dois motivos:

Justificar-se para não se comprometer e ter que fazer;
Instinto exagerado de auto-defesa por uma malformação da personalidade.

Agindo desta forma, eles precisam compensar o grupo de alguma forma, como:


  • Promover encontros sociais (reuniões, churrascos, almoços);
  • Coleta de dinheiro para eventos e crises (aniversários, falecimentos, ajuda a terceiros).


Se não o fizerem, serão excluídos. Este tipo facilmente lembra do aniversário dos outros e dá presentes até para quem não gosta.

Os outros tipos

Os demais são tão óbvios que não precisam ser detalhados. Aceitam todos os convites para ir a qualquer lugar.

A explicação

Estas formas de comportamento são muito comuns, estamos cansados de constatar. Mas por quê ocorrem ? O que dispara tal comportamento ?

Vamos falar o óbvio:

TUDO VEM DA EDUCAÇÃO

Isto é óbvio. Mas existem várias formas de educação.


  • Educação baseada na tradição;
  • Educação baseada na conveniência;
  • Educação baseada na formação da opinião.

Educação baseada na tradição

Vamos voltar uns 6000 anos atrás. No Egito, sábio era aquele que sabia tudo que era passado pelos adultos. A tradição era uma VERDADE ABSOLUTA. A criança egípcia não era encorajada a pensar. Esta é a educação baseada na tradição. Muitos grupos humanos da atualidade, principalmente nas ilhas do Pacífico praticam esta forma de educação.

Educação baseada na conveniência

Esta tem como orientação a busca da aceitação de uma forma que, fazendo a pessoa se aproximar de quem lhe possa ajudar de alguma forma, seu futuro estará garantido. O grupo passa a ser somente o "solvente" destas pessoas "mais capazes" (soluto), e ajuda até a esconder o INTERESSE desta pessoa que recebeu a educação de conveniência (INTERESSEIRO).

Educação baseada na formação de opinião

Esta é a mais difícil. O pai e a mãe tem que ir explicando à criança as coisas, e a cada nova situação ir instigando a criança a explicar a situação, ajudando, sem expor como VERDADE coisas sem comprovação. Tradições tem que ser explicadas à criança com as razões pelas quais começaram a existir. Deve-se perguntar sempre à criança desta forma de educação:


  • Você já viu algo parecido ?
  • Isto te lembra alguma coisa ?
  • Você acha isto bom para você ?
  • Você acha que o resultado disto vai ser bom ?


Exageros, no entanto, devem ser coibidos, como deixar a criança questionar coisas óbvias ou de entendimento ainda não apropriado à sua idade. O construtivismo nas escolas foi algo desta classe de exageros.

Também deve-se orientar a criança a nunca dar opiniões taxativas sobre assuntos que não conheça bem através da principal referência deste assunto. Por exemplo, não se pede a alguém que não conhece Engenharia para que opine sobre um desabamento, construção, ou algo do gênero. E principalmente sobre Religião, nunca se deve dar uma opinião sem conhecimento de História Universal, Bíblia, Alcorão, Geografia, etc.

E notamos nos meios de comunicação que estes desvios de opinião estão acontecendo direto e reto. Está sendo valorizado o senso comum em assuntos graves e de repercussão. E por quê ? Porque sai mais barato colocar o povo falando na TV e Rádio (Internet nem se diga) do que pagar o cachê de um profissional gabaritado.

Este tipo de educação é o mais TRABALHOSO, e hoje as pessoas estão se orientando pela PREGUIÇA.

A emulação social

Quando a educação não se pauta pelo estímulo à formação de uma opinião, ou seja, ao treino para que se busque as informações para a formação de uma opinião própria, existe também o caminho da "Emulação Social". O indivíduo tende a copiar desde os comportamentos do grupo até suas expressões. Nos meios de comunicação constatamos pessoas que são perguntadas a respeito de sua opinião frente a certos fatos, e elas repetem frases de novelas, de políticos, de artistas famosos, etc.

Então, como a maioria reclama, pois se sente impotente frente às situações, quem está em volta tende a fazer a mesma coisa. Eles não acham uma saída, então reclamam.

É a forma de "sobrevivência social" mais fácil:

Você não pensa, e sim deixa que os outros pensem por você.

Mas tem outras consequências. Os profissionais do jornalismo encontram uma massa "fraca da cabeça", e incutem idéias nestas mesmas cabeças. E então, o objetivo está completo. A cabeça da maioria pode ser manipulada. Canais de TV fazem dos telespectadores o que querem, empurram os ídolos mais adequados aos negócios comerciais. E estes passam a ser também porta-vozes das verdades fabricadas.

Conclusão

Educação exige investimento, tempo, esforço e preparação de quem está educando. É mais fácil seguir a maioria, ou seja, imitar comportamentos de quem está em volta.






domingo, 9 de dezembro de 2012

Qual o significado da brincadeira com bonecas ?

Senso comum era, até hoje, que a brincadeira de bonecas para meninas e a de soldadinhos para os meninos era um preparativo para a realidade.

A finalidade das brincadeiras

No princípio de sua vida, a criança precisa tomar contato com o mundo, com a realidade. Mas as entidades que compõem a realidade são muito cheias de detalhes, e expressam-se por si mesmas. A criança não vai conseguir captar todos os atributos das entidades. Assim, o brinquedo, por ser um "modelo estático", além de estar em uma proporção não tão avantajada quanto a coisa real, é passível de manipulação, de percepção e de entendimento.

Os carrinhos de brinquedo, para os meninos, são menores, não se movem, não podem provocar atropelamentos e nem acidentes graves sobre a criança. Os soldadinhos não atiram de verdade, livrando os meninos da morte. As bonecas, como réplicas em menor tamanho das meninas, não vão ofender ou fazer troça das meninas que as manipulam. Vão chorar ou sorrir, de acordo com o gosto de quem as manipula.

Os soldadinhos, ou bonecos de ação, como se chama agora os bonecos com os quais os meninos brincam, vão obedecer a questões estratégicas da mente dos meninos, além de proporcionar aquele clima de ação agressiva de que eles tanto gostam. Um exército contra o outro.

As bonecas, no entanto, trazem um elemento afetivo, e encenam os dramas da vida diária que a menina capta com os seus sentidos de todos os fatos que se desenrolam à sua volta. Para ambos, meninos e meninas, ressalta na brincadeira o elemento da manipulação. Eles podem fazer com os bonecos ou soldadinhos o que querem. Mas no caso das bonecas, existe mais "conversa". As meninas simulam situações e diálogos com forte componente de "exposição da alma".

Você não vê o menino simulando uma conversa entre dois soldadinhos, tal como:

"Estou cansado de tanto atirar. Será que é preciso matar tanto ?"

Mas em meio à brincadeira das meninas você pode ouvir:

"Você vai à minha festa ? Eu queria tanto que você fosse."

"Não gosto da Tereza. Eu não vou convidá-la para a festa."

Elementos frios e elementos afetivos

A brincadeira dos garotos é bem fria, e orientada para disputas de poder, elegendo um "exército" que vai vencer (geralmente o dos soldadinhos contra os índios). Já a das meninas expõe o seu interior e as pequenas disputas sociais.

Além do elemento de "contato controlado" com o mundo, a brincadeira tem o elemento de catarse, ou seja, colocar para fora aquilo que está incomodando por dentro.

Ora, quando se simula ações em torno de elementos afetivos, entra em jogo um enorme conjunto de emoções. Se bem utilizadas, elas serão uma ferramenta de convencimento, de expressão de revolta e de manipulação em geral. Os discursos políticos dos grandes manipuladores é recheado de manipulação de elementos afetivos, que atingem os centros emocionais dos ouvintes. É a manipulação linguística e tonal (tom) do discurso. Certas ações e sugestões também se constituem em discurso afetivo, sempre que se destinarem à manipulação.

Os jogos sociais entre as mulheres

Quando as mulheres precisam obter alguma coisa, já em idade avançada, aquelas que passaram pelas brincadeiras de bonecas estão PRONTAS para a manipulação de elementos afetivos. Elas podem não lembrar claramente do conteúdo exato de suas brincadeiras (pois a memória que resta é mais simbólica do que factual), mas estas se tornaram um exercício eficiente de preparo para os jogos sociais entre adultos.

O caso de uma

Se houve um traço de caráter malformado, que deturpou a personalidade justamente no atributo de competitividade, a menina crescida (esta é a denominação adequada, pois mulher é outra coisa muito mais evoluída) estará pronta para utilizar os elementos afetivos para manipular as colegas. A estratégia é bem conhecida, mas parece que as mulheres se esqueceram disto. A menina crescida se aproxima, toda sorrisos, e começa a querer estabelecer laços, usando o tom de voz de amizade, um interesse nos fatos da vida e fazendo o possível para ficar próxima tempo bastante para influenciar a VÍTIMA.

Plantar dúvidas, através de histórias a respeito das pessoas em volta da VÍTIMA, é o mais eficaz dos meios. A serpente usou este truque simples com Eva, e aí está o resultado.

O caso de duas

Quando duas mulheres resolvem manipular uma terceira, a manipulação tem uma carga mais potente. Quando duas estão juntas, em propósito, só por serem dupla já tem a natureza de uma instituição. Elas já formam um grupo. A produção de elementos de manipulação é mais numerosa. Uma concorda com a outra, e no ouvido da vítima são duas vozes sugerindo, afirmando e, com o tempo, mandando subliminarmente.

De onde vem esta tendência ?

Esta tendência a corromper os laços genuínos de amizade vem do caráter interno, reforçado pelo treino com a brincadeira de bonecas. Se não existissem as bonecas, fatalmente a mais manipuladora encontraria uma alma fraca para se exercitar, para depois levar a cabo seus instintos.

O significado para a mente

Talvez, para muitas pessoas, poder associado ao dinheiro, bens ou cargos não signifique tanto quanto a capacidade de influenciar, desviar, em suma, manipular outras pessoas. É como se fosse um jogo. É fazer com que os outros façam aquilo que o manipulador quer. Isto lhes dá prazer.

Como se prevenir ?

Procure, antes de estabelecer laços com uma pessoa, conhecê-la bem: de onde vem, por onde passou, como chegou aí do seu lado. Veja se suas convicções estão de acordo com sua ações. Se a amiga agarrar muito, e reclamar "por que você não foi", "por que você não vem", tome distância.






sábado, 17 de novembro de 2012

As células gliais e a migração neuronal

Recentemente se descobriu um tipo de célula cerebral, cuja função é a nutrição e manutenção das células nervosas.

Também recentemente é que se descobriu o fenômeno da migração neuronal, ou seja, o movimento da nova célula de memória de seu local de nascença - o hipotálamo - até o córtex cerebral.

No entanto, não se sabia como era feito o caminho destas células até o seu lugar definitivo na memória de longa duração. No caso das células sanguíneas, a migração se dá pelos vasos sanguíneos. No caso das células do sistema imunológico, o fenômeno se dá pelo sistema linfático. E no caso das nervosas ?

A resposta está na rede que as células gliais estabelecem. Elas formam o caminho pelo qual os neurônios migram. E faz muito sentido. Este sistema estabelecido pelas células gliais (que em breve deve ganhar nome específico) é o "arruamento" por onde as células nervosas se movimentam.


Veja que fantástico o instantâneo de duas células nervosas "caminhando" pelo sistema Glial do cérebro.

E este vídeo:



Hatten and Edmondson, 1987. (J. Neurosci.)

Durante o sono, o que está na memória de curta duração do ser humano, num local chamado de Hipocampo, e que foi potencializado por uma revisão antes que a pessoa durma, é lançado (migrado) para a memória de longa duração (córtex cerebral).

Ensino e Diálogo - Se você já sabe, para que está perguntando

Neste post vamos falar sobre a relação mestre discípulo e da transmissão de conhecimento, além do objetivo de se questionar as coisas.

O questionamento é um impulso necessário e natural do ser humano, destinado a suscitar na mente da pessoa, ainda não totalmente instruída em um assunto, o trinômio análise/comparação/síntese.

Dois conversando

Bastam duas pessoas conversando sobre algo de um gênero não narrativo, como uma ideia, para se estabelecer o duplo trinômio. Quando estamos pensando, precisamos buscar as várias situações ("cases") que conhecemos, para fazermos comparações. No entanto, não existe a operação negação, que cria "espelhos" de nossos pensamentos. Em outras palavras, os reflexos contrários de nossos pensamentos são importantes para acharmos contraprovas, provas por absurdo e para aumentar a exploração do contextos que está sendo analisado.

Para se informar sobre estas operações mentais, leia:


Análise, Síntese e Comparação

Bases para Comparação

Comparação

Quando existe o diálogo, as análises e sínteses começam a se dar a razão de 4 para 1 em relação a uma ideia colocada.

O ensino

Quando o ensino é corretamente ministrado, coloca-se uma ideia nova, ou uma ideia já conhecida com novas abordagens em discussão. Sim, ensinar corretamente é colocar uma ideia em discussão, pois até neófitos podem apresentar uma nova síntese ou uma nova análise sobre o que está sendo exposto.

Pois bem. Enquanto a ideia é introduzida, faz-se uma apresentação da mesma na forma de uma síntese (uma definição ou um conceito).

Por exemplo, vamos introduzir uma nova ideia HIPOTÉTICA, a que daremos o nome de LUPANOV. LUPANOV foi descoberto em laboratórios de parapsicologia, e é um fenômeno que ocorre quando um ser humano atinge determinado estado mental que possibilita penetrar com sua mão em uma parede, por exemplo.

Como é um fenômeno novo, desconhecido dos alunos, eles permanecem calados, sem propor nada, a princípio. Então o mestre propõe:

" Vamos supor que a explicação do fenômeno é magnética, o que vocês tem a dizer ?"

Os alunos são estimulados a buscar em sua mente respostas e ideias correlatas. A diferença para o que se pode estar pensando é que aqui não há construtivismo. O mestre fez uma suposição. No construtivismo a condução é livre e pode se direcionar para o caos.

Então, em nosso exemplo, um aluno pode propor que os campos magnéticos da mão e da parede interagem  e então o fenômeno é produzido. Então o professor pode lhe pedir para desenhar o modelo de magnetismo, com as cargas para explicar o fenômeno. Este é o verdadeiro ensino, a investigação:

Faz-se uma suposição, sem saber se é a verdade, e sobre ela constrói-se um modelo.

E se o mestre parte da suposição e pede que sejam propostos modelos, ele não está "empurrando" verdades sobre seus alunos, ele está ativando a interação entre ele, seus discípulos e os discípulos entre si.

O modelo é uma representação da análise, e as conclusões em forma de conceitos são as sínteses.

As perguntas

Ao ser feito um questionamento, e a pessoa aceitá-lo como uma proposta de resolução estimulante, o cérebro entra em processo de Neurogênese. As associações estimuladas a se formarem, demandando neurônios para os conceitos intermediários, provocam a formação de novos neurônios e fortalecimento dos já existentes. O processo então se auto-alimenta.

Em outras palavras, a pergunta desencadeia um processo de PROCURA, BUSCA ("search") no "banco de dados de ideias e conceitos" da pessoa questionada. Ela entra em um processo de tensão incipiente, que alimenta as regiões estimuladas. Neurônios de apoio (os mais próximos do conceito em questão) começam a "tatear" por neurônios que representam conceitos próximos, e se houver uma relação lógica entre eles NO CONTEXTO da discussão, eles formam uma ligação. E podem ser achados vários conceitos e portanto estabelecidas várias ligações.

Se houver uma conclusão nova, que não esteja nestes conceitos (a eles está relacionada, no entanto), um novo neurônio representativo do conceito que esta conclusão estabeleceu se forma. E este, totalmente novo, vai migrar para a memória de longa-duração, no próximo sono do indivíduo. (Veja o vídeo).



Conclusão

O mestre pergunta, propõe, mas seus saber, da forma colocada, não é algo estático e pronto, é algo que vai ser absorvido após uma modelagem pelos alunos. Ou seja, o sentimento de aprendizado é PESSOAL e GRUPAL.

sábado, 10 de novembro de 2012

Quebra do cotidiano, consciência e memória

Já temos falado de:

Rituais na Construção e Manutenção da Identidade

Mau humor de fim de semana

O ser humano máquina

No inconsciente coletivo estão os reflexos da Revolução Industrial que perdura até hoje. Mas um agravante se apresenta desde o advento da Internet: a Revolução Digital. Enquanto a primeira "sequestrou" o corpo, a segunda vem "sequestrando" a mente. E uma vez sequestrados, estamos em uma situação de "consciência no limite".

Através da Revolução Industrial estamos sendo tornados aptos a experimentar os limites extremos. Extremos de velocidade, extremos de profundidade com as minas cada vez mais profundas, extremos de altitude com prédios altos, trânsito em aviões, extremos da ciência e tecnologia que levaram à Revolução Digital.

Através da Revolução Digital, estamos sendo levados aos extremos da informação. Esta afeta diretamente a consciência. Somos levados, hoje, a saber o que está ocorrendo no mundo todo, via YouTube, via Google,  via jornais digitais, e o que é pior: a cada segundo. Se uma informação cai na rede, já está visível para todo o mundo (com exceção da China).

Desta forma, nós fomos colocados na rede. Fomos absorvidos pela "MATRIX" do filme que se tornou tão notório. Viramos parte da máquina. Achamos que se não soubermos de determinada coisa sobre a qual se está falando, estamos excluídos. Pela rede, funcionando assim on-line como está, temos a nossa consciência aumentada.

Consciência aumentada e memória

Mas a consciência aumentada apresenta seus prejuízos. Para nos mantermos conscientes, um determinado conjunto de processos mentais deve estar funcionando, para sermos considerados seres que estão prestando a atenção ao seu estado presente a cada segundo. E o cotidiano é uma forma de tratamento destes processos mentais que possibilita à mente funcionar com a menor quantidade de energia. Como tudo é repetido no cotidiano, já o fazemos de forma automática, sem esforço. Com a consciência aumentada, mais processos vem dividir a nossa atenção.

A sucessão de dia e noite, como um ritmo lógico-mental, é como um relógio que possibilita refrescar e realimentar a nossa memória. Talvez 24 horas seja o tempo do ciclo mais perfeito para ritmar a nossa vida, sem permitir que, no final do dia, esqueçamos de tudo o que se passou ao longo do mesmo.

Todos os nossos processo mentais precisam trazer informações para a memória de curta duração, no momento em que elas são necessárias. Podemos até definir Consciência como:

Estado mental de uso constante da memória de curta duração

Memória de curta duração

Estado natural da Memória de Curta Duração


Suponhamos que você precisa se lembrar da senha de sua conta bancária. O cérebro terá que trazer esta informação para a memória de curta duração, até porque você poderá optar pela troca desta senha. Ora, no indivíduo que está neste estado de consciência aumentada, pelo uso frequente dos recursos digitais da atualidade, a memória de curta duração está "apertada". Ali não está cabendo mais nada, mas você precisou de um espaço, mesmo pequeno, para utilizar AGORA.

Estado natural da Memória de Curta Duração na Consciência Aumentada
Ambas as figuras podem ser entendidas em termos de quantidade de energia utilizada pelo cérebro para manter cada processo citado.


Existe portanto a possibilidade de nossa memória falhar.

No caso de uma nova tarefa ou processo ou situação que saia completamente do cotidiano, podemos dizer que, na primeira vez, a não ser que você cole um papel na frente dos olhos, ou amarre um cordão no dedo, ou coloque um peso nos pés, a nossa memória FALHARÁ.

A este fenômeno daremos o nome de Quebra do Cotidiano

 Um exemplo é o caso do pai em Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro, que deixou a filha dentro do carro, porque, naquele único dia, estava levando a filha de 10 meses para a escolinha. Outro é o do detento que, quase no final da pena, comete um crime dentro da penitenciária, para não sair, pois já se acostumou aquela vida.