Somos devedores dos nossos amigos, colegas, vizinhos, professores, parentes e da Internet em matéria de conhecimento.
Apesar de existir um juízo de valor, serve ou não serve, estas pessoas construíram, sem dúvida, o arcabouço de nosso conhecimento. Dizemos muito:
Aprendi muito com fulano;
Meu professor me ensinou muito;
Meu avô me ensinou ...;
No entanto, isto fica no terreno de transferência de conhecimento, e a análise é muito individual.Centramos o nosso ponto de vista em nosso cérebro, como os antigos acreditavam que a terra era o centro do sistema solar. Mas não é isto. Somos só um NEURÔNIO HUMANO convivendo com uma INFINIDADE DE OUTROS NEURÔNIOS, que são estas pessoas, livros, instituições e com a Internet.
O leitor compreendeu esta ótica ? Ao nus juntarmos às outras pessoas, compartilhando conhecimentos, com um dos Neurônios humanos servindo de NEURÔNIO MESTRE na condução da organização destes conhecimentos, e na direção do diálogo e troca dos mesmos, temos uma Rede Neural de pessoas. Esta Rede tem sido muito corrompida por interesses pessoais. Mas a Internet, por sua impessoalidade, e pela intensa e numerosa troca de informações, anula em grande parte os interesses pessoais.
Se o usuário de Internet quiser negar conhecimento ao público, de nada adiantará, pois para cada indivíduo egoísta existem uns 5 que dão seu conhecimento, seja por altruísmo, seja pela vontade de que os outros vejam que ele sabe alguma coisa. A enormidade de páginas, blogs e fóruns prova tal coisa.
Num significado mais amplo, com a Internet um grande cérebro coletivo foi concebido. Se um grande número de pessoas decidir sair da Rede, as instituições vão resolver fazer uma outra. Aliás,.a gigante Google estaria muito interessada em tomar as rédeas de toda a Internet, pois as melhores ferramentas são da Google, e ela possui calibre para substituir todas as outras.
Conclusão
Nós, humanos, acabamos de nos integrar em raciocínio e informação através da Internet. Já existem pessoas, empresários e profissionais que ficam estressados se a Internet fica lenta ou não funciona a contento.
Exploração dos mecanismos físicos (fisiologia) e evidenciais (linguagem)
para compreensão do funcionamento do Cérebro.
Blog da Rede Blogazine
Conteúdos com Pesquisa e Revisão
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Depressão e ambiente de trabalho: rotatividade e distúrbios de comportamento
As instituições vem se modernizando em um ritmo não linear no Brasil. Isto significa que, num determinado momento, em virtude de alguma exigência de concorrência ou enquadramento em novos contextos, elas são obrigadas a acelerar o seu ritmo de mudanças.
Um deste contextos é a Bolsa de Valores. Este artigo não é financeiro, a entrada de uma empresa para Bolsa só vai contar como um fator de mudança. Os mecanismos precisos desta mudança não serão objeto da discussão neste momento. O que importa é o que as mudanças que provocam mais responsabilidade das empresas, e elas não conseguem lidar direito com isto, PRINCIPALMENTE NO BRASIL, país que não está acostumado com compromissos, com metas e com o saudável hábito de LEVAR AS COISAS ATÉ O FIM.
Esta última citação (levar as coisas até o fim) é um dos sustentáculos da firmeza de personalidade do ser humano. Ora, como todo trabalho exige isto, pois em um determinado momento ALGUÉM VAI VIR COBRAR O QUE FOI PEDIDO, o indivíduo envolvido pode resolver FUGIR, ou seja, mudar de emprego.
Existe a segunda situação, derivada desta, se estabelece quando o responsável pela gerência deste indivíduo é o agente da culpa, pois nossos líderes políticos e gerenciais, que também NÃO LEVAM AS COISAS ATÉ O FIM, ordenam que interrompamos a cadeia lógica de um projeto, para assumir outro. Neste caso, e após várias ocorrências deste tipo de situação, o empregado se aborrece, e resolve FUGIR, ou seja, trocar de emprego.
A troca de emprego
Trocar de emprego dispara aquilo que conhecemos como ROTATIVIDADE. Não importa o fator: desvalorização, opressão, brigas, invejas, serviço demais, competência de menos, gerentes ruins; o empregado acaba ficando pouquíssimo tempo no emprego.
A consequência para o ambiente
Para o empregado que sai, é uma fuga, ou uma conquista. Mas para o empregado que fica, as consequências psicológicas são indeléveis, lentas e subliminares.
A saída de um colega, por mudança, demissão, fim de estágio ou mudança de área na própria empresa, seja o que for, é uma PERDA.
A literatura de psicologia esta repleta de discussões sobre as Perdas afetivas e sobre a morte, a Perda definitiva, pelo menos nesta vida.
As reclamações
Nossos jovens, de 29 a 35 anos (pós-adolescentes avançados) estão reclamando de depressão e dores que há duas gerações eram objetos de reclamação de pessoas com mais de 50. Até 1994, as mudanças eram mais lentas e o espírito industrial convivia com uma forte impressão de família no trabalho. Porém, com a maior estruturação empresarial e com uma doentia ênfase no lucro, empresas deixaram de ser a casa das pessoas (aliás, como deve ser). Mas as duas últimas gerações, acostumadas a ter tudo na mão, inclusive bens de consumo devido a uma indústria que pode fabricar de tudo mais barato (pelo menos em relação aos anos 80), e devido ao afrouxamento na educação em família (pai e mãe que trabalham fora)., não formaram estrutura psicológica capaz de lidar com perdas.
A isto pode-se somar empregados que trabalham pouco ou não trabalham, pois julgam pouco o seu salário, em oposição à geração de nossos pais que encaravam o trabalho como fator de fortalecimento da honra e do caráter. Esta forma de encarar o trabalho era como uma dose de calmante.
O não
O "NÃO" é o remédio caseiro de maior eficácia contra este mal da Perda. É como "vacina psíquica" na mente da pessoa, conforme citado por psicólogos e psiquiatras em suas teses. E é um remédio disponível em todas as casas, só que é preciso usá-lo. Ele vem nas formas:
Agora não;
Não pode;
Não vai não;
Não quero que você faça isto;
Não precisa nem de embalagem.
Os medicamentos
Ora, nunca se fez tanto uso de remédios calmantes quanto nos anos de 98 a 2012 (agora). E os pacientes que deles faziam uso , geralmente senhoras acima de 45 anos, se deslocaram para a faixa de 29 em diante.
Conclusão
A rotatividade e a educação deficiente
Um deste contextos é a Bolsa de Valores. Este artigo não é financeiro, a entrada de uma empresa para Bolsa só vai contar como um fator de mudança. Os mecanismos precisos desta mudança não serão objeto da discussão neste momento. O que importa é o que as mudanças que provocam mais responsabilidade das empresas, e elas não conseguem lidar direito com isto, PRINCIPALMENTE NO BRASIL, país que não está acostumado com compromissos, com metas e com o saudável hábito de LEVAR AS COISAS ATÉ O FIM.
Esta última citação (levar as coisas até o fim) é um dos sustentáculos da firmeza de personalidade do ser humano. Ora, como todo trabalho exige isto, pois em um determinado momento ALGUÉM VAI VIR COBRAR O QUE FOI PEDIDO, o indivíduo envolvido pode resolver FUGIR, ou seja, mudar de emprego.
Existe a segunda situação, derivada desta, se estabelece quando o responsável pela gerência deste indivíduo é o agente da culpa, pois nossos líderes políticos e gerenciais, que também NÃO LEVAM AS COISAS ATÉ O FIM, ordenam que interrompamos a cadeia lógica de um projeto, para assumir outro. Neste caso, e após várias ocorrências deste tipo de situação, o empregado se aborrece, e resolve FUGIR, ou seja, trocar de emprego.
A troca de emprego
Trocar de emprego dispara aquilo que conhecemos como ROTATIVIDADE. Não importa o fator: desvalorização, opressão, brigas, invejas, serviço demais, competência de menos, gerentes ruins; o empregado acaba ficando pouquíssimo tempo no emprego.
A consequência para o ambiente
Para o empregado que sai, é uma fuga, ou uma conquista. Mas para o empregado que fica, as consequências psicológicas são indeléveis, lentas e subliminares.
A saída de um colega, por mudança, demissão, fim de estágio ou mudança de área na própria empresa, seja o que for, é uma PERDA.
A literatura de psicologia esta repleta de discussões sobre as Perdas afetivas e sobre a morte, a Perda definitiva, pelo menos nesta vida.
As reclamações
Nossos jovens, de 29 a 35 anos (pós-adolescentes avançados) estão reclamando de depressão e dores que há duas gerações eram objetos de reclamação de pessoas com mais de 50. Até 1994, as mudanças eram mais lentas e o espírito industrial convivia com uma forte impressão de família no trabalho. Porém, com a maior estruturação empresarial e com uma doentia ênfase no lucro, empresas deixaram de ser a casa das pessoas (aliás, como deve ser). Mas as duas últimas gerações, acostumadas a ter tudo na mão, inclusive bens de consumo devido a uma indústria que pode fabricar de tudo mais barato (pelo menos em relação aos anos 80), e devido ao afrouxamento na educação em família (pai e mãe que trabalham fora)., não formaram estrutura psicológica capaz de lidar com perdas.
A isto pode-se somar empregados que trabalham pouco ou não trabalham, pois julgam pouco o seu salário, em oposição à geração de nossos pais que encaravam o trabalho como fator de fortalecimento da honra e do caráter. Esta forma de encarar o trabalho era como uma dose de calmante.
O não
O "NÃO" é o remédio caseiro de maior eficácia contra este mal da Perda. É como "vacina psíquica" na mente da pessoa, conforme citado por psicólogos e psiquiatras em suas teses. E é um remédio disponível em todas as casas, só que é preciso usá-lo. Ele vem nas formas:
Agora não;
Não pode;
Não vai não;
Não quero que você faça isto;
Não precisa nem de embalagem.
Os medicamentos
Ora, nunca se fez tanto uso de remédios calmantes quanto nos anos de 98 a 2012 (agora). E os pacientes que deles faziam uso , geralmente senhoras acima de 45 anos, se deslocaram para a faixa de 29 em diante.
Conclusão
A rotatividade e a educação deficiente
domingo, 12 de agosto de 2012
A paixão, sugadora de recursos do cérebro
Durante o curso de nossa vida, precisamos de fortes apoios afetivos para continuarmos vivendo.
De uma forma mais técnica, baseado no estudo de Redes Neurais, de que os neurônios trabalham em Assembleia para resolver problemas e nas Colunas Neuronais, todos os assuntos já abordados neste blog, o apoio para o cérebro se manter motivado a sustentar o ser que o sustenta (o corpo) é a REDE MAIS DESENVOLVIDA DENTRE TODAS AS OUTRAS.
O indivíduo que tem um ideal tem este ideal em uma REDE NEURAL bem desenvolvida. O tenista tem a Rede Neural responsável pelos movimentos das mãos e braços mais desenvolvida. O aficcionado por carros tem uma Rede Neural repleta das informações sobre este assunto mais ramificada que as demais. E assim por diante.
Portanto, a Rede Neural daquilo que mais motiva um indivíduo é a mais desenvolvida dentre as demais, e por onde circula mais sangue, nutrientes e impulsos.
A Paixão
Quando o indivíduo está apaixonado, ele cria no seu cérebro uma Rede Neural com a aparência do ser amado, suas expressões verbais, o histórico dos encontros que com sua paixão teve, as comidas que este ser gosta, e outras informações pertinentes ao objeto de sua paixão. Em outras palavras, é quase como se criar no Cérebro UMA FORMA NEURAL E VIRTUAL de uma pessoa. Isto é fantástico e é GRAVE no sentido de que pode levar à loucura.
Existe uma música de Vanderly que diz em uma de suas frases "que querem SER o outro". Esta é uma expressão da Rede Neural de que falamos levada ao seu mais alto grau: o ser amado acaba indo MORAR na mente do apaixonado. Um dos lados bons do casamento é que esta Rede com uma imagem idealizada (pois o cérebro acaba fazendo inferências cada vez mais inexatas e idealizadas) vai se desfazendo aos poucos, e dando lugar ao que o ser amado REALMENTE É. Não existe nada mais sadio do que a imagem real das pessoas.
Graças a Deus. Imagens ideais se conseguem fazendo estátuas, desenhos, romances, e todas as outras formas artísticas que ajudam em nossa fuga da realidade e em nossa catarse, para que não se caia no abismo da loucura.
Nossa vida tem várias fases, e uma delas é a paixão, para que encontremos alguém. Mas se esta paixão demora a se realizar, e toma a forma de um monstro cerebral, uma Rede Neural gigante e tirana, deve ser reconhecida e abandonada.
A vontade
O fenômeno de crescimento e domínio desta Rede da paixão é tão válido, que é capaz de impulsionar a nossa Vontade a fazer coisas que seriam impossíveis no domínio completo da racionalidade. O bombeiro se enfia em um incêndio para salvar uma pessoa devido à paixão pelo outro, desenvolvida em vários episódios de sua vida que o empurraram a seguir esta profissão, por admiração ao trabalho de resgate de uma vida.
A vontade empurra o atleta a treinar, suportando a dor e o cansaço, pela paixão pela fama, ou superação, ou pelo prazer de atingir um objetivo. E OBJETIVO é apenas uma Rede Neural dentro do cérebro de um indivíduo em particular que clama por crescer (adquirir conhecimento).
A fantasia
Um desejo, uma motivação, à medida em que é alimentado, vai recrutando neurônios para a sua satisfação. Só PENSAR já é uma ORDEM de RECRUTAMENTO de neurônios para formar uma Rede Neural. E quando esta ordem é persistente, a Rede se forma (a Matrix do famoso filme). E quando a Rede se torna suficientemente grande e realimentada, a fantasia toma a identidade de uma obsessão. Então o indivíduo acha que ela é concreta.
Em outro post já mostramos que o Cérebro é o melhor simulador da realidade. Alguém pode achar que a fantasia agora é real, porque o Cérebro é capaz de FAZER a coisa real.
Deus
Devido ao perigo que os pensamentos em coisas terrenas representa para o ser humano, a Bíblia enfatiza que em primeiro lugar se deve amar a Deus. Este amar um Ser Invisível, coisa que parece loucura, não se constitui em fantasia, dado que não temos um retrato de Deus e nunca falamos direta e pessoalmente com Ele. Podemos idealizá-lo, mas nunca como o faz a Paixão, pois não podemos deturpá-lo sem O conhecer totalmente.
A Rede Neural de Deus dentro do cérebro pode crescer mais e mais, pois sua compreensão é muito longa, e não temos notícia de alguém que já O compreendeu em sua totalidade.
No entanto, tem loucos que tentam comparar Deus a pessoas ou coisas existentes, e por isto ficam loucos. A busca por Deus demora toda uma vida, e SERÁ QUE O ENTENDEREMOS ?
Por isto a "paixão" pelos assuntos de Deus são mais sadias, porque não existe idealização por deturpação, coisa que acontece no amor entre duas pessoas. Quando uma pessoa quer mandar na outra em uma relação amorosa, esta relação acaba (e costuma dar em morte). Já na relação com Deus, ele age como Quem manda. Nada mais correto, pois Ele conhece tudo, e nós ACHAMOS QUE CONHECEMOS.
Conclusão
Cuidado com o que você pensa, e o quanto pensa, pois pensamentos podem CRIAR um ser de existência quase Real dentro da mente.
De uma forma mais técnica, baseado no estudo de Redes Neurais, de que os neurônios trabalham em Assembleia para resolver problemas e nas Colunas Neuronais, todos os assuntos já abordados neste blog, o apoio para o cérebro se manter motivado a sustentar o ser que o sustenta (o corpo) é a REDE MAIS DESENVOLVIDA DENTRE TODAS AS OUTRAS.
O indivíduo que tem um ideal tem este ideal em uma REDE NEURAL bem desenvolvida. O tenista tem a Rede Neural responsável pelos movimentos das mãos e braços mais desenvolvida. O aficcionado por carros tem uma Rede Neural repleta das informações sobre este assunto mais ramificada que as demais. E assim por diante.
Portanto, a Rede Neural daquilo que mais motiva um indivíduo é a mais desenvolvida dentre as demais, e por onde circula mais sangue, nutrientes e impulsos.
A Paixão
Quando o indivíduo está apaixonado, ele cria no seu cérebro uma Rede Neural com a aparência do ser amado, suas expressões verbais, o histórico dos encontros que com sua paixão teve, as comidas que este ser gosta, e outras informações pertinentes ao objeto de sua paixão. Em outras palavras, é quase como se criar no Cérebro UMA FORMA NEURAL E VIRTUAL de uma pessoa. Isto é fantástico e é GRAVE no sentido de que pode levar à loucura.
Existe uma música de Vanderly que diz em uma de suas frases "que querem SER o outro". Esta é uma expressão da Rede Neural de que falamos levada ao seu mais alto grau: o ser amado acaba indo MORAR na mente do apaixonado. Um dos lados bons do casamento é que esta Rede com uma imagem idealizada (pois o cérebro acaba fazendo inferências cada vez mais inexatas e idealizadas) vai se desfazendo aos poucos, e dando lugar ao que o ser amado REALMENTE É. Não existe nada mais sadio do que a imagem real das pessoas.
Uma pessoa é um ser de carne, virtudes e defeitos
Graças a Deus. Imagens ideais se conseguem fazendo estátuas, desenhos, romances, e todas as outras formas artísticas que ajudam em nossa fuga da realidade e em nossa catarse, para que não se caia no abismo da loucura.
Nossa vida tem várias fases, e uma delas é a paixão, para que encontremos alguém. Mas se esta paixão demora a se realizar, e toma a forma de um monstro cerebral, uma Rede Neural gigante e tirana, deve ser reconhecida e abandonada.
A vontade
O fenômeno de crescimento e domínio desta Rede da paixão é tão válido, que é capaz de impulsionar a nossa Vontade a fazer coisas que seriam impossíveis no domínio completo da racionalidade. O bombeiro se enfia em um incêndio para salvar uma pessoa devido à paixão pelo outro, desenvolvida em vários episódios de sua vida que o empurraram a seguir esta profissão, por admiração ao trabalho de resgate de uma vida.
A vontade empurra o atleta a treinar, suportando a dor e o cansaço, pela paixão pela fama, ou superação, ou pelo prazer de atingir um objetivo. E OBJETIVO é apenas uma Rede Neural dentro do cérebro de um indivíduo em particular que clama por crescer (adquirir conhecimento).
A fantasia
Um desejo, uma motivação, à medida em que é alimentado, vai recrutando neurônios para a sua satisfação. Só PENSAR já é uma ORDEM de RECRUTAMENTO de neurônios para formar uma Rede Neural. E quando esta ordem é persistente, a Rede se forma (a Matrix do famoso filme). E quando a Rede se torna suficientemente grande e realimentada, a fantasia toma a identidade de uma obsessão. Então o indivíduo acha que ela é concreta.
Em outro post já mostramos que o Cérebro é o melhor simulador da realidade. Alguém pode achar que a fantasia agora é real, porque o Cérebro é capaz de FAZER a coisa real.
Deus
Devido ao perigo que os pensamentos em coisas terrenas representa para o ser humano, a Bíblia enfatiza que em primeiro lugar se deve amar a Deus. Este amar um Ser Invisível, coisa que parece loucura, não se constitui em fantasia, dado que não temos um retrato de Deus e nunca falamos direta e pessoalmente com Ele. Podemos idealizá-lo, mas nunca como o faz a Paixão, pois não podemos deturpá-lo sem O conhecer totalmente.
A Rede Neural de Deus dentro do cérebro pode crescer mais e mais, pois sua compreensão é muito longa, e não temos notícia de alguém que já O compreendeu em sua totalidade.
No entanto, tem loucos que tentam comparar Deus a pessoas ou coisas existentes, e por isto ficam loucos. A busca por Deus demora toda uma vida, e SERÁ QUE O ENTENDEREMOS ?
Por isto a "paixão" pelos assuntos de Deus são mais sadias, porque não existe idealização por deturpação, coisa que acontece no amor entre duas pessoas. Quando uma pessoa quer mandar na outra em uma relação amorosa, esta relação acaba (e costuma dar em morte). Já na relação com Deus, ele age como Quem manda. Nada mais correto, pois Ele conhece tudo, e nós ACHAMOS QUE CONHECEMOS.
Conclusão
Cuidado com o que você pensa, e o quanto pensa, pois pensamentos podem CRIAR um ser de existência quase Real dentro da mente.
sábado, 4 de agosto de 2012
Ouvir, dialogar e olhar no olho - Crescimento pessoal
Um bebê aprende a falar de tanto ouvir. Isto é parte de um gigantesco trabalho, completado pelo cérebro. Concomitantemente, ele troca olhares com a mãe, com o pai, com a babá, com os tios, primos e vizinhos.
Até dominar as frases complexas, o indivíduo humano dá, inconscientemente, grande valor a estas trocas visuais e auditivas. Na adolescência, no entanto, por se achar senhor da verdade, o indivíduo passa a evitar o excesso de troca e se recolhe mais de forma a desenvolver seu próprio pensamento.
Isto é natural, e nisto não existe engano.
Mas imagine que o indivíduo continuasse, pelo menos, ouvindo e "pesando" os fatos em sua cabeça. Ele aumentaria o seu depósito de idéias e conceitos, formando uma infra-estrutura de raciocínio muito maior. Tente dizer isto a um adolescente.
Os adultos também, nos locais de trabalho, pensam que sabem tudo, escolhem demais as suas companhias e podem chegar a se fechar completamente. É o "indivíduo individualista". Temos tendência natural a evitar conversas chatas, companhias que falam o que não concordamos e grupos que julgamos de baixo nível cultural.
Pelo menos até os quarenta anos, o brasileiro tem que se avaliar como total ignorante, e hoje ainda mais, pois a leitura é um hábito muito distante e até desprezado.
As opiniões diversas
Seja qual for nossa opinião ou visão sobre algo, é importante ouvir pelo menos mais duas, pois haverá diversidade e possibilidade indubitável de desempate. Qualquer opinião traz um ponto de vista, e mesmo com um vício da faceta abordada, seu exagero pode ser registrado para ser refutado em sua natureza. Não que toda opinião seja válida, mas oferecendo um lado absurdo, constitui-se em um erro registrado para não ser imitado e ponto de apoio para se achar a verdade.
A conversa chata
O que mais nos incomoda em uma conversa é o indivíduo "do contra". Por um problema de formação de raciocínio este tipo de indivíduo não sai da "adolescência cerebral". Este tipo não inicia conversa nenhuma, a não ser que esteja estimulado por algum acontecimento que lhe tocou o ego. Ele embarca na conversa dos outros, contando casos e dando "o contra". É mais fácil. Diálogo de reação. Repare como estas pessoas frequentemente iniciam frases com "não".
Até esta conversa é proveitosa, pois traz os "elementos do senso comum". Sempre se oferece uma faceta mais absurda e mundana do raciocínio humano. E preste atenção, pois uma vez em cem, ou menos ainda, este indivíduo pode dar uma contribuição que você nunca imaginou, quando o seu íntimo ficar excessivamente exposto. Então ele vira um sábio por alguns minutos. Este pode contribuir muito, se você tiver a paciência de um pescador esperando um peixe em uma lagoa que quase não os tem.
O ouvir
Fique então sem ouvir muito tempo uma conversa, um ouvinte. Você murcha. Somos acostumados à ativação pelo que vemos. O sentido da visão fica ligado e recebendo informação de doze à dezesseis horas por dia. Mas o ouvir só se realiza por pouquíssimas horas somadas. Ouvir é importante. A língua é aprendida pelo sentido da audição.
E qualquer audição besta, aparentemente insignificante, é necessária para nos manter vivos e sadios psicologicamente. Não basta as pessoas se movendo à nossa volta. É preciso que falem, e se estiverem fazendo isto se dirigindo a nós é melhor ainda.
O aspecto linguístico
A conversa humana ativa de forma capital duas áreas do cérebro conhecidas como área de Wernicke e de Broca, responsáveis pela manipulação e compreensão linguística das palavras. E todo o cérebro vem participar da conversa. No post "No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia" vimos que o próprio cérebro adotou o modelo "parlamentarista" para não estranhar muito a vida linguística social.
O olhar
Recentemente foi descoberto que os olhos não são propriamente órgãos de um sentido, e sim uma parte do cérebro. O "olho no olho" pode revelar se a pessoa está ou não falando a verdade. O olho que insiste em "cair" em direção do pescoço ou tronco da pessoa com quem se conversa pode revelar submissão, medo, insegurança ou traição. Quem não consegue sustentar o olhar frente ao outro provavelmente está tendo uma conversa tensa.
O olho é a janela da alma, e a correta interpretação de sua posição e movimentos traz muito conhecimento sobre a natureza de nossos interlocutores. O lado bom é que um simples olhar sincero ajuda muito a manter a nossa saúde mental e física.
A migração dos diálogos para redes sociais perverteu o sentido da verdadeira conversa presencial, com a audição e com a troca de olhares que lhe são peculiares. O facebook e os chats são a falência da conversa sadia.
O homem sozinho
Ao homem sozinho resta se olhar no espelho, mas isto não lhe acrescenta nada. Somos animais sociais (não sei se sociáveis no estágio em que o mundo se encontra). E o mais profundo é que formamos UM GRANDE ORGANISMO SOCIAL, com a necessidade de aproximação corporal, diálogo e observação. O inteligentíssimo Machado de Assis descreve em suas obras os cacoetes que personagens solitários desenvolvem ao tentar "casar com si mesmos".
A mais tempo via os solitários com uma garrafa de cerveja como sua companheira, cumprindo um horário bem constante, e sendo conhecidos dos garçons, sentando-se sempre no mesmo lugar. A cerveja lhes servia de apoio (e ainda serve) e desculpa para a falta de uma companhia. Então passavam horas observando as outras pessoas, e se alimentando de suas presenças. Após umas horas, pagavam a conta e iam embora satisfeitos. Isto ainda ocorre em nossos dias.
Uma versão atualizada deste tipo é o solitário que assenta na praça de alimentação, abre o notebook, netbook ou tablet, e inicia seu passeio virtual. Mas se está interagindo nas redes sociais da Internet, para que precisa sair de casa ? Para "sentir em seus ossos" que está perto dos outros. É uma necessidade visceral. Melhor seria se marcasse para encontrar com os "corpos físicos" dos colegas, e manter sua saúde psíquica.
Conclusão
Converse, e olhe seus interlocutores no olho, para se desenvolver totalmente, e observe se eles te olham no olho. Ouça até aquelas pessoas que, em seu julgamento, não lhe acrescentarão nada. Este é o lado científico do amor entre as pessoas.
Até dominar as frases complexas, o indivíduo humano dá, inconscientemente, grande valor a estas trocas visuais e auditivas. Na adolescência, no entanto, por se achar senhor da verdade, o indivíduo passa a evitar o excesso de troca e se recolhe mais de forma a desenvolver seu próprio pensamento.
Isto é natural, e nisto não existe engano.
Mas imagine que o indivíduo continuasse, pelo menos, ouvindo e "pesando" os fatos em sua cabeça. Ele aumentaria o seu depósito de idéias e conceitos, formando uma infra-estrutura de raciocínio muito maior. Tente dizer isto a um adolescente.
Os adultos também, nos locais de trabalho, pensam que sabem tudo, escolhem demais as suas companhias e podem chegar a se fechar completamente. É o "indivíduo individualista". Temos tendência natural a evitar conversas chatas, companhias que falam o que não concordamos e grupos que julgamos de baixo nível cultural.
Pelo menos até os quarenta anos, o brasileiro tem que se avaliar como total ignorante, e hoje ainda mais, pois a leitura é um hábito muito distante e até desprezado.
As opiniões diversas
Seja qual for nossa opinião ou visão sobre algo, é importante ouvir pelo menos mais duas, pois haverá diversidade e possibilidade indubitável de desempate. Qualquer opinião traz um ponto de vista, e mesmo com um vício da faceta abordada, seu exagero pode ser registrado para ser refutado em sua natureza. Não que toda opinião seja válida, mas oferecendo um lado absurdo, constitui-se em um erro registrado para não ser imitado e ponto de apoio para se achar a verdade.
A conversa chata
O que mais nos incomoda em uma conversa é o indivíduo "do contra". Por um problema de formação de raciocínio este tipo de indivíduo não sai da "adolescência cerebral". Este tipo não inicia conversa nenhuma, a não ser que esteja estimulado por algum acontecimento que lhe tocou o ego. Ele embarca na conversa dos outros, contando casos e dando "o contra". É mais fácil. Diálogo de reação. Repare como estas pessoas frequentemente iniciam frases com "não".
Até esta conversa é proveitosa, pois traz os "elementos do senso comum". Sempre se oferece uma faceta mais absurda e mundana do raciocínio humano. E preste atenção, pois uma vez em cem, ou menos ainda, este indivíduo pode dar uma contribuição que você nunca imaginou, quando o seu íntimo ficar excessivamente exposto. Então ele vira um sábio por alguns minutos. Este pode contribuir muito, se você tiver a paciência de um pescador esperando um peixe em uma lagoa que quase não os tem.
O ouvir
Fique então sem ouvir muito tempo uma conversa, um ouvinte. Você murcha. Somos acostumados à ativação pelo que vemos. O sentido da visão fica ligado e recebendo informação de doze à dezesseis horas por dia. Mas o ouvir só se realiza por pouquíssimas horas somadas. Ouvir é importante. A língua é aprendida pelo sentido da audição.
E qualquer audição besta, aparentemente insignificante, é necessária para nos manter vivos e sadios psicologicamente. Não basta as pessoas se movendo à nossa volta. É preciso que falem, e se estiverem fazendo isto se dirigindo a nós é melhor ainda.
O aspecto linguístico
A conversa humana ativa de forma capital duas áreas do cérebro conhecidas como área de Wernicke e de Broca, responsáveis pela manipulação e compreensão linguística das palavras. E todo o cérebro vem participar da conversa. No post "No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia" vimos que o próprio cérebro adotou o modelo "parlamentarista" para não estranhar muito a vida linguística social.
O olhar
Recentemente foi descoberto que os olhos não são propriamente órgãos de um sentido, e sim uma parte do cérebro. O "olho no olho" pode revelar se a pessoa está ou não falando a verdade. O olho que insiste em "cair" em direção do pescoço ou tronco da pessoa com quem se conversa pode revelar submissão, medo, insegurança ou traição. Quem não consegue sustentar o olhar frente ao outro provavelmente está tendo uma conversa tensa.
O olho é a janela da alma, e a correta interpretação de sua posição e movimentos traz muito conhecimento sobre a natureza de nossos interlocutores. O lado bom é que um simples olhar sincero ajuda muito a manter a nossa saúde mental e física.
A migração dos diálogos para redes sociais perverteu o sentido da verdadeira conversa presencial, com a audição e com a troca de olhares que lhe são peculiares. O facebook e os chats são a falência da conversa sadia.
O homem sozinho
Ao homem sozinho resta se olhar no espelho, mas isto não lhe acrescenta nada. Somos animais sociais (não sei se sociáveis no estágio em que o mundo se encontra). E o mais profundo é que formamos UM GRANDE ORGANISMO SOCIAL, com a necessidade de aproximação corporal, diálogo e observação. O inteligentíssimo Machado de Assis descreve em suas obras os cacoetes que personagens solitários desenvolvem ao tentar "casar com si mesmos".
A mais tempo via os solitários com uma garrafa de cerveja como sua companheira, cumprindo um horário bem constante, e sendo conhecidos dos garçons, sentando-se sempre no mesmo lugar. A cerveja lhes servia de apoio (e ainda serve) e desculpa para a falta de uma companhia. Então passavam horas observando as outras pessoas, e se alimentando de suas presenças. Após umas horas, pagavam a conta e iam embora satisfeitos. Isto ainda ocorre em nossos dias.
Uma versão atualizada deste tipo é o solitário que assenta na praça de alimentação, abre o notebook, netbook ou tablet, e inicia seu passeio virtual. Mas se está interagindo nas redes sociais da Internet, para que precisa sair de casa ? Para "sentir em seus ossos" que está perto dos outros. É uma necessidade visceral. Melhor seria se marcasse para encontrar com os "corpos físicos" dos colegas, e manter sua saúde psíquica.
Conclusão
Converse, e olhe seus interlocutores no olho, para se desenvolver totalmente, e observe se eles te olham no olho. Ouça até aquelas pessoas que, em seu julgamento, não lhe acrescentarão nada. Este é o lado científico do amor entre as pessoas.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Rituais na construção e manutenção da identidade
Durante o dia, oscilamos entre RITUAIS e estados verdadeiro de CONSCIÊNCIA.
Já falamos sobre cotidiano e sobrevivência em posts anteriores, mas agora é hora de ir mais a fundo nos RITUAIS. Primeiro vamos explicar os:
Automatismos
Automatismos são ações não ligadas ao metabolismo do chamado Sistema Vago, aqueles que funcionam por si só, sem nossa intervenção consciente. Eles apontam na direção da maturidade de tarefas aprendidas e dominadas. O objetivo é diminuir a quantidade de energia dispendida para se fazer determinada tarefa muito frequente em determinado momento da vida.
Um exemplo se refere a andar de bicicleta, outro seria o de dirigir um veículo e outro ainda seria o de fazer peças de artesanato de baixa complexidade.
A memória armazena os procedimentos e referências dos automatismos já consolidados em uma rede neural que abrange nervos musculares e neurônios dos centros motores do cérebro, complementado pela rede neural de conceitos e idéias associados aos movimentos que precisam ser executados. Este é um exemplo para automatismos dos membros da ossatura, além dos músculos envolvidos na atividade.
No caso das memórias não associadas ao movimento, algo se forma envolvendo a visão, a audição, a fala e até o olfato se for o caso, para dar ampla cobertura e formar a "impressão" da idéia em questão.
Automatismo obsessivo
Os automatismos, por serem repetitivos, podem fazer uma várias área do cérebro entrarem em "assembléia", e assim mantidos por um tempo relativamente longo, se tornarem obsessivos. O cérebro é uma máquina e, pior que isso, uma máquina química CAPAZ DE PRODUZIR "AUTO-DOPING".
Automatismo compulsivo
Quando o Automatismo Obsessivo estabelece o seu regime químico e um certo efeito é produzido sobre as áreas de prazer, ele se transforma em um Automatismo Compulsivo, e o indivíduo passa a pensar FREQUENTEMENTE em entrar em regime daquele Automatismo em particular. É o VÍCIO.
Vícios
Os vícios são automatismos assumidos pelo indivíduo como resultado da crença de que um Ritual prazeroso ou de ocupação trará algum prazer para ele. O que se nota, à medida em que o Vício toma conta da pessoa, é a diminuição cada vez maior do prazer. O vício NÃO TEM CARÁTER eminentemente RITUAL porque não possui associação com algo AFETIVO. Ele tem aspectos de dependência, fortes razões químicas, pois a abstinência da substância provoca dor e aflição. Um alcoólatra, um fumante, um viciado em crack ou cocaína possuem vícios. Já o indivíduo que sai de casa todo dia para comprar jornal, ou correr para manter uma lembrança viva de um hábito de algum familiar perdido está executando um RITUAL.
Manias
A mania é um "vício menor". Este "menor" indica que ele pode ser interrompido por intervenção externa. Por exemplo, a mania de roer unhas; quando somos chamados à atenção, paramos instintivamente.
Rituais
Em primeira instância, os Rituais são HÁBITOS COMPLEMENTARES de nossa saúde mental. A identidade é construída a partir de Rituais, somos reconhecidos TAMBÉM pelos rituais que executamos e construímos novos Rituais para crescermos. Outras pessoas construíram os Rituais em que estamos mergulhados hoje.
Mas qual é a raiz e o significado dos Rituais ?
A própria sucessão incansável dos parâmetros do tempo é um Ritual da natureza, infra-estrutura dos nossos Rituais. Nós já entramos na vida PARTICIPANDO de Rituais viscerais já estabelecidos pelo Criador (tecnicamente falando, pois não queremos vincular o assunto a nenhuma entidade para não ferir susceptibilidades).
Os Rituais da natureza, no que diz respeito ao tempo, nos orientam, em primeiro grau, em relação à nossa higiene e manutenção da saúde pessoal. Pelo andar do tempo em um dia, sabemos a hora das refeições que mantém a nossa saúde, de forma a cumprir outros rituais. A interrupção deste tipo, pelo ritmo da vida diária, que pretende manter o ser humano o tempo todo ocupado com obrigações ilusórias, leva à doença.
Efetuando portanto estes Rituais, de forma saudável, vem a primeira consequência, ou seja, a transferência, através da educação, para os futuros participantes de nossos rituais: NOSSOS FILHOS. Existe um forte caráter SOCIAL nos Rituais. Eles representam a manutenção de um mecanismo global, de forma que o tecido da Sociedade esteja bem costurado e não rasgue, ou seja, não se deteriore o modo de vida do grupo.
O mecanismo Ritual Social
Pais transferem os Rituais para seus filhos. Um indivíduo que não tem Rituais para observar, não aprende nada, não tem orientação, não tem direção. Isto porque a memória tanto mais se constrói e fortifica com a repetição. E a repetição só aparece se existir um procedimento efetuado frequentemente, um conjunto de ações, que podemos chamar de Ritual.
Vamos analisar o Ritual do Café da Manhã
O Café da Manhã foi concebido indelevelmente pela necessidade biológica, conjugada à praticidade (colocar uma só vez as louças e alimentos e retirá-las também de uma só vez) e aliada a um propósito de união da família. Um Ritual perfeito para se analisar.
Neste ritual, o mestre de cerimônias é a comida.
A preparação
A preparação de um Ritual já é um Ritual por si só, pois possui uma ordem, uma lógica e uma razão. A ordem é a metáfora da disciplina. O Ritual (com este sentido social, religioso) é concebido não para que se obtenha um produto, mas para que se cultive a paciência e se alcance a sabedoria. Os utensílios se destacam não pela sua beleza, mas pelo seu significado, pela posição em que ficam e pela sua forma.
Se você não está entendendo o significado da posição, pense, neste caso do café da manhã, na posição privilegiada da cabeceira, geralmente reservada ao chefe da família: o pai. Provavelmente a mãe se assenta na cabeceira oposta, o filho mais velho à direita do pai, etc. Tudo tem um significado no Ritual.
Os utensílios
Colheres, garfos e facas tem suas funções, e sua posição está associada à ordem e fatores humanos. Como a posição destra é a mais comum, a faca é colocada do lado direito do prato. O garfo é colocado do lado esquerdo. Mas existem vários garfos e várias facas. Os talheres de sobremesa fica mais internos, ou seja, mais próximos do prato inicial, POIS SERÃO OS ÚLTIMOS a serem utilizados.
Como as pessoas à mesa fazem parte da mesma família, as louças individuais devem ser do mesmo padrão, talvez com tamanhos diferentes para as crianças. Existe uma série de detalhes em torno de um simples Ritual.
A celebração
Todos se assentam, provavelmente juntos, para significar que esta é uma família unida, e o chefe da família deve ser o primeiro a se servir, mostrando aos outros quem manda. A mãe se serve em seguida, ou serve os filhos menores. O filho mais velho pode se servir em paralelo à mãe, ou, para demonstrar absoluto respeito, após sua progenitora.
Conclusão
Tudo em nossa vida tem significados sociais e neurológicos. Nossos costumes nos educam em meio a um contexto envolvendo tarefas que tem ordem e lógica. E é isto que vai moldando o nosso cérebro com o objetivo de termos paciência e saúde.
Já falamos sobre cotidiano e sobrevivência em posts anteriores, mas agora é hora de ir mais a fundo nos RITUAIS. Primeiro vamos explicar os:
Automatismos
Automatismos são ações não ligadas ao metabolismo do chamado Sistema Vago, aqueles que funcionam por si só, sem nossa intervenção consciente. Eles apontam na direção da maturidade de tarefas aprendidas e dominadas. O objetivo é diminuir a quantidade de energia dispendida para se fazer determinada tarefa muito frequente em determinado momento da vida.
Um exemplo se refere a andar de bicicleta, outro seria o de dirigir um veículo e outro ainda seria o de fazer peças de artesanato de baixa complexidade.
A memória armazena os procedimentos e referências dos automatismos já consolidados em uma rede neural que abrange nervos musculares e neurônios dos centros motores do cérebro, complementado pela rede neural de conceitos e idéias associados aos movimentos que precisam ser executados. Este é um exemplo para automatismos dos membros da ossatura, além dos músculos envolvidos na atividade.
No caso das memórias não associadas ao movimento, algo se forma envolvendo a visão, a audição, a fala e até o olfato se for o caso, para dar ampla cobertura e formar a "impressão" da idéia em questão.
Automatismo obsessivo
Os automatismos, por serem repetitivos, podem fazer uma várias área do cérebro entrarem em "assembléia", e assim mantidos por um tempo relativamente longo, se tornarem obsessivos. O cérebro é uma máquina e, pior que isso, uma máquina química CAPAZ DE PRODUZIR "AUTO-DOPING".
Automatismo compulsivo
Quando o Automatismo Obsessivo estabelece o seu regime químico e um certo efeito é produzido sobre as áreas de prazer, ele se transforma em um Automatismo Compulsivo, e o indivíduo passa a pensar FREQUENTEMENTE em entrar em regime daquele Automatismo em particular. É o VÍCIO.
Vícios
Os vícios são automatismos assumidos pelo indivíduo como resultado da crença de que um Ritual prazeroso ou de ocupação trará algum prazer para ele. O que se nota, à medida em que o Vício toma conta da pessoa, é a diminuição cada vez maior do prazer. O vício NÃO TEM CARÁTER eminentemente RITUAL porque não possui associação com algo AFETIVO. Ele tem aspectos de dependência, fortes razões químicas, pois a abstinência da substância provoca dor e aflição. Um alcoólatra, um fumante, um viciado em crack ou cocaína possuem vícios. Já o indivíduo que sai de casa todo dia para comprar jornal, ou correr para manter uma lembrança viva de um hábito de algum familiar perdido está executando um RITUAL.
Manias
A mania é um "vício menor". Este "menor" indica que ele pode ser interrompido por intervenção externa. Por exemplo, a mania de roer unhas; quando somos chamados à atenção, paramos instintivamente.
Rituais
Em primeira instância, os Rituais são HÁBITOS COMPLEMENTARES de nossa saúde mental. A identidade é construída a partir de Rituais, somos reconhecidos TAMBÉM pelos rituais que executamos e construímos novos Rituais para crescermos. Outras pessoas construíram os Rituais em que estamos mergulhados hoje.
Mas qual é a raiz e o significado dos Rituais ?
A própria sucessão incansável dos parâmetros do tempo é um Ritual da natureza, infra-estrutura dos nossos Rituais. Nós já entramos na vida PARTICIPANDO de Rituais viscerais já estabelecidos pelo Criador (tecnicamente falando, pois não queremos vincular o assunto a nenhuma entidade para não ferir susceptibilidades).
Os Rituais da natureza, no que diz respeito ao tempo, nos orientam, em primeiro grau, em relação à nossa higiene e manutenção da saúde pessoal. Pelo andar do tempo em um dia, sabemos a hora das refeições que mantém a nossa saúde, de forma a cumprir outros rituais. A interrupção deste tipo, pelo ritmo da vida diária, que pretende manter o ser humano o tempo todo ocupado com obrigações ilusórias, leva à doença.
Efetuando portanto estes Rituais, de forma saudável, vem a primeira consequência, ou seja, a transferência, através da educação, para os futuros participantes de nossos rituais: NOSSOS FILHOS. Existe um forte caráter SOCIAL nos Rituais. Eles representam a manutenção de um mecanismo global, de forma que o tecido da Sociedade esteja bem costurado e não rasgue, ou seja, não se deteriore o modo de vida do grupo.
O mecanismo Ritual Social
Pais transferem os Rituais para seus filhos. Um indivíduo que não tem Rituais para observar, não aprende nada, não tem orientação, não tem direção. Isto porque a memória tanto mais se constrói e fortifica com a repetição. E a repetição só aparece se existir um procedimento efetuado frequentemente, um conjunto de ações, que podemos chamar de Ritual.
Vamos analisar o Ritual do Café da Manhã
O Café da Manhã foi concebido indelevelmente pela necessidade biológica, conjugada à praticidade (colocar uma só vez as louças e alimentos e retirá-las também de uma só vez) e aliada a um propósito de união da família. Um Ritual perfeito para se analisar.
Neste ritual, o mestre de cerimônias é a comida.
A preparação
A preparação de um Ritual já é um Ritual por si só, pois possui uma ordem, uma lógica e uma razão. A ordem é a metáfora da disciplina. O Ritual (com este sentido social, religioso) é concebido não para que se obtenha um produto, mas para que se cultive a paciência e se alcance a sabedoria. Os utensílios se destacam não pela sua beleza, mas pelo seu significado, pela posição em que ficam e pela sua forma.
Se você não está entendendo o significado da posição, pense, neste caso do café da manhã, na posição privilegiada da cabeceira, geralmente reservada ao chefe da família: o pai. Provavelmente a mãe se assenta na cabeceira oposta, o filho mais velho à direita do pai, etc. Tudo tem um significado no Ritual.
Os utensílios
Colheres, garfos e facas tem suas funções, e sua posição está associada à ordem e fatores humanos. Como a posição destra é a mais comum, a faca é colocada do lado direito do prato. O garfo é colocado do lado esquerdo. Mas existem vários garfos e várias facas. Os talheres de sobremesa fica mais internos, ou seja, mais próximos do prato inicial, POIS SERÃO OS ÚLTIMOS a serem utilizados.
Como as pessoas à mesa fazem parte da mesma família, as louças individuais devem ser do mesmo padrão, talvez com tamanhos diferentes para as crianças. Existe uma série de detalhes em torno de um simples Ritual.
A celebração
Todos se assentam, provavelmente juntos, para significar que esta é uma família unida, e o chefe da família deve ser o primeiro a se servir, mostrando aos outros quem manda. A mãe se serve em seguida, ou serve os filhos menores. O filho mais velho pode se servir em paralelo à mãe, ou, para demonstrar absoluto respeito, após sua progenitora.
Conclusão
Tudo em nossa vida tem significados sociais e neurológicos. Nossos costumes nos educam em meio a um contexto envolvendo tarefas que tem ordem e lógica. E é isto que vai moldando o nosso cérebro com o objetivo de termos paciência e saúde.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
O alcoolismo e o cérebro na adolescência
Muito já se disse sobre os efeitos do álcool sobre o cérebro, o início do vício, a propensão de uns e outros para o alcoolismo e etc.
Porém, hoje, após anos de pesquisa e uma maior precisão dos estudos tanto químicos quanto estatísticos, existe uma direção:
É extremamente perigoso expor a pessoa às bebidas alcoólicas quando estas estão jovens.
A explicação está em um comportamento muito conhecido do cérebro: a capacidade de aprender. A juventude nos é dada para que estejamos suficientemente flexíveis para aprender. Então, ansioso e propenso à aprender, o cérebro, quando novo, se exposto à bebida, APRENDE DESDE CEDO A BEBER.
Vamos colocar a coisa em termos dramáticos, dizendo que é o cérebro, e não nós, que aprende a beber. Pois ele está, quando jovem, justamente aprendendo, e neste estado, se lhe é apresentada a bebida, com os componentes químicos que lhe dão relaxamento e bem estar, é claro que ele vai gostar.
Daí o perigo extremo de se oferecer bebida aos jovens. Daí a lei que proíbe a sua venda a menores. Substâncias que podem provocar vício só podem ser "experimentadas" por cérebros já formados. O mesmo acontece com os fumantes. Geralmente eles dão início à "aspiração de fumaça" bem novos.
A lógica
O cérebro precisa desta "vontade" e propensão a aprender, à experimentação, para se desenvolver. Ele aceita com mais facilidade, devido à sua maior plasticidade, o que lhe é mostrado na juventude. É uma questão de sobrevivência. E com as bebidas alcoólicas, ele cai em uma verdadeira armadilha, pois, como é a hora de aprender, ele interpreta que deve viver com aquilo, como vive de açúcar, oxigênio, etc.
Conclusão
Conscientize os jovens ao seu redor deste mecanismo biológico que pode traí-los.
Porém, hoje, após anos de pesquisa e uma maior precisão dos estudos tanto químicos quanto estatísticos, existe uma direção:
É extremamente perigoso expor a pessoa às bebidas alcoólicas quando estas estão jovens.
A explicação está em um comportamento muito conhecido do cérebro: a capacidade de aprender. A juventude nos é dada para que estejamos suficientemente flexíveis para aprender. Então, ansioso e propenso à aprender, o cérebro, quando novo, se exposto à bebida, APRENDE DESDE CEDO A BEBER.
Vamos colocar a coisa em termos dramáticos, dizendo que é o cérebro, e não nós, que aprende a beber. Pois ele está, quando jovem, justamente aprendendo, e neste estado, se lhe é apresentada a bebida, com os componentes químicos que lhe dão relaxamento e bem estar, é claro que ele vai gostar.
Daí o perigo extremo de se oferecer bebida aos jovens. Daí a lei que proíbe a sua venda a menores. Substâncias que podem provocar vício só podem ser "experimentadas" por cérebros já formados. O mesmo acontece com os fumantes. Geralmente eles dão início à "aspiração de fumaça" bem novos.
A lógica
O cérebro precisa desta "vontade" e propensão a aprender, à experimentação, para se desenvolver. Ele aceita com mais facilidade, devido à sua maior plasticidade, o que lhe é mostrado na juventude. É uma questão de sobrevivência. E com as bebidas alcoólicas, ele cai em uma verdadeira armadilha, pois, como é a hora de aprender, ele interpreta que deve viver com aquilo, como vive de açúcar, oxigênio, etc.
Conclusão
Conscientize os jovens ao seu redor deste mecanismo biológico que pode traí-los.
sábado, 7 de julho de 2012
Evoluindo do pensamento dual para Consciência
No post anterior abordamos o pensamento dual básico do ser humano.
Temos de prosseguir, utilizando este pensamento dual para compor as camadas mais evoluídas do Raciocínio, para sermos reconhecidos como humanos verdadeiros, e não animais de dupla decisão.
Os valores espirituais, éticos e morais
Se eu estou diante de determinada situação, como um bombeiro, e me vejo em perigo, o Raciocínio Dual me impele a FUGIR da situação. Então eu me abstraio deste modelo, egoísta em sua origem, e submeto a situação aos três escopos que fazem do homem este ser diferente:
Espiritual: Eu tenho uma alma, e outras dependem de mim.
Ético: Eu fiz um juramento como bombeiro, e nele estava o aspecto de salvar uma outra vida (aqui é uma vida, e não uma alma).
Moral: Tendo os meios, e sabendo que existe uma grande possibilidade de salvar meus companheiros que já estão no incêndio e pessoas, que me fizeram ter certeza que estão lá, precisando de ajuda, eu tenho que entrar e cumprir com o meu dever.
Desta forma, eu tenho que entrar no incêndio, e fazer o meu trabalho.
A consciência
A consciência ultrapassa os valores éticos e morais, pois mesmo eu não sendo bombeiro, eu me projeto para dentro do incêndio, e digo para o meu ser:
Isto, principalmente, nos distingue de seres guiados por leis, normas e regulamentos. A consciência, desenvolvida através de valores espirituais da civilização humana, mesmo que não tenhamos fé, pode ser despertada para seguir as idéias e conceitos mais enraizados na face espiritual do ser humano. Afinal, feitos à imagem e semelhança de Deus, guardamos esta face, mesmo que ela esteja lá nas profundezas do inconsciente adormecido.
Como um ser programado, já que nem nós mesmos sabemos com precisão o nosso propósito nesta vida, nem quem a inventou (falo como um ateu), obedecemos a uma programação bem básica, que nos colocou uma estranha sensação de SABERMOS QUE ESTAMOS VIVOS. À esta estranha e indescritível sensação damos o nome de CONSCIÊNCIA.
Conclusão
A evolução do pensamento Dual, temperado com os diversos fatores do contexto humano, leva ao pensamento CONSCIENTE.
Temos de prosseguir, utilizando este pensamento dual para compor as camadas mais evoluídas do Raciocínio, para sermos reconhecidos como humanos verdadeiros, e não animais de dupla decisão.
Os valores espirituais, éticos e morais
Se eu estou diante de determinada situação, como um bombeiro, e me vejo em perigo, o Raciocínio Dual me impele a FUGIR da situação. Então eu me abstraio deste modelo, egoísta em sua origem, e submeto a situação aos três escopos que fazem do homem este ser diferente:
Espiritual: Eu tenho uma alma, e outras dependem de mim.
Ético: Eu fiz um juramento como bombeiro, e nele estava o aspecto de salvar uma outra vida (aqui é uma vida, e não uma alma).
Moral: Tendo os meios, e sabendo que existe uma grande possibilidade de salvar meus companheiros que já estão no incêndio e pessoas, que me fizeram ter certeza que estão lá, precisando de ajuda, eu tenho que entrar e cumprir com o meu dever.
Desta forma, eu tenho que entrar no incêndio, e fazer o meu trabalho.
A consciência
A consciência ultrapassa os valores éticos e morais, pois mesmo eu não sendo bombeiro, eu me projeto para dentro do incêndio, e digo para o meu ser:
PODIA SER QUE FOSSE EU QUE ESTIVESSE PRECISANDO DE AJUDA
Isto, principalmente, nos distingue de seres guiados por leis, normas e regulamentos. A consciência, desenvolvida através de valores espirituais da civilização humana, mesmo que não tenhamos fé, pode ser despertada para seguir as idéias e conceitos mais enraizados na face espiritual do ser humano. Afinal, feitos à imagem e semelhança de Deus, guardamos esta face, mesmo que ela esteja lá nas profundezas do inconsciente adormecido.
Como um ser programado, já que nem nós mesmos sabemos com precisão o nosso propósito nesta vida, nem quem a inventou (falo como um ateu), obedecemos a uma programação bem básica, que nos colocou uma estranha sensação de SABERMOS QUE ESTAMOS VIVOS. À esta estranha e indescritível sensação damos o nome de CONSCIÊNCIA.
Conclusão
A evolução do pensamento Dual, temperado com os diversos fatores do contexto humano, leva ao pensamento CONSCIENTE.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Pensamento dual básico - Lógica binária
Em certas situações de nosso interesse, costumamos perguntar às pessoas o que acham ou acharam de determinada coisa: um carro, um filme, uma comida, etc. E recebemos uma resposta pobre, curta e infantil:
É bom. Eu gostei.
Esta resposta faz parte da lógica básica dual da raiz do cérebro (a amígdala):
Sim, certamente nossa percepção quando bebês, a respeito do mundo, era assim. Choro se está ruim e riso se está bom.
O amadurecimento
Quando amadurecemos, sabemos expressar idéias intermediárias, além de justificativas para as nossa impressões. É o crescimento relacional do cérebro, a construção de conceitos complexos, o ajuste fino de nossas idéias e a apreciação de detalhes.
A valorização de casos apenas
A nossa volta observamos, principalmente após a chegada do Youtube, o gosto pelos pequenos casos do dia-a-dia, principalmente acidentes. Este tipo de ideia é bem visual. Basta contar o que se viu e aquilo que nos impressionou. Não existe mais o gosto pela discussão de detalhes. Fala-se somente da parte que mais se destacou, no caso dos acidentes, principalmente se o veículo envolvido se espatifou todo, ou se algum "pedaço" de uma pessoa voou pelos ares.
A síntese
Isto demonstra como as operações mentais, hoje em dia, estão deslocadas para a síntese, e a mais crua e curta possível. Ninguém quer pensar. Quatro parágrafos já entediam o homem moderno. Estamos ficando carentes de análises, e podemos notar este fenômeno em atividades e serviços de que precisamos, onde quem nos atende só sabe cumprir as normas e tem preguiça de pensar, sempre dizendo:
Conclusão
Em termos de operações mentais, o ser humano está caminhando para um comportamento primitivo: o da dualidade.
É bom. Eu gostei.
Esta resposta faz parte da lógica básica dual da raiz do cérebro (a amígdala):
Bom ou ruim.
Sim, certamente nossa percepção quando bebês, a respeito do mundo, era assim. Choro se está ruim e riso se está bom.
O amadurecimento
Quando amadurecemos, sabemos expressar idéias intermediárias, além de justificativas para as nossa impressões. É o crescimento relacional do cérebro, a construção de conceitos complexos, o ajuste fino de nossas idéias e a apreciação de detalhes.
A valorização de casos apenas
A nossa volta observamos, principalmente após a chegada do Youtube, o gosto pelos pequenos casos do dia-a-dia, principalmente acidentes. Este tipo de ideia é bem visual. Basta contar o que se viu e aquilo que nos impressionou. Não existe mais o gosto pela discussão de detalhes. Fala-se somente da parte que mais se destacou, no caso dos acidentes, principalmente se o veículo envolvido se espatifou todo, ou se algum "pedaço" de uma pessoa voou pelos ares.
A síntese
Isto demonstra como as operações mentais, hoje em dia, estão deslocadas para a síntese, e a mais crua e curta possível. Ninguém quer pensar. Quatro parágrafos já entediam o homem moderno. Estamos ficando carentes de análises, e podemos notar este fenômeno em atividades e serviços de que precisamos, onde quem nos atende só sabe cumprir as normas e tem preguiça de pensar, sempre dizendo:
ISTO NÃO É POSSIVEL FAZER
Conclusão
Em termos de operações mentais, o ser humano está caminhando para um comportamento primitivo: o da dualidade.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O cérebro é um simulador
Antes de nos compreendermos, antes de tomar contato com a lógica, a filosofia, a razão das coisas, estamos como que imersos na vida como móveis atuantes mas inconscientes.
Depois que "caímos em nós mesmos", e só então, começamos a corre atrás das razões e dos significados. Se em sua vida você não se propõe a isto, mas sim apenas a viver, feche este blog, e continue trabalhando pelo churrasco de fim de semana, pelo passeio com os filhos ou com o cachorro, pois não vale a pena se ocupar do significado da vida, se não tem motivação para isto.
Interação
O universo é basicamente composto por interações. Para isto nossa alma foi colocada num corpo com todas as verdades geométricas e a sujeição às leis físicas, de modo a podermos medir distâncias, tocar as coisas e ir descobrindo DE QUE TAMANHO SOMOS E DE QUE TAMANHO É O UNIVERSO.
Medidas e Relações
Não existe pequeno ou grande, perto ou longe. Tudo vai obedecendo a medidas aceitáveis e padrões. O que acho grande o outro não acha tanto, mas quando identificamos este grande, ou o longe com uma entidade comum, as coisas se tornam mais uniformes entre os indivíduos. Portanto, as medidas não são absolutas, pois os indivíduos são diferentes. Cada um "monta" apoios ideológicos, como muletas geométricas em sua cabeça, para compreender o mundo e tentar também compreender O QUE OS OUTROS COMPREENDEM.
Nesta tentativa dinâmica, a linguística ajuda muito. Compreendemos o Universo por linguística, e esta nos provoca sensações de grande e pequeno e de longe e perto. Esta vertente linguística da Compreensão de significados é que fez o homem conceber máquinas de cálculo e de medida, e posteriormente o computador com linguagens cada vez mais evoluídas, que manipulam os circuitos eletrônicos em uma sofrível intenção de tentar reproduzir a própria mente. O homem construiu simuladores, para evitar experimentar a realidade em situações perigosas.
E o homem só partiu para construir simuladores, porque carrega um, o melhor, no topo do seu corpo.
O corpo como ferramenta para o simulador
Um indivíduo só cérebro não consegue medir o seu próprio corpo, e nem tampouco o Universo. No entender do cérebro como "patrão", nossos membros foram concebidos para levar este cérebro de um lugar a outro, para conhecer o mundo em que vive. Os sentidos possibilitam ao "simulador" compreender as expressões do mundo em que vive.
Emoções
Mas este simulador cerebral é diferente de todas as máquinas cuja simulação atende a objetivos bem específicos. Ele "agrupa" resultados de suas medidas, intensidade e duração de sensações naquilo a que nos acostumamos chamar de "emoções".
Esta emoções "deturpam" o resultado de medidas perfeitas pelo menos em relação ao indivíduo em particular. Mas como queremos afirmar a natureza COMPLETA do ser humano como simulador humano, usaremos "completam" ao invés de "deturpam".
As emoções regulam este simulador no sentido de formar PERSONALIDADE, para que TODOS não respondam igualmente a uma experiência ou situação ou cenário, e não tenhamos um bando de robôs, ao invés de termos várias almas com PERSONALIDADE, como deseja um Criador talentoso, que, como um pintor, faz de cada quadro uma obra prima.
Depois que "caímos em nós mesmos", e só então, começamos a corre atrás das razões e dos significados. Se em sua vida você não se propõe a isto, mas sim apenas a viver, feche este blog, e continue trabalhando pelo churrasco de fim de semana, pelo passeio com os filhos ou com o cachorro, pois não vale a pena se ocupar do significado da vida, se não tem motivação para isto.
Interação
O universo é basicamente composto por interações. Para isto nossa alma foi colocada num corpo com todas as verdades geométricas e a sujeição às leis físicas, de modo a podermos medir distâncias, tocar as coisas e ir descobrindo DE QUE TAMANHO SOMOS E DE QUE TAMANHO É O UNIVERSO.
Medidas e Relações
Não existe pequeno ou grande, perto ou longe. Tudo vai obedecendo a medidas aceitáveis e padrões. O que acho grande o outro não acha tanto, mas quando identificamos este grande, ou o longe com uma entidade comum, as coisas se tornam mais uniformes entre os indivíduos. Portanto, as medidas não são absolutas, pois os indivíduos são diferentes. Cada um "monta" apoios ideológicos, como muletas geométricas em sua cabeça, para compreender o mundo e tentar também compreender O QUE OS OUTROS COMPREENDEM.
Nesta tentativa dinâmica, a linguística ajuda muito. Compreendemos o Universo por linguística, e esta nos provoca sensações de grande e pequeno e de longe e perto. Esta vertente linguística da Compreensão de significados é que fez o homem conceber máquinas de cálculo e de medida, e posteriormente o computador com linguagens cada vez mais evoluídas, que manipulam os circuitos eletrônicos em uma sofrível intenção de tentar reproduzir a própria mente. O homem construiu simuladores, para evitar experimentar a realidade em situações perigosas.
E o homem só partiu para construir simuladores, porque carrega um, o melhor, no topo do seu corpo.
O corpo como ferramenta para o simulador
Um indivíduo só cérebro não consegue medir o seu próprio corpo, e nem tampouco o Universo. No entender do cérebro como "patrão", nossos membros foram concebidos para levar este cérebro de um lugar a outro, para conhecer o mundo em que vive. Os sentidos possibilitam ao "simulador" compreender as expressões do mundo em que vive.
Emoções
Mas este simulador cerebral é diferente de todas as máquinas cuja simulação atende a objetivos bem específicos. Ele "agrupa" resultados de suas medidas, intensidade e duração de sensações naquilo a que nos acostumamos chamar de "emoções".
Esta emoções "deturpam" o resultado de medidas perfeitas pelo menos em relação ao indivíduo em particular. Mas como queremos afirmar a natureza COMPLETA do ser humano como simulador humano, usaremos "completam" ao invés de "deturpam".
As emoções regulam este simulador no sentido de formar PERSONALIDADE, para que TODOS não respondam igualmente a uma experiência ou situação ou cenário, e não tenhamos um bando de robôs, ao invés de termos várias almas com PERSONALIDADE, como deseja um Criador talentoso, que, como um pintor, faz de cada quadro uma obra prima.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
O mau humor de fim de semana
Temos parentes e conhecidos que, no final de semana, apresentam um estranho mau humor. Durante a semana eles fazem o seu trabalho, mesmo os mais chatos e desgastantes, como operários, motoristas, policiais, etc. Segundo os colegas de trabalho, neste contexto eles são alegres, conversam, cumprimentam uns aos outros, trocam presentes, fazem as refeições juntos e tudo o mais. Mas no fim de semana, são truculentos com as famílias, vizinhos e irmãos. Isto tem explicação ?
A resposta é o cotidiano, a segurança de estar no trabalho.
Rituais
Nossa identidade é construída e fortalecida pelos rituais resultantes de nossas opções durante a vida. O ritual por excelência é o TRABALHO. É o de mais longa duração e o mais envolvente, a ponto de prejudicar um outro muito importante: a refeição.
Durante os cinco ou seis dias de labor, somos envolvidos pelo ritual do trabalho, onde existem regras coercitivas por vezes até agressivas, mas extremamente condicionantes. No fim de semana este ritual é interrompido. Daí vem a INSEGURANÇA que causa o mau humor em muitas pessoas.
Desativação mental
Por isto, a noite de sexta-feira é importantíssima para estabelecer o desligamento. O indivíduo trabalhador deve sair da empresa e repetir em sua cabeça:
"A semana acabou. Estou indo para casa. Desativar o eu trabalhador. Ligar o eu família".
Aqui não trato o indivíduo que não tem sua família em sua casa (mora sozinho).
Hobbies (atividades paralelas)
Atividades outras que não o trabalho facilitam muito o entendimento destes rituais e do desligamento do trabalho. O próprio hobbie é um ritual, daí o seu poder.
Rituais
Nossa identidade é construída e fortalecida pelos rituais resultantes de nossas opções durante a vida. O ritual por excelência é o TRABALHO. É o de mais longa duração e o mais envolvente, a ponto de prejudicar um outro muito importante: a refeição.
Durante os cinco ou seis dias de labor, somos envolvidos pelo ritual do trabalho, onde existem regras coercitivas por vezes até agressivas, mas extremamente condicionantes. No fim de semana este ritual é interrompido. Daí vem a INSEGURANÇA que causa o mau humor em muitas pessoas.
Desativação mental
Por isto, a noite de sexta-feira é importantíssima para estabelecer o desligamento. O indivíduo trabalhador deve sair da empresa e repetir em sua cabeça:
"A semana acabou. Estou indo para casa. Desativar o eu trabalhador. Ligar o eu família".
Aqui não trato o indivíduo que não tem sua família em sua casa (mora sozinho).
Hobbies (atividades paralelas)
Atividades outras que não o trabalho facilitam muito o entendimento destes rituais e do desligamento do trabalho. O próprio hobbie é um ritual, daí o seu poder.
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