Se você acordar um dia com seu sentido de tato diminuído, chegando até ao grau de formigamento, e não conseguir nem articular corretamente as palavras, e ficar desesperado por isto, talvez você esteja com um grave transtorno nervoso.
Mas isto tem que vir acompanhado de um histórico anterior. E que tipo de histórico é este ?
O histórico de uma pessoa que chega até este ponto, ou seja, de embaralhar a língua, pensando em falar uma coisa e de sua boca estar saindo uma confusão de sons pode ser chamado de SÍNDROME DO EX-COMBATENTE.
A Síndrome do ex-combatente
Esta síndrome é o resultado da exposição prolongada (até de anos) a uma situação de tensão velada ou declarada, porque uma situação do ambiente em que ela vive ou trabalha não é resolvida. O caso mais evidente é o dos soldados que estiveram no Vietnã sob ameaça constante dos vietnamitas, em meio ao ambiente hostil da floresta, para o qual não foram treinados.
O exemplo dos trabalhadores é o de um local de trabalho com um grupo que quer controlar a área, combate a autoridade do gerente querendo que se faça as suas vontades e hostilizando os demais. Esta situação vai provocando um temor constante de brigas diárias, que por vezes estouram. Mas o que torna isto mais grave é o gerente que, por ordens superiores, não pode dar um fim definitivo à situação, pois o modo do superior encarar o trabalho é eminentemente político, e não quer se indispor com ninguém, temendo também ações trabalhistas por parte dos empregados.
Esta é a situação da grande maioria das empresas de economia mista e das repartições governamentais.
Diagnóstico
Se neste indivíduo for feito o teste preliminar para isquemia, fazendo-o erguer os braços de olhos fechados, e medindo-lhe a pressão, vai dar tudo quase normal. Um exame de tomografia também não vai acusar nada. No entanto, este indivíduo poderá estar deprimido, talvez até apresentando crises de choro e uma tontura, de fundo absolutamente nervoso. Ele voltará a falar normalmente após lhe ser dado um calmante ou relaxante muscular, em aproximadamente uma hora.
Tratamento
Este indivíduo terá que ser encaminhado ao psiquiatra. Ele está em "curto circuito" cerebral.
Exploração dos mecanismos físicos (fisiologia) e evidenciais (linguagem)
para compreensão do funcionamento do Cérebro.
Blog da Rede Blogazine
Conteúdos com Pesquisa e Revisão
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Acesso às colunas neuronais na memória pela audição
"O aprender vem pelo ouvir".
Nossa audição é um dos maiores dispositivos para o aprendizado. A visão engana muito e muito se diz que o ser humano, entre os animais, é o que mais enxerga mal. A visão dos animais é muito mais desenvolvida, por dependerem quase que completamente dela para caçar, e, portanto, para sobreviver.
A audição interpreta, quanto à língua portuguesa, os 31 fonemas, combinando-os para acessar o local correto na memória, entre nossas colunas neuronais (ver No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia ). Veja a figura:
Aqui a palavra "gato", composta por dois fonemas (sílaba forte /'ga/ com /to/) produz um "indexador" no córtex auditivo para um local da memória situado próximo de pelo menos 3 colunas neuronais:
Coluna Neuronal de Animais, subcoluna de Felinos, subcoluna de Domésticos;
Coluna Neuronal de Tecnologia, pois "gato" tem um sentido metafórico no ramo da TV a cabo e da Energia Elétrica (pelo menos);
Coluna Neuronal de conceitos éticos, conceito de ilegalidade;
Ao se analisar o contexto em que se está utilizando a palavra "gato", o cérebro escolhe qual coluna acessar.
A indexação cerebral se assemelha a algo que utilizamos muito no dia a dia de estudantes: o dicionário. O contexto é a natureza do diálogo ou da leitura na qual estamos engajados no momento. Conceitualmente é muito simples.
Nossa audição é um dos maiores dispositivos para o aprendizado. A visão engana muito e muito se diz que o ser humano, entre os animais, é o que mais enxerga mal. A visão dos animais é muito mais desenvolvida, por dependerem quase que completamente dela para caçar, e, portanto, para sobreviver.
A audição interpreta, quanto à língua portuguesa, os 31 fonemas, combinando-os para acessar o local correto na memória, entre nossas colunas neuronais (ver No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia ). Veja a figura:
Aqui a palavra "gato", composta por dois fonemas (sílaba forte /'ga/ com /to/) produz um "indexador" no córtex auditivo para um local da memória situado próximo de pelo menos 3 colunas neuronais:
Coluna Neuronal de Animais, subcoluna de Felinos, subcoluna de Domésticos;
Coluna Neuronal de Tecnologia, pois "gato" tem um sentido metafórico no ramo da TV a cabo e da Energia Elétrica (pelo menos);
Coluna Neuronal de conceitos éticos, conceito de ilegalidade;
Ao se analisar o contexto em que se está utilizando a palavra "gato", o cérebro escolhe qual coluna acessar.
A indexação cerebral se assemelha a algo que utilizamos muito no dia a dia de estudantes: o dicionário. O contexto é a natureza do diálogo ou da leitura na qual estamos engajados no momento. Conceitualmente é muito simples.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Fonética e a codificação de nossa memória
Temos 2 sentidos de percepção possíveis para a captação de informações da linguagem:
Estes sons são junções de sons básicos: os fonemas.
A língua portuguesa, por exemplo, possui 31 fonemas (não confunda com letras). Se uma criança nasce no Brasil, assim como em qualquer outro lugar, seu cérebro está aberto a um enorme conjunto de fonemas. No entanto, à medida em que vai aprendendo a sua língua natal, na forma dos fonemas da língua, seu cérebro vai se "fechando" para outros fonemas, e o seu aparelho fonador (músculos da face) vai ficando cada vez mais adaptado, e com a idade vai ficando cada vez mais difícil pronunciar fonemas de outras línguas. Daí a necessidade de se introduzir as línguas estrangeiras enquanto a criança ainda é um "jovem adulto".
Fonemas são as unidade de codificação da língua
Os fonemas são mais importantes que a escrita. A escrita tenta apenas representá-los, para que a transmissão da gramática seja possível. Não é nem preciso dizer o que a escrita fez pelas línguas.
As frases e períodos são como as cadeias de gens em nosso código genético. Com 5 bases nitrogenadas o DNA de nossas células consegue expressar uma série de características e de codificar nossas proteínas. A língua é algo bem mais complexo e precisa, pelo menos na portuguesa, de 31 fonemas, "tijolos" de nossas palavras e, por consequência, de nossos textos.
Seguindo este raciocínio, vamos encontrar em nosso órgão de audição o sistema de entrada mais provável para ser a base da explicação da codificação de uma língua e da linguagem.
Como as notas musicais, os fonemas são as unidades para os "pequenos acordes" que identificam os vocábulos que fazem sentido para a nossa audição linguística.
A tradução dos grupos de fonemas
Primeiramente, para que os fonemas não sejam recebidos de forma caótica, existem as pequenas pausas entre os grupos de fonemas (palavras), expressas na escrita por:
Isto coaduna com a teoria musical, onde também são estabelecidas pausas.
Mas existem as variações de tempos destas pausas de acordo com o emissor do discurso, problema que não existe na escrita. Por isto o cérebro precisa fazer simulações muito rápidas. Teremos que dar um exemplo não muito fiel porque aqui estamos escrevendo:
Quando esta frase vem na forma de som, com estas pausas (espaços), o cérebro faz rápidas simulações de agrupamento sonoro, e verifica que não existe a palavra "patopu", nem "lou", nem "dentroda" e que "gua" deve ser água. Como também, em nossa língua, as palavras são, em sua maioria, dissílabos, o cérebro corta "patopu" de duas formas: "pato" e "topu". "Topu" não existe, mas "pato" sim. Como uma entidade foi identificada, após uma certa vivência da pessoa, ela sabe os ATRIBUTOS e AÇÕES peculiares ao pato e emite pedidos pelas suas redes neurais, que acabam decifrando o sentido da frase e as pausas corretas.
Devido ao número de conexões de nosso cérebro, na medida do amadurecimento do indivíduo, a decifração se dá de forma cada vez mais rápida.
Portanto, precisamos conhecer, cada vez mais, à medida em que evoluímos em idade, os ATRIBUTOS e AÇÕES que cada ENTIDADE da língua tem. Quanto maior o conhecimento, maior a quantidade de experimentações necessárias, porém maior a possibilidade de achar o sentido correto.
- Olhos;
- Ouvidos;
Estes sons são junções de sons básicos: os fonemas.
A língua portuguesa, por exemplo, possui 31 fonemas (não confunda com letras). Se uma criança nasce no Brasil, assim como em qualquer outro lugar, seu cérebro está aberto a um enorme conjunto de fonemas. No entanto, à medida em que vai aprendendo a sua língua natal, na forma dos fonemas da língua, seu cérebro vai se "fechando" para outros fonemas, e o seu aparelho fonador (músculos da face) vai ficando cada vez mais adaptado, e com a idade vai ficando cada vez mais difícil pronunciar fonemas de outras línguas. Daí a necessidade de se introduzir as línguas estrangeiras enquanto a criança ainda é um "jovem adulto".
Fonemas são as unidade de codificação da língua
Os fonemas são mais importantes que a escrita. A escrita tenta apenas representá-los, para que a transmissão da gramática seja possível. Não é nem preciso dizer o que a escrita fez pelas línguas.
As frases e períodos são como as cadeias de gens em nosso código genético. Com 5 bases nitrogenadas o DNA de nossas células consegue expressar uma série de características e de codificar nossas proteínas. A língua é algo bem mais complexo e precisa, pelo menos na portuguesa, de 31 fonemas, "tijolos" de nossas palavras e, por consequência, de nossos textos.
Seguindo este raciocínio, vamos encontrar em nosso órgão de audição o sistema de entrada mais provável para ser a base da explicação da codificação de uma língua e da linguagem.
Como as notas musicais, os fonemas são as unidades para os "pequenos acordes" que identificam os vocábulos que fazem sentido para a nossa audição linguística.
A tradução dos grupos de fonemas
Primeiramente, para que os fonemas não sejam recebidos de forma caótica, existem as pequenas pausas entre os grupos de fonemas (palavras), expressas na escrita por:
- Espaços;
- Vírgulas;
- Ponto e vírgulas;
- Ponto final;
- Exclamação;
- Interrogação;
- Mudança de parágrafo;
Isto coaduna com a teoria musical, onde também são estabelecidas pausas.
Mas existem as variações de tempos destas pausas de acordo com o emissor do discurso, problema que não existe na escrita. Por isto o cérebro precisa fazer simulações muito rápidas. Teremos que dar um exemplo não muito fiel porque aqui estamos escrevendo:
O patopu lou dentroda gua.
Quando esta frase vem na forma de som, com estas pausas (espaços), o cérebro faz rápidas simulações de agrupamento sonoro, e verifica que não existe a palavra "patopu", nem "lou", nem "dentroda" e que "gua" deve ser água. Como também, em nossa língua, as palavras são, em sua maioria, dissílabos, o cérebro corta "patopu" de duas formas: "pato" e "topu". "Topu" não existe, mas "pato" sim. Como uma entidade foi identificada, após uma certa vivência da pessoa, ela sabe os ATRIBUTOS e AÇÕES peculiares ao pato e emite pedidos pelas suas redes neurais, que acabam decifrando o sentido da frase e as pausas corretas.
Devido ao número de conexões de nosso cérebro, na medida do amadurecimento do indivíduo, a decifração se dá de forma cada vez mais rápida.
Portanto, precisamos conhecer, cada vez mais, à medida em que evoluímos em idade, os ATRIBUTOS e AÇÕES que cada ENTIDADE da língua tem. Quanto maior o conhecimento, maior a quantidade de experimentações necessárias, porém maior a possibilidade de achar o sentido correto.
Como se representa o tempo e suas implicações
É impossível representar o tempo qual ele é, pois é uma abstração.
No entanto, a mente que o concebeu (o cérebro de alguém sábio) acaba por representá-lo de alguma forma reveladora. Nos gráficos dos livros de Física, ele aparece no eixo horizontal, apontando para a direita.
Primeira evidência
Então, em nossa primeira evidência, o tempo é expresso no espaço (seu único apoio em nosso mundo geométrico) crescendo ou vindo da esquerda para a direita.
Segunda evidência
Nos esquemas de instruções de um caminho, as mesmas vem numeradas:
O tempo como uma medida
Vamos esquecer do relógio, e conceber a nossa solução para medição de tempo. Suponhamos um segmento de disco, um anel gigantesco, maior que o universo conhecido, onde anda uma formiga das dimensões normais em nosso planeta. A posição da formiga em relação ao ponto inicial (quando se começou a medir isto que chamamos de tempo) seria a hora Universal:
Portanto, para estes seres, neste Universo mostrado, o Tempo seria uma medida cuja base de cálculo seria uma Posição, ou seja, uma abordagem geométrica. O relógio obedece a este tipo de abordagem, no entanto é preciso computar o número de voltas. Aqui imaginamos que o anel em torno do universo é tão grande, que uma volta nunca será completada.
Conclusão
Sendo o tempo uma abstração, podemos abordar seu significado através de pelo menos três meios teóricos:
No entanto, a mente que o concebeu (o cérebro de alguém sábio) acaba por representá-lo de alguma forma reveladora. Nos gráficos dos livros de Física, ele aparece no eixo horizontal, apontando para a direita.
Primeira evidência
Então, em nossa primeira evidência, o tempo é expresso no espaço (seu único apoio em nosso mundo geométrico) crescendo ou vindo da esquerda para a direita.
Segunda evidência
Nos esquemas de instruções de um caminho, as mesmas vem numeradas:
Os números superam a disposição esquerda direita (nosso sentido da escrita). Por falta de espaço, tivemos que fazer um caminho circular, mas a ORDEM numérica superou qualquer engano. Aqui é a ORDEM que simula o sentido abstrato do TEMPO.
Fala-se muito de ESPAÇO/TEMPO, mas pode ir se acostumando com o trinômio ESPAÇO/ORDEM/TEMPO, muito mais completo filosoficamente.
O tempo como uma medida
Vamos esquecer do relógio, e conceber a nossa solução para medição de tempo. Suponhamos um segmento de disco, um anel gigantesco, maior que o universo conhecido, onde anda uma formiga das dimensões normais em nosso planeta. A posição da formiga em relação ao ponto inicial (quando se começou a medir isto que chamamos de tempo) seria a hora Universal:
Conclusão
Sendo o tempo uma abstração, podemos abordar seu significado através de pelo menos três meios teóricos:
- Direção e medida;
- Ordem;
- Posição geométrica;
sábado, 5 de novembro de 2011
As primeiras idéias da criança - Colunas Neuronais
Depois que nos tornamos adultos, afasta-mo-nos demasiado de nossas primeiras impressões para lembrarmos de como iniciamos o nosso trajeto pela estrada do raciocínio.
Neste post sobre o nascimento de nosso raciocínio, vamos apenas dar a lista de nossas primeiras idéias (colunas neuronais zero):
Precisamos lembrar que as prioridades de visão do mundo para a criança são:
Se quiser entender a lista acima, siga este blog.
Neste post sobre o nascimento de nosso raciocínio, vamos apenas dar a lista de nossas primeiras idéias (colunas neuronais zero):
- Proteção
- Luz
- Movimento
- O Corpo
- Comprimento
- Família
- Casa
- Cópia
- Direções
- Distância
- Recipiente
- Tamanhos
- Escola
- Números
- Quantidade
- Ordem
- Tempo
- Letras
- Comparação
- Idade
- Volume
- Temperatura
- Som
Precisamos lembrar que as prioridades de visão do mundo para a criança são:
- Sobrevivência;
- Afetividade;
- Razão;
Se quiser entender a lista acima, siga este blog.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Educando a criança - Conceitos de ordem e de tempo
Após longo tempo de meditação a respeito do TEMPO, regredimos o seu conceito para encontrar sua forma primitiva.
E por que fizemos isto ? O conceito de tempo é inatingível pois foi somente uma invenção do homem, baseada na contagem da idade de seus semelhantes, para que tivesse a noção da medida das mudanças, dando credibilidade ao registro de fatos que observava.
O que a criança primeiro entende é o conceito de ORDEM. Ela não pode entender o Tempo, pois não viveu o suficiente para observar mudanças. E como dissemos que o Tempo nasceu para que se tivesse uma "noção da medida das mudanças", a criança não tem o pré-requisito necessário para a compreensão. Ela precisa juntar várias observações ao longo de sua vida (escapamos de dizer "ao longo do tempo") para que nasça em seu raciocínio a base para esta compreensão.
A ordem
Desta podemos falar com clareza; esta podemos ensinar à uma criança. Mostre a ela uma FILA de pessoas, ou uma Fila de carrinhos, ou uma Fila de soldadinhos. Mostre a ela o PRIMEIRO da Fila e mostre o ÚLTIMO da Fila.
Em um outro encontro, mostre novamente o Primeiro e o Último, e em seguida aponte SEGUNDO, TERCEIRO, Quarto, etc.
Em uma outra conversa, se a criança tem irmãos, diga-lhe que o mais velho (diga o nome dele) nasceu primeiro, e assim por diante, até chegar na criança e depois no último irmão (o mais novo).
É fundamental utilizar elementos da família como exemplos, para atingir os centros afetivos da criança.
Caso a criança more em um prédio, mostre os andares pelo lado de fora, apontando o primeiro, o segundo, etc. Se o prédio possuir elevador, mostre os números nos botões. Se não tiver, na primeira oportunidade faça esta exposição.
Conceitos avançados
Em outra conversa, após o entendimento do anteriormente exposto, converse sobre a Ordem dos fatos que acontecem no dia a dia da criança. Primeiro ela acorda, depois toma banho, depois toma o café, depois escova os dentes, e assim por diante.
Todos os fatos apresentados à criança deverão fazer parte de seu cotidiano, e os mesmos devem, sempre que possível, estar no universo da família. Se ela disser algo como "igual o que acontece com ...", anote cuidadosamente aquilo ao que ela se referiu. Se a referência for em relação a um primo, a um colega, a um amigo, ao cachorro, use isto a que ela se referiu, pois certamente pertence ao seu UNIVERSO AFETIVO.
E por que fizemos isto ? O conceito de tempo é inatingível pois foi somente uma invenção do homem, baseada na contagem da idade de seus semelhantes, para que tivesse a noção da medida das mudanças, dando credibilidade ao registro de fatos que observava.
O tempo é puramente filosófico. O tempo é uma abstração [necessária].
O que a criança primeiro entende é o conceito de ORDEM. Ela não pode entender o Tempo, pois não viveu o suficiente para observar mudanças. E como dissemos que o Tempo nasceu para que se tivesse uma "noção da medida das mudanças", a criança não tem o pré-requisito necessário para a compreensão. Ela precisa juntar várias observações ao longo de sua vida (escapamos de dizer "ao longo do tempo") para que nasça em seu raciocínio a base para esta compreensão.
A ordem
Desta podemos falar com clareza; esta podemos ensinar à uma criança. Mostre a ela uma FILA de pessoas, ou uma Fila de carrinhos, ou uma Fila de soldadinhos. Mostre a ela o PRIMEIRO da Fila e mostre o ÚLTIMO da Fila.
Em um outro encontro, mostre novamente o Primeiro e o Último, e em seguida aponte SEGUNDO, TERCEIRO, Quarto, etc.
Em uma outra conversa, se a criança tem irmãos, diga-lhe que o mais velho (diga o nome dele) nasceu primeiro, e assim por diante, até chegar na criança e depois no último irmão (o mais novo).
É fundamental utilizar elementos da família como exemplos, para atingir os centros afetivos da criança.
Caso a criança more em um prédio, mostre os andares pelo lado de fora, apontando o primeiro, o segundo, etc. Se o prédio possuir elevador, mostre os números nos botões. Se não tiver, na primeira oportunidade faça esta exposição.
Conceitos avançados
Em outra conversa, após o entendimento do anteriormente exposto, converse sobre a Ordem dos fatos que acontecem no dia a dia da criança. Primeiro ela acorda, depois toma banho, depois toma o café, depois escova os dentes, e assim por diante.
Todos os fatos apresentados à criança deverão fazer parte de seu cotidiano, e os mesmos devem, sempre que possível, estar no universo da família. Se ela disser algo como "igual o que acontece com ...", anote cuidadosamente aquilo ao que ela se referiu. Se a referência for em relação a um primo, a um colega, a um amigo, ao cachorro, use isto a que ela se referiu, pois certamente pertence ao seu UNIVERSO AFETIVO.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Por que as pessoas não gostam de mudanças ?
A explicação está embasada fisiologicamente no item "Os neurônios se movimentam" do post "Como são armazenadas as informações na memória - II".
A cada nova informação, ou modificação das já armazenadas em nossa memória, novos neurônios migram para o córtex, para compor informações da nossa "Biblioteca". Se os nossos conceitos armazenados tiverem que sofrer mudanças muito grandes, as velhas informações serão "marcadas" como sendo ultrapassadas, e uma "chuva" de novos neurônios vai migrar para o córtex. Todo o artranjo neuronal daquela "região de conhecimento" terá que ser refeito.
Os movimentos necessários para rearranjar estes neurônios serão semelhantes a se arrumar novamente os livros de uma estante para ficarem de acordo com as novas convicções adquiridas. O trabalho do "bibliotecário" do cérebro será enorme. Por isto algumas pessoas que estavam seguindo um caminho em uma pesquisa ou empreitada, ao perceberem que estavam no caminho errado, desistem, pois praticamente terão que recomeçar o seu trabalho do início.
Indo mais além em nossa discussão
O que difere uma pessoa persistente desta que desiste frente ao esforço que vê necessário para abordar um problema sob uma perspectiva completamente nova não é força de vontade, e sim o prazer que vislumbra mais a frente de solucionar o problema. A força de vontade poderia estar relacionada ao coeficiente entre os movimentos neuronais e o gasto de glicose. Experiências anteriores podem ter deixado impresso na mente deste indivíduo a enorme sensação de esgotamento em um esforço para a resolução de um problema. E o organismo, para se defender de uma perda excessiva de glicose (pois sabe disto pela sua própria memória) força o cérebro a abandonar o esforço mental.
Recompensas sociais anteriores, no entanto, podem fazer o indivíduo forçar a sua natureza, mesmo contra a perda excessiva de glicose, pois a vaidade e o sucesso vão recompensar os seus centros cerebrais primitivos, com uma sensação semelhante à de derrotar um inimigo pela força física.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Por que o ser humano gosta de mapas e de videogames
O traçado dos mapas, o desenho de plantas de residências e os diagramas de máquinas provocam um fascínio nas pessoas, mesmo desde a infância.
Qual é o verdadeiro motivo de isto ser assim ?
Um mapa trata basicamente da distribuição Espacial de elementos. O nosso centro de novas memórias, o Hipocampo, também é um centro cerebral de orientação no espaço e localização geográfica. O aprendizado de coisas novas, que produzem um deslumbramento no ser humano, provoca a geração de novos neurônios no Hipocampo, berço da memória de curta duração. Como ele também é um centro de orientação geográfica, ambas as funções se confundem, e provocam a sensação agradável que experimentamos.
Portanto, contemplar informações que ajudam a nossa orientação no Espaço, dando uma "ilusão" de domínio amplo, nos dá prazer. Os mapas ainda nos projetam para um mundo que não vemos, dando a ilusão que dominamos estes mundos. Não podemos abraçá-los, mas podemos prevê-los.
Situação semelhante ocorre com os jogos que simulam veículos, aviões, navios, naves e congêneres. A tela do videogame nos arremessa para um mundo que não é real, mas se assemelha às projeções que fazemos do nosso mundo, e melhor, que dominamos com facilidade por intermédio do mouse, do joystick ou outro tipo de CONTROLE.
Qual é o verdadeiro motivo de isto ser assim ?
Um mapa trata basicamente da distribuição Espacial de elementos. O nosso centro de novas memórias, o Hipocampo, também é um centro cerebral de orientação no espaço e localização geográfica. O aprendizado de coisas novas, que produzem um deslumbramento no ser humano, provoca a geração de novos neurônios no Hipocampo, berço da memória de curta duração. Como ele também é um centro de orientação geográfica, ambas as funções se confundem, e provocam a sensação agradável que experimentamos.
Portanto, contemplar informações que ajudam a nossa orientação no Espaço, dando uma "ilusão" de domínio amplo, nos dá prazer. Os mapas ainda nos projetam para um mundo que não vemos, dando a ilusão que dominamos estes mundos. Não podemos abraçá-los, mas podemos prevê-los.
Situação semelhante ocorre com os jogos que simulam veículos, aviões, navios, naves e congêneres. A tela do videogame nos arremessa para um mundo que não é real, mas se assemelha às projeções que fazemos do nosso mundo, e melhor, que dominamos com facilidade por intermédio do mouse, do joystick ou outro tipo de CONTROLE.
Como é armazenada uma informação na memória - II
Continuando o post anterior Como é armazenada uma informação na memória - I, vamos explicar como a informação disposta em um espaço imaginário da mente (tanto que o representamos espacialmente nos diagramas do post anterior) se encaixa na estrutura de nossos conhecimentos anteriores.
Os neurônios se movimentam
Uma descoberta neurológica recente mostra que, durante o sono, os neurônios se movimentam dentro da massa cerebral. Veja o filme:
Acreditávamos que os "conteúdos" dos neurônio produzidos na memória de curta duração (hipoccampus) eram transmitidos por sinais elétricos para o córtex cerebral. No entanto, o corpo humano optou pelo esforço de migrar a célula inteira para o córtex, durante o sono.
Como os neurônios se organizam no córtex cerebral
Que os neurônios se movem para o córtex você já se convenceu. A filmagem não deixa dúvidas. Faz sentido. Com o auxílio das células gliais (que alimentam e dão suporte às células nervosas), o movimento é feito.
Mas quando o neurônio migra, ele vai para o córtex seguindo qualquer rota ? É claro que não. A colocação dos neurônios migrados no Córtex obedece aquilo que o ser humano observa há milênios naquilo em que estamos acostumados a chamar de BIBLIOTECA. Aqui reside o que chamamos no post anterior de quarta evidência.
Isto mesmo, durante séculos (não anos apenas) observamos as pessoas cedendo à compulsão da organização dos pergaminhos, rolos, livros, brochuras, revistas, LPs e CDs em ESTANTES, por assunto ou por tipo, conforme o intuito da organização.
Fomos conduzidos, fomos obrigados, algo dentro de nós ORDENOU que fosse feito assim, pois quem nos governa é o nosso CÉREBRO.
Antes de concluir, vejamos algo conhecido como:
Colunas Neuronais
Quem realmente possui uma estrutura colunar é o Neocórtex, as dendrites apicais das células piramidais têm orientação vertical assim como as que se ligam no córtex. Quando uma rede de idéias é excitada eletricamente no cérebro, é como se ele guardasse (ou marcasse) na memória de curta duração, o caminho que esta nova célula de memória deverá seguir.
Em outras palavras, o cérebro reserva na sua "ESTANTE" o lugar para o qual a nova célula deve ir. Uma outra figura para ilustrar este comportamento seria a de um balão que sobe. A nova memória seria um balão. Uma vez solto, e contendo gás, sua tendência é subir. O vento leva para o lugar correto em uma estante de balões.
A estante cerebral
Vamos supor que o novo conhecimento seja uma nova cor. O indivíduo faz o pedido em uma loja de tintas para que misturem o amarelo pêssego com um azul claro. De noite, quando for dormir, esta lembrança da mistura PODE vai, fisicamente como mostra o filme deste post, para o local da memória de longa duração que contém neurônios cujo assunto é cor.
Podem haver derivações neuronais num cenário hipotético. Vamos supor que o vendedor que atendeu o indivíduo seja um seu ex-colega de faculdade. Neste indivíduo, este novo neurônio vai estender uma de suas ligações para a "estante" das lembranças de seus colegas de faculdade, e quando se lembrar da cor pedida, também vai lembrar do colega que encontrou na loja. Desta forma, confirma-se a tese de que os cérebros são EXTREMAMENTE PESSOAIS. Não existe um cérebro igual ao outro, pois as histórias de vida são particulares de cada indivíduo.
Um exemplo de organização Neural Colunar está no post No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia.
Os neurônios se movimentam
Uma descoberta neurológica recente mostra que, durante o sono, os neurônios se movimentam dentro da massa cerebral. Veja o filme:
Acreditávamos que os "conteúdos" dos neurônio produzidos na memória de curta duração (hipoccampus) eram transmitidos por sinais elétricos para o córtex cerebral. No entanto, o corpo humano optou pelo esforço de migrar a célula inteira para o córtex, durante o sono.
Como os neurônios se organizam no córtex cerebral
Que os neurônios se movem para o córtex você já se convenceu. A filmagem não deixa dúvidas. Faz sentido. Com o auxílio das células gliais (que alimentam e dão suporte às células nervosas), o movimento é feito.
Mas quando o neurônio migra, ele vai para o córtex seguindo qualquer rota ? É claro que não. A colocação dos neurônios migrados no Córtex obedece aquilo que o ser humano observa há milênios naquilo em que estamos acostumados a chamar de BIBLIOTECA. Aqui reside o que chamamos no post anterior de quarta evidência.
Isto mesmo, durante séculos (não anos apenas) observamos as pessoas cedendo à compulsão da organização dos pergaminhos, rolos, livros, brochuras, revistas, LPs e CDs em ESTANTES, por assunto ou por tipo, conforme o intuito da organização.
Fomos conduzidos, fomos obrigados, algo dentro de nós ORDENOU que fosse feito assim, pois quem nos governa é o nosso CÉREBRO.
Antes de concluir, vejamos algo conhecido como:
Colunas Neuronais
Quem realmente possui uma estrutura colunar é o Neocórtex, as dendrites apicais das células piramidais têm orientação vertical assim como as que se ligam no córtex. Quando uma rede de idéias é excitada eletricamente no cérebro, é como se ele guardasse (ou marcasse) na memória de curta duração, o caminho que esta nova célula de memória deverá seguir.
Em outras palavras, o cérebro reserva na sua "ESTANTE" o lugar para o qual a nova célula deve ir. Uma outra figura para ilustrar este comportamento seria a de um balão que sobe. A nova memória seria um balão. Uma vez solto, e contendo gás, sua tendência é subir. O vento leva para o lugar correto em uma estante de balões.
A estante cerebral
Vamos supor que o novo conhecimento seja uma nova cor. O indivíduo faz o pedido em uma loja de tintas para que misturem o amarelo pêssego com um azul claro. De noite, quando for dormir, esta lembrança da mistura PODE vai, fisicamente como mostra o filme deste post, para o local da memória de longa duração que contém neurônios cujo assunto é cor.
Podem haver derivações neuronais num cenário hipotético. Vamos supor que o vendedor que atendeu o indivíduo seja um seu ex-colega de faculdade. Neste indivíduo, este novo neurônio vai estender uma de suas ligações para a "estante" das lembranças de seus colegas de faculdade, e quando se lembrar da cor pedida, também vai lembrar do colega que encontrou na loja. Desta forma, confirma-se a tese de que os cérebros são EXTREMAMENTE PESSOAIS. Não existe um cérebro igual ao outro, pois as histórias de vida são particulares de cada indivíduo.
Um exemplo de organização Neural Colunar está no post No cérebro as decisões são tomadas em Assembléia.
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sábado, 22 de outubro de 2011
Como é armazenada uma informação na memória - I
Tirando as frases que estamos cansados de ver em monografias, papers e livros sobre o Cérebro, vamos tratar este assunto com uma tese séria, instrumental e baseada na evidência linguística.
Natureza das palavras
Em um texto de Gestão do Conhecimento com o título "Palavras (Words) são Redes (Networks)" temos a primeira evidência para nossa discussão. Na Análise Sintática ensinada na escola, no ciclo fundamental, temos a segunda evidência. A terceira evidência é que "No cérebro as decisões são tomadas em assembléia". Leia o conteúdo destes três links antes de prosseguir neste texto.
E como quarta evidência, tenha em mente que tudo o que o homem faz no ambiente ele o faz reproduzindo algo que tem em seu corpo. Exemplos:
A quinta evidência é a própria Internet. O ser humano acabou colocando a sua informação em rede, em resposta à sua disposição neuronal cerebral, que também é uma rede.
A nossa forma de receber a informação (input)
Vamos descrever o mecanismo através da análise da recepção de uma frase contendo informações, pois o ser humano troca informações através da linguagem, forma de emissão regida pelo uso de palavras de forma lógica (padronizada e previsível, de acordo com a gramática da língua praticada).
Para descrição da armazenagem da informação, examinaremos uma frase de informação, e verificar como ela é preparada e complementada para ser armazenada no lugar certo de nosso córtex cerebral.
Seja a frase:
"No último domingo, fomos ao parque andar de bicicleta. Eu, minha mulher e meu filho aproveitamos o sol do fim da tarde, pois estava muito quente."
Utilizando a segunda evidência (Análise Sintática), encontraremos as idéias da frase, para compor aquilo que a primeira evidência pede (a rede). Utilizaremos para isto o diagrama:
Esta é a rede que expressa a idéia da frase. A idéia central PREVISTA, de acordo com as observações já feitas há muitos anos, é aquela que possui VALOR AFETIVO mais alto. O cérebro é uma máquina diferente das outras, pois as idéias com carga AFETIVA são as fixadas de forma mais sólida. O mesmo ocorre com os TRAUMAS e EMOÇÕES.
Por esta razão, o filho e a esposa ficaram no primeiro nível. As outras idéias ficam, a princípio, misturadas no segundo nível.
A nossa forma de interpretar a informação (data processing)
A rede seria simples como apresentado caso o fosse para um cérebro quase virgem. Acontece que mesmo o cérebro de uma criança com 5 anos já tem uma biblioteca de conhecimentos adquiridos. Veja o diagrama a seguir:
O sol remete às idéias de Luz e de Calor que vão acompanhar o indivíduo para o resto da vida. E as idéias de parentesco ajudam a pessoa a identificar os laços que existem entre as pessoas de uma mesma família, acompanhando também o indivíduo para o resto de sua vida.
O próximo passo da organização desta rede na memória será discutido na PARTE II, pois este já está extenso o suficiente para a filosofia de Blog.
Natureza das palavras
Em um texto de Gestão do Conhecimento com o título "Palavras (Words) são Redes (Networks)" temos a primeira evidência para nossa discussão. Na Análise Sintática ensinada na escola, no ciclo fundamental, temos a segunda evidência. A terceira evidência é que "No cérebro as decisões são tomadas em assembléia". Leia o conteúdo destes três links antes de prosseguir neste texto.
E como quarta evidência, tenha em mente que tudo o que o homem faz no ambiente ele o faz reproduzindo algo que tem em seu corpo. Exemplos:
- A forma de exibição da imagem através dos pontos de luz nas TVs é semelhante à disposição de elementos na retina humana;
- Os braços mecânicos dos tratores tiram a sua força de mecanismos semelhantes aos tendões puxados pelos músculos humanos;
- O próprio tensionamento e relaxamento dos músculos se assemelha aos mecanismos de rosca sem fim e cremalheira dos equipamentos mecânicos;
- O conjunto de ossos do aparelho auditivo, em conjunto com o tímpano, se assemelha ao mecanismo dos alto-falantes dos aparelhos de som;
- A disposição dos livros nas estantes das bibliotecas e das casas se assemelha à disposição dos neurônios que guardam informações semelhantes nas "COLUNA NEURONAIS" em nosso córtex cerebral. Esta é a nova e surpreendente característica descoberta pelos neurofisiologistas;
A quinta evidência é a própria Internet. O ser humano acabou colocando a sua informação em rede, em resposta à sua disposição neuronal cerebral, que também é uma rede.
A nossa forma de receber a informação (input)
Vamos descrever o mecanismo através da análise da recepção de uma frase contendo informações, pois o ser humano troca informações através da linguagem, forma de emissão regida pelo uso de palavras de forma lógica (padronizada e previsível, de acordo com a gramática da língua praticada).
Para descrição da armazenagem da informação, examinaremos uma frase de informação, e verificar como ela é preparada e complementada para ser armazenada no lugar certo de nosso córtex cerebral.
Seja a frase:
"No último domingo, fomos ao parque andar de bicicleta. Eu, minha mulher e meu filho aproveitamos o sol do fim da tarde, pois estava muito quente."
Utilizando a segunda evidência (Análise Sintática), encontraremos as idéias da frase, para compor aquilo que a primeira evidência pede (a rede). Utilizaremos para isto o diagrama:
Esta é a rede que expressa a idéia da frase. A idéia central PREVISTA, de acordo com as observações já feitas há muitos anos, é aquela que possui VALOR AFETIVO mais alto. O cérebro é uma máquina diferente das outras, pois as idéias com carga AFETIVA são as fixadas de forma mais sólida. O mesmo ocorre com os TRAUMAS e EMOÇÕES.
Por esta razão, o filho e a esposa ficaram no primeiro nível. As outras idéias ficam, a princípio, misturadas no segundo nível.
A nossa forma de interpretar a informação (data processing)
A rede seria simples como apresentado caso o fosse para um cérebro quase virgem. Acontece que mesmo o cérebro de uma criança com 5 anos já tem uma biblioteca de conhecimentos adquiridos. Veja o diagrama a seguir:
O sol remete às idéias de Luz e de Calor que vão acompanhar o indivíduo para o resto da vida. E as idéias de parentesco ajudam a pessoa a identificar os laços que existem entre as pessoas de uma mesma família, acompanhando também o indivíduo para o resto de sua vida.
O próximo passo da organização desta rede na memória será discutido na PARTE II, pois este já está extenso o suficiente para a filosofia de Blog.
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
No cérebro as decisões são tomadas em assembléia
O córtex cerebral humano apresenta uma disposição vertical em colunas.
As colunas
As fileiras de neurônio dispostos verticalmente formam, a princípio, colunas muito finas (microcolunas). Estando no emaranhado de neurônios em rede, estas se comunicam com as vizinhas, formando colunas mais densas, a que nos referiremos como realmente colunas neste texto. São como um feixe de nervos, com derivações laterais também.
As assembléias
Quando o cérebro recebe estímulos nervosos, é a partir destas colunas que são formadas as Assembléias Neuronais .
A lógica deste comportamento está no próprio impulso social do ser humano, forçado pela sua natureza cerebral, de formar associações, instituições, empresas, grupos, equipes, ou seja, se associar a outros indivíduos para formar um "feixe", ou assembléia, ou conselho, ou grupo de planejamento e decisão.
Diferentes impressões
Vamos dar um exemplo desta formação da Assembléia Neuronal. Um indivíduo aprecia, em uma galeria, um quadro que mostra um João de Barro (pássaro) construindo seu ninho em um galho de árvore.
Em tese, a coluna neuronal que possui os conceitos de ave voadora, se comunica com a coluna de nomes de pássaros, que se comunica com a coluna de idéia do barro. A coluna de poste também entra no jogo. Estas colunas trocam impulsos pela liberação de neurotransmissores, e os impulsos são mais intensos à medida em que o indivíduo escaneia a pintura com os olhos.
Se houver lembranças de um ambiente em que o indivíduo presenciou um pássaro desta espécie, como por exemplo a fazenda do avô, a coluna de conceitos de parentes, juntamente com a coluna dos nomes do avô e de tios, primos, amigos e irmãos presentes na ocasião, será envolvida no processo.
Todos estes neurônios, junto com as colunas neuronais do cortex visual que está controlando o primeiro plano deste evento vão formar uma Assembléia para este momento.
Em tese, esta é a formação de uma Assembléia Neuronal.
Vista superior das colunas no córtex cerebral hipotético:
Pelo princípio da economia de energia gasta, e pela propriedade da plasticidade cerebral, a disposição das colunas neuronais de nosso cenário deve ser:
As relações de parentesco (1.1) devem estar próximas dos nomes correspondentes dos parentes (1.2). A Fazenda do Avô (5), junto com Nadar e Andara a Cavalo (6). Os Pássaros (2.1) próximo de seus atributos (2.2). E a árvore e derivados (3) com o ato de construir o ninho para a fêmea ter o filhote (4).
Plasticidade cerebral
Como as experiências paralelas em relação aos substantivos comuns e tipos são particulares para cada pessoa (o João de Barro pode lembrar um poste em frente de uma casa [não uma fazenda] de uma tia [e não do avô]) cada cérebro também é único.
Estas colunas podem se deslocar, à medida em que a pessoa amadurece, e substitui colunas indevidas (por um entendimento errado) por colunas apropriadas (pelo entendimento mais maduro) à medida em que recebe e entende informações mais precisas sobre o contexto em que vive.
Conclusão
A disposição espacial das colunas neuronais é otimizada para formar Assembléias de colunas as mais próximas possíveis para raciocínios recorrentes. Idéias completamente novas "desagradam" o cérebro, pois obrigam a formação de Assembléias com membros distantes. A aproximação de colunas para essas idéias novas, ou novas abordagens vão provocando a aceitação gradual destas novas idéias ou abordagens.
_________________________________________________________
Learning Memory: The Brain in Action (Sprengler, Marilee - ASCD - 1999)
As colunas
As fileiras de neurônio dispostos verticalmente formam, a princípio, colunas muito finas (microcolunas). Estando no emaranhado de neurônios em rede, estas se comunicam com as vizinhas, formando colunas mais densas, a que nos referiremos como realmente colunas neste texto. São como um feixe de nervos, com derivações laterais também.
As assembléias
Quando o cérebro recebe estímulos nervosos, é a partir destas colunas que são formadas as Assembléias Neuronais .
As colunas neuronais são a primeira referência de rede para conexão de idéias afins (Teoria de Hebb, Hebbian Engrams) |
Diferentes impressões
Vamos dar um exemplo desta formação da Assembléia Neuronal. Um indivíduo aprecia, em uma galeria, um quadro que mostra um João de Barro (pássaro) construindo seu ninho em um galho de árvore.
Em tese, a coluna neuronal que possui os conceitos de ave voadora, se comunica com a coluna de nomes de pássaros, que se comunica com a coluna de idéia do barro. A coluna de poste também entra no jogo. Estas colunas trocam impulsos pela liberação de neurotransmissores, e os impulsos são mais intensos à medida em que o indivíduo escaneia a pintura com os olhos.
Se houver lembranças de um ambiente em que o indivíduo presenciou um pássaro desta espécie, como por exemplo a fazenda do avô, a coluna de conceitos de parentes, juntamente com a coluna dos nomes do avô e de tios, primos, amigos e irmãos presentes na ocasião, será envolvida no processo.
Todos estes neurônios, junto com as colunas neuronais do cortex visual que está controlando o primeiro plano deste evento vão formar uma Assembléia para este momento.
Em tese, esta é a formação de uma Assembléia Neuronal.
Vista superior das colunas no córtex cerebral hipotético:
Pelo princípio da economia de energia gasta, e pela propriedade da plasticidade cerebral, a disposição das colunas neuronais de nosso cenário deve ser:
As relações de parentesco (1.1) devem estar próximas dos nomes correspondentes dos parentes (1.2). A Fazenda do Avô (5), junto com Nadar e Andara a Cavalo (6). Os Pássaros (2.1) próximo de seus atributos (2.2). E a árvore e derivados (3) com o ato de construir o ninho para a fêmea ter o filhote (4).
Plasticidade cerebral
Como as experiências paralelas em relação aos substantivos comuns e tipos são particulares para cada pessoa (o João de Barro pode lembrar um poste em frente de uma casa [não uma fazenda] de uma tia [e não do avô]) cada cérebro também é único.
Estas colunas podem se deslocar, à medida em que a pessoa amadurece, e substitui colunas indevidas (por um entendimento errado) por colunas apropriadas (pelo entendimento mais maduro) à medida em que recebe e entende informações mais precisas sobre o contexto em que vive.
Conclusão
A disposição espacial das colunas neuronais é otimizada para formar Assembléias de colunas as mais próximas possíveis para raciocínios recorrentes. Idéias completamente novas "desagradam" o cérebro, pois obrigam a formação de Assembléias com membros distantes. A aproximação de colunas para essas idéias novas, ou novas abordagens vão provocando a aceitação gradual destas novas idéias ou abordagens.
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Learning Memory: The Brain in Action (Sprengler, Marilee - ASCD - 1999)
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Educação, respostas rápidas e dar o contra
Muitas vezes você, ao cumprimentar alguém, você diz:
"Olá, tudo bem"
e o outro responde bem rápido:
"Tudo bem, e você"
Isto é uma programação da educação recebida.
Conceitos em termos de sistema Linguístico
Educação
Conjunto de expressões automáticas para convívio social:
Respostas rápidas
A maior parte das pessoas, deixam escorregar pela boca, principalmente na TV:
E estas expressões tornam-se hábitos cansativos para quem ouve.
O contra
Muitas pessoas iniciam frases como abaixo, no entanto, ao final, o que dizem é exatamente aquilo que foi exposto.
Para que serve a educação
A educação serve para dar respostas relativamente rápidas para o convívio social harmônico. Mas de forma paralela, deve-se explicar ao jovem a finalidade, a importância e o objetivo de cada comportamento e o significado daquilo que se vai dizer para evitar conflitos. Ocorre, no entanto, uma ASSIMILAÇÂO ROBÓTICA tanto das expressões quanto dos hábitos, e o indivíduo passa a agir inconscientemente e sem o acompanhamento da parte afetiva.
A educação como condicionamento apenas é como passar um verniz sobre a ferrugem. Dizemos verniz porque uma educação assim deficiente (condicionamento, imitação sem razão) deixa aparecer a ferrugem por baixo. A educação precisa raspar primeiro a ferrugem, passar protetor (zarcão), e depois tinta.
É como se você desse o lugar no ônibus, para uma pessoa de idade sem sequer olhar para a pessoa, frio, e esta achar que você o fez não por Educação, mas por OBRIGAÇÃO, o que é quase um tapa na cara.
Como condicionamento do cérebro e do sistema motor, tudo passa a ser muito rápido, e sem um aproveitamento. Ao dar o lugar à pessoa de idade, você pode fazer comentários, como: "a senhora veio de muito longe ?", "Quer que eu dê o sinal do ônibus quando estiver perto de sua casa ?"
A pessoa do contra
Quem é do contra deseja ardentemente ter uma opinião, mas não tem os elementos necessários, a informação, a articulação de discurso, e tem problemas de autoestima e afetividade. Esta pessoa quer ter destaque sem ter preparo.
Observa-se, desde os anos noventa, o interesse da maioria (o mundo cresce em quantidade e diminui em qualidade) mais pelo lazer do que pela cultura. As pessoas estão interessadas no que o artista, o vizinho, o outro, que é igual a ela, no fundo, faz. Então proliferam os famigerados, cansativos, inúteis "Reality Shows". É a popularização do homem comum. Isto provocou o embotamento geral do raciocínio, da busca pela informação para aumentar a capacidade de crítica (no bom sentido). É mais fácil ficar esparramado num sofá assistindo a estas baboseira, enquanto se consome os produtos alimentícios doces e gordurosos.
Oposição a todo custo
A operação de raciocínio de quem é do contra é somente a OPOSIÇÃO. Fica então claro o propósito. A oposição é o comportamento de quem está reagindo, pois se tivesse tomado a iniciativa estaria agindo. Isto falamos no caso da simples Oposição, que depois se vê desaparecer, um dia ou logo depois, da boca de quem a proferiu.
O do contra contumaz que ser notado, sente necessidade de ser estrela, de ser notado. Se concordar com os outros, não vai aparecer. Outra possibilidade de origem do raciocínio desta pessoa é o constante querer QUE AS COISAS SEJAM DO SEU JEITO. Isto corresponde ao comportamento das crianças que foram mimadas, e pode evoluir para ações mais radicais e perigosas. Quando este tipo de pessoa não verbaliza, e passa para os atos de oposição concretos, pode se tornar um perigo para os que estão à sua volta.
Conclusão
Em termos afetivos e de convívio social, não podemos tomar atitudes automáticas, como se máquinas sem personalidade, ou para autoafirmação a qualquer custo, pois nos tornamos antipáticos e ineficientes emocionalmente.
"Olá, tudo bem"
e o outro responde bem rápido:
"Tudo bem, e você"
Isto é uma programação da educação recebida.
Conceitos em termos de sistema Linguístico
Educação
Conjunto de expressões automáticas para convívio social:
- Bom dia, boa tarde, boa noite;
- Como vai, e a família;
- Tudo bem, tudo tranquilo, tudo na paz, tudo beleza;
- Eu vou bem e você ?
- Vou bem, obrigado.
Respostas rápidas
A maior parte das pessoas, deixam escorregar pela boca, principalmente na TV:
- É mesmo ?
- Será ?
- Com certeza.
- Tá brincando.
- É bom demais.
E estas expressões tornam-se hábitos cansativos para quem ouve.
O contra
Muitas pessoas iniciam frases como abaixo, no entanto, ao final, o que dizem é exatamente aquilo que foi exposto.
- Não é assim.
- Acho que não.
- Não é assim que funciona.
- Se fosse fácil assim.
- Eu não concordo.
Para que serve a educação
A educação serve para dar respostas relativamente rápidas para o convívio social harmônico. Mas de forma paralela, deve-se explicar ao jovem a finalidade, a importância e o objetivo de cada comportamento e o significado daquilo que se vai dizer para evitar conflitos. Ocorre, no entanto, uma ASSIMILAÇÂO ROBÓTICA tanto das expressões quanto dos hábitos, e o indivíduo passa a agir inconscientemente e sem o acompanhamento da parte afetiva.
A educação como condicionamento apenas é como passar um verniz sobre a ferrugem. Dizemos verniz porque uma educação assim deficiente (condicionamento, imitação sem razão) deixa aparecer a ferrugem por baixo. A educação precisa raspar primeiro a ferrugem, passar protetor (zarcão), e depois tinta.
É como se você desse o lugar no ônibus, para uma pessoa de idade sem sequer olhar para a pessoa, frio, e esta achar que você o fez não por Educação, mas por OBRIGAÇÃO, o que é quase um tapa na cara.
Como condicionamento do cérebro e do sistema motor, tudo passa a ser muito rápido, e sem um aproveitamento. Ao dar o lugar à pessoa de idade, você pode fazer comentários, como: "a senhora veio de muito longe ?", "Quer que eu dê o sinal do ônibus quando estiver perto de sua casa ?"
A pessoa do contra
Quem é do contra deseja ardentemente ter uma opinião, mas não tem os elementos necessários, a informação, a articulação de discurso, e tem problemas de autoestima e afetividade. Esta pessoa quer ter destaque sem ter preparo.
Observa-se, desde os anos noventa, o interesse da maioria (o mundo cresce em quantidade e diminui em qualidade) mais pelo lazer do que pela cultura. As pessoas estão interessadas no que o artista, o vizinho, o outro, que é igual a ela, no fundo, faz. Então proliferam os famigerados, cansativos, inúteis "Reality Shows". É a popularização do homem comum. Isto provocou o embotamento geral do raciocínio, da busca pela informação para aumentar a capacidade de crítica (no bom sentido). É mais fácil ficar esparramado num sofá assistindo a estas baboseira, enquanto se consome os produtos alimentícios doces e gordurosos.
Oposição a todo custo
A operação de raciocínio de quem é do contra é somente a OPOSIÇÃO. Fica então claro o propósito. A oposição é o comportamento de quem está reagindo, pois se tivesse tomado a iniciativa estaria agindo. Isto falamos no caso da simples Oposição, que depois se vê desaparecer, um dia ou logo depois, da boca de quem a proferiu.
O do contra contumaz que ser notado, sente necessidade de ser estrela, de ser notado. Se concordar com os outros, não vai aparecer. Outra possibilidade de origem do raciocínio desta pessoa é o constante querer QUE AS COISAS SEJAM DO SEU JEITO. Isto corresponde ao comportamento das crianças que foram mimadas, e pode evoluir para ações mais radicais e perigosas. Quando este tipo de pessoa não verbaliza, e passa para os atos de oposição concretos, pode se tornar um perigo para os que estão à sua volta.
Conclusão
Em termos afetivos e de convívio social, não podemos tomar atitudes automáticas, como se máquinas sem personalidade, ou para autoafirmação a qualquer custo, pois nos tornamos antipáticos e ineficientes emocionalmente.
sábado, 10 de setembro de 2011
Comparação entre o Cérebro e o Computador
Vamos já adiantar a conclusão sobre este assunto.
A principal diferença entre nosso cérebro e o computador é que nossas células de memória equivalem, cada uma, a um processador do computador.
O que é o processador do Computador
Um processador de computador (CPU - Central Processing Unit) é uma unidade responsável pelos cálculos, pelo gerenciamento da memória e pela leitura de dispositivos de armazenagem como discos rígidos (HD ou winchester), pendrives, CDs e DVDs. Vamos falar em linhas gerais para facilitar a compreensão.
Em outras palavras, esta CPU é responsável pelos cálculos e pela leitura de "posições de armazenagem", onde quer que esta "posição" esteja. Então, explicando melhor, as funções da CPU seriam:
Os cálculos
O computador faz os cálculos de acordo com as mesmas regras de prioridade de operações que utilizamos, pois foi um homem que o programou para isto. O mecanismo é que é diferente, pois nele é feita uma série de desempilhamentos e empilhamentos de fatores, sempre dois a dois.
Já o cérebro do homem é capaz de escolher, respeitando as prioridades, por onde vai começar as operações, E ISTO É PARTICULAR DE CADA CÉREBRO, pois ele é também um "ABRIGO DE PERSONALIDADE". Vamos dar um exemplo desta escolha:
2 x 3 + 9 x 1000 - 3 x ( 4 x 5 - 8 x 2)
O computador, por obedecer a regras, começa SEMPRE o cálculo da esquerda para a direita. Já o cérebro de um homem pode escolher fazer logo a operação de 9 x 1000, pelo fato da multiplicação pelos múltiplos de 10 ser muito fácil. Isto uma CPU "fria" de computador só fará se for abarrotada de "regras que simulam" uma personalidade humana. Devido à velocidade da máquina que contém a CPU, os programadores não fazem isto, além do que o importante é o resultado, e não como o cálculo é feito.
Portanto, nós, humanos, escolhemos os melhores caminhos para começar e prosseguir. O computador só obedece às regras de seus programas. O cérebro pode escolher vários caminhos. Isto se reflete nos atos das pessoas. Diante de uma situação, cada um reage de uma forma, e a escolha depende das experiências e da personalidade de cada um.
A fusão de posição de memória e processador
Cada "posição" de memória de um computador é uma "cela fria" com uma pessoa (valor) dentro. Já uma memória humana (neurônio) é uma unidade com uma "impressão" que se junta a outras armazenando um cenário de impressões, e cada uma entendendo o que tem guardado, e, ainda por cima, interagindo com as outras.
Dissemos impressão, porque um neurônio não guarda exatamente a coisa, mas impressões, pois substâncias químicas não podem reproduzir com exatidão objetos e idéias (tanto mais idéias) do mundo real. O cérebro é um SIMULADOR da realidade, e não um arquivo digital do real. Tanto que nos testemunhos as pessoas não reproduzem exatamente o que aconteceu, mas tão somente a IMPRESSÃO que tiveram e que ficou guardada, sofrendo a ação de tantas outras impressões que ela tem sobre coisas relacionadas ao que foi perguntado.
Assembléias de memória
Tendo por princípio a impressão, um neurônio precisa de outros que o apóiem para formar o QUADRO ou CENÁRIO do que aconteceu. Vamos dar um exemplo.
No computador, a idéia de que o céu está azul é guardada em posições adjacentes de memória como uma frase (portanto depende da língua de armazenamento: português, inglês, alemão) "o céu está azul". Já no cérebro, é estabelecida uma "nuvem" unindo TODAS AS IMPRESSÕES sobre céu que o indivíduo teve até aquele momento da vida e TODAS AS IMPRESSÕES sobre azul, ainda um pouco misturadas com outras tonalidades de cor. Ou seja, estabelece-se um "borrão" entre as idéias de céu e de cor azul dentro de nossa mente.
Em outras palavras, uma simples idéia convoca uma assembléia de neurônios cujos símbolos armazenados tenham relação com as IMPRESSÕES apresentadas. Nesta assembléia estão "atores principais" - céu e azul - e coadjuvantes - nuvens, estrelas, lua, a idéia de Deus e anjos (devido ao céu), azul roxo, violeta, jeans (devido ao azul).
Impressões e escala de valores
Dentro do aspecto de impressão, e não registro exato, a representação linguística no cérebro é feita através de adjetivos e alguns advérbios (Leia o link). Ou seja, nós "fotografamos" o "cenário" e esboçamos um rascunho com base em adjetivos de uso geral (feio, bonito, claro, escuro, grande, pequeno, estreito, largo).
Veja uma outra abordagem em "Evidência do Pensamento - Diagrama do Diálogo em um tempo".
Conclusão
O cérebro possui IMPRESSÕES, estabelecidas por "NAÇÕES" de neurônios convocadas para formar QUADROS que guardam novas IMPRESSÕES. Já o computador faz representações concretas da expressão da língua (frases na memória) de acordo com regras gramaticais da língua escolhida (português, inglês, alemão), ou então um retrato da figura apresentada (no caso de imagens) na composição de pontos de cor, tudo armazenado em sequências de posições de memória.
A principal diferença entre nosso cérebro e o computador é que nossas células de memória equivalem, cada uma, a um processador do computador.
O que é o processador do Computador
Um processador de computador (CPU - Central Processing Unit) é uma unidade responsável pelos cálculos, pelo gerenciamento da memória e pela leitura de dispositivos de armazenagem como discos rígidos (HD ou winchester), pendrives, CDs e DVDs. Vamos falar em linhas gerais para facilitar a compreensão.
Em outras palavras, esta CPU é responsável pelos cálculos e pela leitura de "posições de armazenagem", onde quer que esta "posição" esteja. Então, explicando melhor, as funções da CPU seriam:
- Fazer cálculos;
- Achar a posição onde se acha uma informação (para leitura), ou uma posição vaga (para gravação);
- Colocar (gravar) ou verificar (ler) uma informação em uma posição.
Os cálculos
O computador faz os cálculos de acordo com as mesmas regras de prioridade de operações que utilizamos, pois foi um homem que o programou para isto. O mecanismo é que é diferente, pois nele é feita uma série de desempilhamentos e empilhamentos de fatores, sempre dois a dois.
Já o cérebro do homem é capaz de escolher, respeitando as prioridades, por onde vai começar as operações, E ISTO É PARTICULAR DE CADA CÉREBRO, pois ele é também um "ABRIGO DE PERSONALIDADE". Vamos dar um exemplo desta escolha:
2 x 3 + 9 x 1000 - 3 x ( 4 x 5 - 8 x 2)
O computador, por obedecer a regras, começa SEMPRE o cálculo da esquerda para a direita. Já o cérebro de um homem pode escolher fazer logo a operação de 9 x 1000, pelo fato da multiplicação pelos múltiplos de 10 ser muito fácil. Isto uma CPU "fria" de computador só fará se for abarrotada de "regras que simulam" uma personalidade humana. Devido à velocidade da máquina que contém a CPU, os programadores não fazem isto, além do que o importante é o resultado, e não como o cálculo é feito.
Portanto, nós, humanos, escolhemos os melhores caminhos para começar e prosseguir. O computador só obedece às regras de seus programas. O cérebro pode escolher vários caminhos. Isto se reflete nos atos das pessoas. Diante de uma situação, cada um reage de uma forma, e a escolha depende das experiências e da personalidade de cada um.
A fusão de posição de memória e processador
Cada "posição" de memória de um computador é uma "cela fria" com uma pessoa (valor) dentro. Já uma memória humana (neurônio) é uma unidade com uma "impressão" que se junta a outras armazenando um cenário de impressões, e cada uma entendendo o que tem guardado, e, ainda por cima, interagindo com as outras.
Dissemos impressão, porque um neurônio não guarda exatamente a coisa, mas impressões, pois substâncias químicas não podem reproduzir com exatidão objetos e idéias (tanto mais idéias) do mundo real. O cérebro é um SIMULADOR da realidade, e não um arquivo digital do real. Tanto que nos testemunhos as pessoas não reproduzem exatamente o que aconteceu, mas tão somente a IMPRESSÃO que tiveram e que ficou guardada, sofrendo a ação de tantas outras impressões que ela tem sobre coisas relacionadas ao que foi perguntado.
Assembléias de memória
Tendo por princípio a impressão, um neurônio precisa de outros que o apóiem para formar o QUADRO ou CENÁRIO do que aconteceu. Vamos dar um exemplo.
No computador, a idéia de que o céu está azul é guardada em posições adjacentes de memória como uma frase (portanto depende da língua de armazenamento: português, inglês, alemão) "o céu está azul". Já no cérebro, é estabelecida uma "nuvem" unindo TODAS AS IMPRESSÕES sobre céu que o indivíduo teve até aquele momento da vida e TODAS AS IMPRESSÕES sobre azul, ainda um pouco misturadas com outras tonalidades de cor. Ou seja, estabelece-se um "borrão" entre as idéias de céu e de cor azul dentro de nossa mente.
Em outras palavras, uma simples idéia convoca uma assembléia de neurônios cujos símbolos armazenados tenham relação com as IMPRESSÕES apresentadas. Nesta assembléia estão "atores principais" - céu e azul - e coadjuvantes - nuvens, estrelas, lua, a idéia de Deus e anjos (devido ao céu), azul roxo, violeta, jeans (devido ao azul).
Impressões e escala de valores
Dentro do aspecto de impressão, e não registro exato, a representação linguística no cérebro é feita através de adjetivos e alguns advérbios (Leia o link). Ou seja, nós "fotografamos" o "cenário" e esboçamos um rascunho com base em adjetivos de uso geral (feio, bonito, claro, escuro, grande, pequeno, estreito, largo).
Veja uma outra abordagem em "Evidência do Pensamento - Diagrama do Diálogo em um tempo".
Conclusão
O cérebro possui IMPRESSÕES, estabelecidas por "NAÇÕES" de neurônios convocadas para formar QUADROS que guardam novas IMPRESSÕES. Já o computador faz representações concretas da expressão da língua (frases na memória) de acordo com regras gramaticais da língua escolhida (português, inglês, alemão), ou então um retrato da figura apresentada (no caso de imagens) na composição de pontos de cor, tudo armazenado em sequências de posições de memória.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Falta de atenção nas crianças
Para início de abordagem, temos que desprezar os aspectos morfológicos e fisiológicos (que seriam como o hardware do computador) do cérebro e partir para a abordagem de comportamento e expressão (software).
Este comportamento e expressão é melhor explicado por aquilo a que se vem dando o nome de REDES NEURAIS. Cada TEMA ou ASSUNTO que aprendemos e/ou lidamos começa a “recrutar” neurônios na memória para coletar os conhecimentos a seu respeito. Estes neurônios estabelecem a “base de dados” de um TEMA em particular, armazenando Entidades, Atributos e Ações Possíveis (métodos e procedimentos) a ele relativos.
Quanto mais o indivíduo estuda a respeito deste TEMA, ou quanto mais solicitam conhecimentos sobre ele, mais ATIVA e aumentada vai se tornando esta REDE NEURAL específica.
Nas crianças, poucas são as REDES, e, pior, menos interligadas elas são. Seu vocabulário é menor, e a própria primitividade das suas REDES é fator impeditivo para o seu crescimento. Em outras palavras, e mais objetivamente, podemos dizer que:
- O interesse primordial, e portanto sua maior REDE NEURAL, está relacionada às brincadeiras. Seu conhecimento é mais CONCRETO (como dizem os pedagogos) pelo fato de ainda não terem sido introduzidos aos conceitos abstratos1;
- Os interesses secundários, como higiene e estudos, tem REDES menores, não pela dificuldade de serem formadas, mas pelo fato de coexistirem com as Redes maiores, que “sugam” a energia da criança;
- O mundo lúdico, a princípio, tem seu crescimento facilitado pela ligação com a REDE NEURAL motora, e como a criança é uma exploradora nata, por ter chegado recentemente a este mundo e por ainda não conhecer praticamente nada, esta Rede Motora está muito estimulada. Por qualquer coisa a criança está correndo, se mexendo, não suportando ficar em um lugar parada;
- O conhecimento formal, ou seja, via escola, é dado ainda de uma forma tutelada pelos professores. Neste terreno, as crianças, em sua esmagadora maioria, não partem em busca de seus próprios conhecimentos, apoiadas na crença de que podem sempre esperar que um professor as conduza. A própria tradição de serem levadas PELAS MÃOS dos pais fortalecem este modo relaxado e esperançoso;
A idéia de pais instrutores não encontra respaldo na vida moderna, pois o tempo de coexistência familiar sofre concorrência da jornada de trabalho. O vínculo afetivo em muito ajuda a fixação e expansão do aprendizado;
Um cenário infantil
Esta figura mostra as áreas de interesse de uma criança, as ligações, e as proporções de interesse que ela tem para cada uma delas:
Onde não existem ligações, realmente é para se ter a idéia de que o campo referido é encarado como apenas um fragmento. O cerne da vida real desta criança hipotética são as brincadeiras, como previsto pela psicologia comportamental.
Estudo, Higiene Pessoal e Escola são áreas de menor interesse. A Escola, no entanto, dispara neste indivíduo a lembrança dos Colegas. E colegas lembram brincadeiras. Este tipo de ligação entre uma área de pequeno interesse e áreas de grande interesse é um canal para as finalidades didáticas e projetos mais sérios. Seriam as brincadeiras com finalidades mais sérias um pretenso canal para se tentar fazer a criança aprender. No entanto, a intenção de quem tenta usar este canal, apesar de ter fundamento, pode redundar em absoluto fracasso.
O uso de "canais"
Este canal do lúdico para o sério deve ser visto como bem longo e estreito. Na figura apresentada, por exemplo, pode-se interpretar que ligar o estudo aos colegas pode conduzir a criança aos interesses da escola. Mas o observado, na prática, quando colegas de escola se juntam, é o direcionamento para as brincadeiras. O diagrama está coerente.
O correto seria, teoricamente, transformar as brincadeiras, seja com colegas, ou não, em "desculpas" para mostrar coisas mais sérias. A Internet com o Youtube está no sentido inverso, pois apesar da quantidade de aulas disponíveis na rede, a tendência é a pessoa procurar as chacotas, as "videocassetadas", as piadas e brincadeiras de mau gosto.
Reduzir o tamanho das áreas
Teoricamente, novamente, resta apenas reduzir as áreas que não interessam às finalidades sérias, como por exemplo reduzir o tempo das brincadeiras, restringir o contato com os colegas fora do horário de aulas, reduzir o horário de videogames, MSN e outras baboseiras típicas de nossa época.
Conclusão
A abordagem aqui feita foi somente com base em ÁREAS DE INTERESSE e não sobre preconceitos contra atividades tecnológicas ou modernas.
sábado, 27 de agosto de 2011
Raízes linguísticas da Violência
Preocupados em deixarmos ou não nossos filhos entrarem em jogos on line de tiroteio (tiro em primeira pessoa ou FPS em inglês "First Person Shot", iniciamos uma discussão no terreno da psicologia e da linguística.
Chegaremos a boas conclusões se analisarmos o significado e os significandos associados a violência.
As representações das idéias, no caso da violência
Pelo símbolo direto
O símbolo direto da violência são as armas. Os jogos on line de tiro apresentam diretamente os símbolos da violência (pela idéia leiga, popular): armas, uniformes camuflados e os tiros.
Pelo ato
A criança vê o pai batendo na mãe ou nos irmãos, em uma frequência importante, e com danos importantes à integridade física e de apresentação (olhos roxos e marcas vermelhas na pele), ou com instrumentos e métodos incomuns quando se trata de uma simples briga familiar ( brasa de cigarro, ferro quente, bastão de madeira ou ferro).
Pela disputa verbal
A criança vê os irmãos se ofendendo por motivos absolutamente fúteis, de maneira torpe, exagerada e batendo as portas dos quartos, com gritos e alteração audível da voz. Também vê o pai ofendendo a mãe de forma humilhante, ou vice versa.
Pela negação do ato
É a omissão ou surdez voluntária. Alguém pede uma coisa à mãe, ao pai ou ao irmão, e não obtém nunca resposta, numa omissão de convívio. Ato e consequência precisam estar em uma "linha reta", ou seja, se existe ato tem que haver consequência.
Os representantes da autoridade que se omitem são VIOLENTOS. Como a omissão é um ato que nega a defesa diante de uma situação de risco (baixo ou alto), cometido por uma autoridade, no futuro CERTAMENTE alguém será prejudicado. É o exemplo de um prefeito que se omite diante da comunicação a ele de que uma ponte vai cair, e esta vem REALMENTE a cair dias depois. Havendo ou não mortes, houve violência, pois o trabalho gerado pelos cidadãos que pagaram os impostos para construí-la foi jogado fora. Se fosse reformada, nem todo o trabalho teria sido perdido.
Ato com consequência
Ora, se ato DEVE ter consequência, os jogos de tiro e os filmes de violência estão corretos, pois o efeito do tiro é o ferimento, é o sangue, é a morte. As armas estão ali para matar, e o fazem. O jogo é de armas, de tiros e de morte.
Pelos comentários fúteis
A ironia, hipocrisia, cinismo e deboche são atos APARENTEMENTE sem consequências físicas diretas visíveis, daí a sua perversidade. O riso de quem debocha ou faz as ironias não corresponde à cadeia lógica da violência. Quem agride por palavras deve ficar sério, e não rir.
Conclusão
Quanto mais oculto for o significado em relação ao símbolo (como no caso do deboche), maior é o perigo deste símbolo. Suas reais intenções e consequências ficam bem ocultos. É como um espião, que escondendo seus intentos, tudo observa, tudo registra e tudo vai contar secretamente aos inimigos.
Chegaremos a boas conclusões se analisarmos o significado e os significandos associados a violência.
As representações das idéias, no caso da violência
Pelo símbolo direto
O símbolo direto da violência são as armas. Os jogos on line de tiro apresentam diretamente os símbolos da violência (pela idéia leiga, popular): armas, uniformes camuflados e os tiros.
Pelo ato
A criança vê o pai batendo na mãe ou nos irmãos, em uma frequência importante, e com danos importantes à integridade física e de apresentação (olhos roxos e marcas vermelhas na pele), ou com instrumentos e métodos incomuns quando se trata de uma simples briga familiar ( brasa de cigarro, ferro quente, bastão de madeira ou ferro).
Pela disputa verbal
A criança vê os irmãos se ofendendo por motivos absolutamente fúteis, de maneira torpe, exagerada e batendo as portas dos quartos, com gritos e alteração audível da voz. Também vê o pai ofendendo a mãe de forma humilhante, ou vice versa.
Pela negação do ato
É a omissão ou surdez voluntária. Alguém pede uma coisa à mãe, ao pai ou ao irmão, e não obtém nunca resposta, numa omissão de convívio. Ato e consequência precisam estar em uma "linha reta", ou seja, se existe ato tem que haver consequência.
Os representantes da autoridade que se omitem são VIOLENTOS. Como a omissão é um ato que nega a defesa diante de uma situação de risco (baixo ou alto), cometido por uma autoridade, no futuro CERTAMENTE alguém será prejudicado. É o exemplo de um prefeito que se omite diante da comunicação a ele de que uma ponte vai cair, e esta vem REALMENTE a cair dias depois. Havendo ou não mortes, houve violência, pois o trabalho gerado pelos cidadãos que pagaram os impostos para construí-la foi jogado fora. Se fosse reformada, nem todo o trabalho teria sido perdido.
Ato com consequência
Ora, se ato DEVE ter consequência, os jogos de tiro e os filmes de violência estão corretos, pois o efeito do tiro é o ferimento, é o sangue, é a morte. As armas estão ali para matar, e o fazem. O jogo é de armas, de tiros e de morte.
Pelos comentários fúteis
A ironia, hipocrisia, cinismo e deboche são atos APARENTEMENTE sem consequências físicas diretas visíveis, daí a sua perversidade. O riso de quem debocha ou faz as ironias não corresponde à cadeia lógica da violência. Quem agride por palavras deve ficar sério, e não rir.
Conclusão
Quanto mais oculto for o significado em relação ao símbolo (como no caso do deboche), maior é o perigo deste símbolo. Suas reais intenções e consequências ficam bem ocultos. É como um espião, que escondendo seus intentos, tudo observa, tudo registra e tudo vai contar secretamente aos inimigos.
sábado, 20 de agosto de 2011
O cérebro e Deus
Neste blog tratamos do cérebro como ferramenta séria de sobrevivência e da maravilha de suas potencialidades.
E de tão maravilhoso, querem inverter as coisas e transformá-lo na "origem da idéia de Deus na vida humana". Em outras palavras, Deus seria algo que o cérebro, por sua constituição e estrutura, não poderia deixar de criar.
Bazófias de tal espécie saíram na conceituada revista Superinteressante, na Deutsche Welle e outros veículos, e receberam títulos como:
Não é preciso falar muita coisa para mostrar que esta forma de ver esta relação é um absurdo. Basta observar o mundo. Perguntamos:
O mundo é bom ou é mau ?
A resposta para a maioria das pessoas é que ele é mau, os romances, novelas, fatos históricos e a política o demonstram claramente.
Ora, se o mundo é mau, e a culpa é principalmente do homem, e o homem é guiado pelo seu cérebro, o cérebro tem mais vocação para o mal. Portanto, Deus não mora no cérebro, e este órgão não foi preparado pela natureza com uma área para crer em Deus. Se assim fosse, logo que amadurecesse, o ser humano creria em Deus, e não precisaríamos das correntes religiosas e de suas missões e congregações para enfiar na cabeça dos tolos que Deus existe.
Para o povo em geral, que engole tudo o que é ruim, basta um cientistazinho mostrar que durante momentos de crença certas áreas do cérebro são ativadas, que esta celeuma recomeça. Um destes casos foi o do médico Andrew Newberg que escreveu um livro sobre o assunto, o outro foi Timothy Leary, e assim vai. Eles querem apenas vender livros e escolhem temas compatíveis com este propósito. O mesmo ocorre em relação ao jornalista que comenta os crimes, pois este assunto dá ibope. É só isto.
Conclusão
Se você quer saber sobre Deus, leia a Bíblia. Mundo espiritual entende-se por vias espirituais, e não por teses biológicas.
E de tão maravilhoso, querem inverter as coisas e transformá-lo na "origem da idéia de Deus na vida humana". Em outras palavras, Deus seria algo que o cérebro, por sua constituição e estrutura, não poderia deixar de criar.
Bazófias de tal espécie saíram na conceituada revista Superinteressante, na Deutsche Welle e outros veículos, e receberam títulos como:
- O que faz o cérebro acreditar em Deus;
- Deus mora no cérebro;
- Deus é coisa de sua cabeça;
- O poderoso Deus chamado cérebro;
Não é preciso falar muita coisa para mostrar que esta forma de ver esta relação é um absurdo. Basta observar o mundo. Perguntamos:
O mundo é bom ou é mau ?
A resposta para a maioria das pessoas é que ele é mau, os romances, novelas, fatos históricos e a política o demonstram claramente.
Ora, se o mundo é mau, e a culpa é principalmente do homem, e o homem é guiado pelo seu cérebro, o cérebro tem mais vocação para o mal. Portanto, Deus não mora no cérebro, e este órgão não foi preparado pela natureza com uma área para crer em Deus. Se assim fosse, logo que amadurecesse, o ser humano creria em Deus, e não precisaríamos das correntes religiosas e de suas missões e congregações para enfiar na cabeça dos tolos que Deus existe.
Para o povo em geral, que engole tudo o que é ruim, basta um cientistazinho mostrar que durante momentos de crença certas áreas do cérebro são ativadas, que esta celeuma recomeça. Um destes casos foi o do médico Andrew Newberg que escreveu um livro sobre o assunto, o outro foi Timothy Leary, e assim vai. Eles querem apenas vender livros e escolhem temas compatíveis com este propósito. O mesmo ocorre em relação ao jornalista que comenta os crimes, pois este assunto dá ibope. É só isto.
Conclusão
Se você quer saber sobre Deus, leia a Bíblia. Mundo espiritual entende-se por vias espirituais, e não por teses biológicas.
domingo, 7 de agosto de 2011
O cérebro humano e o Poder - Abordagem linguística
O Poder é um complexo de sistemas integrados no cérebro humano.
A Comparação
Diagrama
Confira, no diagrama, a escala de valores à direita da Comparação.
Quem é beneficiado pelo Poder ?
Ótica pessoal de quem exerce o Poder
Por que o Poder corrompe
O mais correto seria, em nosso diagrama, perguntar:
Onde é que o poder corrompe ?
A resposta está na escala de valores, em primeiro lugar. Ao se exercer o Poder prolongadamente, toma-se consciência de quão grande é o seu alcance. Só que uma parte do seu alcance invade o terreno do DEMASIADO.
Em segundo lugar está a confusão entre Autoridade e Representante da Autoridade. Quem exerce o Poder é Representante da Autoridade e não esta Autoridade em si.
Se o Poder fosse uma unidade cerebral restrita, seria fácil controlar a sua "sede" no ser humano. Como, pelo contrário, ele depende do EQUILÍBRIO de vários sistemas, basta um deles ser malformado, para que o ser humano se comporte mal e ABUSE DO PODER.
A Comparação
Sem mencionar esta operação fundamental do raciocínio, não podemos explicar o CONTROLE e o ABUSO observados no ser humano em suas ações. CONTROLE significa agir em torno da MÉDIA e ABUSO significa ultrapassar os limites toleráveis, em direção do DEMASIADO.
Diagrama
Confira, no diagrama, a escala de valores à direita da Comparação.
Quem é beneficiado pelo Poder ?
Nossas autoridades (diz-se autoridades, mas realmente são REPRESENTANTES delas), bem como o Pai e a Mãe, dentro da casa, deve estabelecer quem será beneficiado pelo uso do seu PODER em uma situação.
Se uma AÇÃO for tomada para beneficiar indivíduos, ela é pobre. Se for beneficiar uma Instituição, ela é ideal. Mas se exceder esta escala, é puro PODER sem benefícios, que pode prejudicar alguém ou ela mesma.
Ótica pessoal de quem exerce o Poder
Se a AÇÃO a ser btomada é uma Obrigação, não há o que questionar. Se a AÇÃO envolve Preferência, provavelmente chegou aos ouvidos da Autoridade uma série de sugestões e possíveis Ações.
No entanto, se quem exerce o Poder (Autoridade) tem um QUERER, a coisa se complica. Este Querer deve ser direcionado para a Necessidade da Instituição. Se esta Necessidade descambar para o lado Biológico ou Psicológico da Autoridade, houve decisão para a Necessidade do representante da Autoridade, portanto a Ação a ser tomada será inapropriada.
Por exemplo, ao escolher uma secretária, um gerente faz a escolha baseada na aparência e no desejo que sentiu pela candidata. O resultado será um desastre. Se fizer baseado na competência, a Instituição será beneficiada, e tudo correrá bem.
Por que o Poder corrompe
O mais correto seria, em nosso diagrama, perguntar:
Onde é que o poder corrompe ?
A resposta está na escala de valores, em primeiro lugar. Ao se exercer o Poder prolongadamente, toma-se consciência de quão grande é o seu alcance. Só que uma parte do seu alcance invade o terreno do DEMASIADO.
Em segundo lugar está a confusão entre Autoridade e Representante da Autoridade. Quem exerce o Poder é Representante da Autoridade e não esta Autoridade em si.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Até onde o cérebro da criança pode ir na matemática ?
A matemática é uma ciência abstrata por excelência. Seu mundo é um império a parte, com regras próprias, complicadas e diferentes do que se observa entre o homem e o cotidiano.
O cotidiano do homem é feito com movimento e de leis sociais. O movimento precisa ser feito e não medido. As leis sociais também não levam em conta medidas precisas, mas um meio termo detectável pela razão, evitando a falta e o exagero ao mesmo tempo.
Já a matemática exige medidas do pouco e do muito, do muito pouco e até do muito de dimensões astronômicas. Nem cogitamos viajar para a estrela mais próxima, no entanto nos lançamos à difícil tarefa de medir esta distância, mesmo que não possa ser percorrida utilizando todo o tempo de nossa vida. Ou seja, a matemática possibilita ultrapassar os limites dentro dos quais estamos fisicamente aprisionados.
O problema do tempo da viagem
Um exemplo de controle do cérebro em termos de estabelecimento de uma linha direcional de raciocínio, divisão em etapas de um objetivo em metas e de reconhecimento de unidades é o do cálculo de tempo de viagem:
Uma pessoa sai de casa para viajar às 8:30 da manhã. Viaja por 4 horas e faz uma parada para almoço por 45 minutos. Terminado o almoço, dirige por mais 2 horas e 15 minutos, chegando ao seu destino.
Qual foi o tempo total da viagem ?
Primeiro será preciso explicar à criança que o problema se refere à uma viagem composta de três etapas. E então, dever-se-á utilizar argumentos que combatam a ansiedade da criança em ver o problema resolvido logo e a preguiça da mesma em entender as etapas de uma viagem. Isto deverá ser feito com um desenho bem colorido:
Mostre à criança que cada retângulo é uma etapa ou "pedaço" da viagem.
Primeira etapa
Pergunte à criança que horas teremos 4 horas depois das 8:30. Diga-lhe que esqueça, por ora, o resto da viagem, e se preocupe só com esta parte. Provavelmente, ela lhe responderá da forma certa: 12:30. Existe uma chance razoável dela dizer 12:00, pois a hora composta, para pequenos adultos se apresenta como algo de percepção apressada e incompleta. Eles se concentram nas horas, pois elas são mais significativas do que os minutos. Algo parecido ocorre com a interpretação dos números com casas decimais: olhamos com mais atenção para a parte inteira, e desprezamos as casas decimais.
Segunda Etapa
Faça um novo desenho com o resultado da primeira etapa:
Comemore com a criança esta etapa, peça que ela respire, e concentre-se na segunda etapa. Agora estão envolvidos minutos, e um "vai um" caso ultrapassem 60 minutos. Mostre que com mais 30 minutos, destes 45 da segunda etapa, chega-se às 13:00 horas. Pergunte à ela quantos minutos sobram dos 45 após se usar estes 30. Mostre que é só uma subtração (45-30=15). Estes 15 minutos se somam às 13:00 horas. Temos então 13:15.
Terceira etapa
Faça um novo desenho com o resultado da segunda etapa:
Novamente mostre entusiasmo "chegamos até aqui, estamos quase no fim, vamos vencer". Explique à criança que agora se trata de uma soma de duas quantidades de horas com a "casa" das horas e a "casa" dos minutos. Faça então as 13 horas mais as 2 horas (15 horas). Diga a ela que vocês não podem esquecer os minutos: 15 minutos mais 15 minutos (30 minutos). Juntando as duas partes - 15 horas e os 30 minutos - temos 15:30 horas.
Esta é a resposta final. Pule bastante, bata palmas com a criança, abrace-a, para promover um momento de felicidade associado à resolução de um "enigma".
O principal
Explique que ao fazer o problema em partes, ao se avançar a cada etapa, cuidadosamente, estamos seguros de que a etapa anterior está correta. Mostre que é preciso paciência para se fazer algo bem feito.
O cotidiano do homem é feito com movimento e de leis sociais. O movimento precisa ser feito e não medido. As leis sociais também não levam em conta medidas precisas, mas um meio termo detectável pela razão, evitando a falta e o exagero ao mesmo tempo.
Já a matemática exige medidas do pouco e do muito, do muito pouco e até do muito de dimensões astronômicas. Nem cogitamos viajar para a estrela mais próxima, no entanto nos lançamos à difícil tarefa de medir esta distância, mesmo que não possa ser percorrida utilizando todo o tempo de nossa vida. Ou seja, a matemática possibilita ultrapassar os limites dentro dos quais estamos fisicamente aprisionados.
O problema do tempo da viagem
Um exemplo de controle do cérebro em termos de estabelecimento de uma linha direcional de raciocínio, divisão em etapas de um objetivo em metas e de reconhecimento de unidades é o do cálculo de tempo de viagem:
Uma pessoa sai de casa para viajar às 8:30 da manhã. Viaja por 4 horas e faz uma parada para almoço por 45 minutos. Terminado o almoço, dirige por mais 2 horas e 15 minutos, chegando ao seu destino.
Qual foi o tempo total da viagem ?
Primeiro será preciso explicar à criança que o problema se refere à uma viagem composta de três etapas. E então, dever-se-á utilizar argumentos que combatam a ansiedade da criança em ver o problema resolvido logo e a preguiça da mesma em entender as etapas de uma viagem. Isto deverá ser feito com um desenho bem colorido:
Mostre à criança que cada retângulo é uma etapa ou "pedaço" da viagem.
Primeira etapa
Pergunte à criança que horas teremos 4 horas depois das 8:30. Diga-lhe que esqueça, por ora, o resto da viagem, e se preocupe só com esta parte. Provavelmente, ela lhe responderá da forma certa: 12:30. Existe uma chance razoável dela dizer 12:00, pois a hora composta, para pequenos adultos se apresenta como algo de percepção apressada e incompleta. Eles se concentram nas horas, pois elas são mais significativas do que os minutos. Algo parecido ocorre com a interpretação dos números com casas decimais: olhamos com mais atenção para a parte inteira, e desprezamos as casas decimais.
Segunda Etapa
Faça um novo desenho com o resultado da primeira etapa:
Comemore com a criança esta etapa, peça que ela respire, e concentre-se na segunda etapa. Agora estão envolvidos minutos, e um "vai um" caso ultrapassem 60 minutos. Mostre que com mais 30 minutos, destes 45 da segunda etapa, chega-se às 13:00 horas. Pergunte à ela quantos minutos sobram dos 45 após se usar estes 30. Mostre que é só uma subtração (45-30=15). Estes 15 minutos se somam às 13:00 horas. Temos então 13:15.
Terceira etapa
Faça um novo desenho com o resultado da segunda etapa:
Novamente mostre entusiasmo "chegamos até aqui, estamos quase no fim, vamos vencer". Explique à criança que agora se trata de uma soma de duas quantidades de horas com a "casa" das horas e a "casa" dos minutos. Faça então as 13 horas mais as 2 horas (15 horas). Diga a ela que vocês não podem esquecer os minutos: 15 minutos mais 15 minutos (30 minutos). Juntando as duas partes - 15 horas e os 30 minutos - temos 15:30 horas.
Esta é a resposta final. Pule bastante, bata palmas com a criança, abrace-a, para promover um momento de felicidade associado à resolução de um "enigma".
O principal
Explique que ao fazer o problema em partes, ao se avançar a cada etapa, cuidadosamente, estamos seguros de que a etapa anterior está correta. Mostre que é preciso paciência para se fazer algo bem feito.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
O que um NÃO faz com o cérebro
Um NÃO é um criador de INTERMEDIÁRIOS.
INTERMEDIÁRIOS podem ser ETAPAS, CONDICIONAIS (regras, leis).
Cenários de uso do NÃO
A criança pequena (1) chega perto de uma tomada de energia da sua sala (2) pela primeira vez, e (3) estende a mão para (4) colocar o dedo no orifício da tomada. Você, então, diz para ela em tom de reprovação (o tom é importante):
Fulano (nome da criança), nãaaaaaao.
Ela olha para você, olha para a tomada, e olha para você de novo. Depois podem vir suas explicações, a gosto do freguês.
Este NÃO será o contorno para uma nova Regra ou Lei, que provocará uma PAUSA toda vez que esta criança, e até quando adulto, chegar perto de uma tomada. Isto fará parte da rede neural de DISPOSITIVOS E SITUAÇÕES PERIGOSAS, tão importante para a segurança e instinto de autopreservação desta pessoa.
Fluxogramas
Os fluxogramas são diagramas úteis para se mostrar os caminhos do comportamento.
O primeiro fluxograma da criança para o cenário citado é:
Após o NÃO da mãe/pai/babá/professor, ele passa a ser:
Esta condicional, como todas condições, enriquece as nossa redes neurais de "caminhos" e passa a produzir novos neurônios. O questionamento passa a existir, pois em cada local da rede neural onde haja uma bifurcação, "trifurcação", "tetrafurcação", e assim por diante, haverá uma PAUSA. Moralmente surge na vida deste indivíduo a ESCOLHA.
As escolhas
Então o NÃO fez surgir a ESCOLHA. Não é preciso dizer muito, por ora, pois este blog é mais técnico do que religioso ou moral. Podemos apenas dizer, por ora, que o que identifica cada um de nós como uma pessoa são nossas escolhas.
Conclusão
Se quisermos entender o cérebro, precisamos, entre outras coisas, estudar o significado do NÃO. Ele é a peça de articulação mais utilizada nas malhas das redes neurais.
Contra-argumentação
Mas no fluxo que vimos, existe tanto o Sim quanto o Não, por que valorizar o Não ? A resposta reside em nossos centros emocionais. O Sim significa você continuar no seu caminho natural. O Não estabelece uma contrariedade, e o ser humano não gosta de contrariedade, acionando seus centros emocionais. As nossas emoções são ficam mais exaltadas quando somos contrariados, e as memórias se formam melhor quando um fato aciona os centros emocionais.
INTERMEDIÁRIOS podem ser ETAPAS, CONDICIONAIS (regras, leis).
Cenários de uso do NÃO
A criança pequena (1) chega perto de uma tomada de energia da sua sala (2) pela primeira vez, e (3) estende a mão para (4) colocar o dedo no orifício da tomada. Você, então, diz para ela em tom de reprovação (o tom é importante):
Fulano (nome da criança), nãaaaaaao.
Ela olha para você, olha para a tomada, e olha para você de novo. Depois podem vir suas explicações, a gosto do freguês.
Este NÃO será o contorno para uma nova Regra ou Lei, que provocará uma PAUSA toda vez que esta criança, e até quando adulto, chegar perto de uma tomada. Isto fará parte da rede neural de DISPOSITIVOS E SITUAÇÕES PERIGOSAS, tão importante para a segurança e instinto de autopreservação desta pessoa.
Fluxogramas
Os fluxogramas são diagramas úteis para se mostrar os caminhos do comportamento.
O primeiro fluxograma da criança para o cenário citado é:
Ver - colocar a mão
Após o NÃO da mãe/pai/babá/professor, ele passa a ser:
Ver - Se for tomada, não colocar meu dedinho, senão colocar a mão
Esta condicional, como todas condições, enriquece as nossa redes neurais de "caminhos" e passa a produzir novos neurônios. O questionamento passa a existir, pois em cada local da rede neural onde haja uma bifurcação, "trifurcação", "tetrafurcação", e assim por diante, haverá uma PAUSA. Moralmente surge na vida deste indivíduo a ESCOLHA.
As escolhas
Então o NÃO fez surgir a ESCOLHA. Não é preciso dizer muito, por ora, pois este blog é mais técnico do que religioso ou moral. Podemos apenas dizer, por ora, que o que identifica cada um de nós como uma pessoa são nossas escolhas.
Conclusão
Se quisermos entender o cérebro, precisamos, entre outras coisas, estudar o significado do NÃO. Ele é a peça de articulação mais utilizada nas malhas das redes neurais.
Contra-argumentação
Mas no fluxo que vimos, existe tanto o Sim quanto o Não, por que valorizar o Não ? A resposta reside em nossos centros emocionais. O Sim significa você continuar no seu caminho natural. O Não estabelece uma contrariedade, e o ser humano não gosta de contrariedade, acionando seus centros emocionais. As nossas emoções são ficam mais exaltadas quando somos contrariados, e as memórias se formam melhor quando um fato aciona os centros emocionais.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Consciência e redes neurais
A consciência é um "boiar sutil em uma rede de pensamentos".
Como explicar isto ?
Vamos explicar com base em uma rede que sustenta uma idéia. Teoricamente, uma rede como esta se apoia de forma tênue (pensar é algo muito sutil e efêmero) em Entidades, Atributos e Fatos. Os Atributos são os mais relativos, podendo ser as vezes chamados de propriedades, métodos, comportamentos (behavior). As Entidades podem ser instituições ou elementos de uma instituição ou mesmo definições ou conceitos. E Fatos são coisas como que precursoras de verdades físicas (acontecem e se situam no espaço/tempo).
Um momento sustentando uma idéia
Você está trabalhando e olha o relógio. Está quase na hora do almoço. Você começa a "sustentar" no pensamento (momento efêmero) as pessoas com as quais vai almoçar, em qual restaurante, se vai pagar no Vale Refeição, em dinheiro ou cartão, se vai a algum lugar depois, etc.
As entidades são: o almoço, o restaurante, os amigos, o pagamento. Os amigos se subdividem em cada um que você puder pensar. O pagamento se subdivide nas formas de pagamento. Rapidamente sua mente passeia por estes "nós" da rede, e você se mantém ocupado neles, pulando de um para o outro, sem quase se dar conta, e, "tchan tchan": você se manteve consciente por alguns instantes.
Cumprimentos aos colegas no corredor, a ida ao banheiro, o descer das escadas, tudo são atos mecânicos e praticamente insconscientes. O principal é o lugar, a rede, onde você já está, antes de encontrar com a primeira pessoa que vai almoçar com você, antes de entrar no restaurante e antes de comer.
Este quadro é quase um estado de pré-ansiedade:
Cotidiano e consciência
Quanto mais repetitivos os atos que fazemos, mais automáticos andamos, menos conscientes estamos.
Como explicar isto ?
Vamos explicar com base em uma rede que sustenta uma idéia. Teoricamente, uma rede como esta se apoia de forma tênue (pensar é algo muito sutil e efêmero) em Entidades, Atributos e Fatos. Os Atributos são os mais relativos, podendo ser as vezes chamados de propriedades, métodos, comportamentos (behavior). As Entidades podem ser instituições ou elementos de uma instituição ou mesmo definições ou conceitos. E Fatos são coisas como que precursoras de verdades físicas (acontecem e se situam no espaço/tempo).
Um momento sustentando uma idéia
Você está trabalhando e olha o relógio. Está quase na hora do almoço. Você começa a "sustentar" no pensamento (momento efêmero) as pessoas com as quais vai almoçar, em qual restaurante, se vai pagar no Vale Refeição, em dinheiro ou cartão, se vai a algum lugar depois, etc.
As entidades são: o almoço, o restaurante, os amigos, o pagamento. Os amigos se subdividem em cada um que você puder pensar. O pagamento se subdivide nas formas de pagamento. Rapidamente sua mente passeia por estes "nós" da rede, e você se mantém ocupado neles, pulando de um para o outro, sem quase se dar conta, e, "tchan tchan": você se manteve consciente por alguns instantes.
Cumprimentos aos colegas no corredor, a ida ao banheiro, o descer das escadas, tudo são atos mecânicos e praticamente insconscientes. O principal é o lugar, a rede, onde você já está, antes de encontrar com a primeira pessoa que vai almoçar com você, antes de entrar no restaurante e antes de comer.
Este quadro é quase um estado de pré-ansiedade:
Ansiedade é estar aqui, enquanto se pensa em estar lá.
Cotidiano e consciência
Quanto mais repetitivos os atos que fazemos, mais automáticos andamos, menos conscientes estamos.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Oposição e comparações demandam esforço linguístico
Nossas primeiras expressões depois de conhecer um pouco mais o mundo são coisas como:
- O homem é forte. Ele é alto. O outro é fraco.
O correto seria dizer que o homem é mais alto que outro que servisse de base de tamanho. O mesmo se aplica para forte e fraco, grande e pequeno.
Este é um embrião do que vai se transformar na operação mental de comparação. O primeiro passo é reconhecer um padrão, expressão da média, do comum, do aceito, do praticado. Depois de reconhecê-lo, questione-se se este padrão se aplica a todos os contextos e a todos os tempos. Por exemplo, entre as formigas, o tamanduá é conhecido como grande. Já entre os elefantes ele é um ser pequeno.
Portanto, é preciso ter cuidado na aplicação dos adjetivos conforme o contexto. Por contexto podemos entender agora, neste artigo realmente esclarecedor, um conjunto de parâmetros médios que tem relação linguística lógica com aquilo que está sendo estudado ou observado.
Novamente falando das formigas, vamos nos reduzir ao seu tamanho, pensar em um ser que tem pernas mas não tem dedos e que utiliza como matéria-prima para o seu alimento as folhas, principalmente. Vamos pensar no parâmetro de tamanho em dimensões de cerca de 2 centímetros, no de população em milhares, no provável local de vida a terra (se bem que agora elas invadiram as nossas casas).
É por não levar em conta o contexto, que escutamos e lidanmos com absurdos em nossa vida, como o horário dos bancos, que é quase exatamente o nosso, nos obrigando a usar o horário do almoço para fazer as transações bancárias. Ao analisar o seu horário de funcionamento, os banqueiros colocam como contexto o horário comercial de trabalho (ainda diminuído de 3 horas), ao invés de colocarem neste contexto o horário disponível dos clientes para fazerem operações bancárias. Por este motivo, os bancos espalharam caixas eletrônicos sob os quais não tem nenhum controle sobre a sua segurança. As câmeras de vigilância só possibilitam correr atrás dos assaltantes quando o roubo já foi efetuado.
Percebendo o contexto
Ora, para levantar um contexto, para depois serem possíveis as operações de oposição e comparação, é preciso levantar todo o vocabulário envolvido naquele contexto. Para o caso das formigas:
Formiga, antena, patas, terra, grama, formigueiro, saúva, soldados, fazendeiras, fungo, folhas, floresta, árvores, tatu, etc.
Comparação
Para a comparação, é preciso conhecer contextos parecidos com o da vida das formigas, como por exemplo comparar o formigueiro com uma grande metrópole ou com um quartel militar.
Exemplo
Vamos analisar o trecho inicial do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas do inteligentíssimo Machado de Assis:
Este período contém as duas operações mentais de comparação e oposição, esquematizadas a seguir:
A oposição pode ser feita entre dois contextos (oposição de direção), no caso entre a direção em que o os autores escrevem suas memórias e obras (ordem cronológica) e a direção escolhida por Brás Cubas (a inversa). E também pode ser feita pela ordem na oração e pela inversão substantivo adjetivo de palavras que possuem ao mesmo tempo estas duas funções gramaticais.
Conclusão
É preciso conhecer as funções sintáticas e ter a capacidade de colocar mais de um contexto em uma idéia para se obter relações lado a lado e analisá-las, linguisticamente, para fazer as comparações e oposições, aumentando a capacidade de visão proporcionada pela linguagem do ser humano. Em outras palavras, você faz um esforço linguístico para aumentar seu poder linguístico, como nos exercícios físicos: você exercita o músculo para fazê-lo mais forte.
- O homem é forte. Ele é alto. O outro é fraco.
O correto seria dizer que o homem é mais alto que outro que servisse de base de tamanho. O mesmo se aplica para forte e fraco, grande e pequeno.
Este é um embrião do que vai se transformar na operação mental de comparação. O primeiro passo é reconhecer um padrão, expressão da média, do comum, do aceito, do praticado. Depois de reconhecê-lo, questione-se se este padrão se aplica a todos os contextos e a todos os tempos. Por exemplo, entre as formigas, o tamanduá é conhecido como grande. Já entre os elefantes ele é um ser pequeno.
Portanto, é preciso ter cuidado na aplicação dos adjetivos conforme o contexto. Por contexto podemos entender agora, neste artigo realmente esclarecedor, um conjunto de parâmetros médios que tem relação linguística lógica com aquilo que está sendo estudado ou observado.
Novamente falando das formigas, vamos nos reduzir ao seu tamanho, pensar em um ser que tem pernas mas não tem dedos e que utiliza como matéria-prima para o seu alimento as folhas, principalmente. Vamos pensar no parâmetro de tamanho em dimensões de cerca de 2 centímetros, no de população em milhares, no provável local de vida a terra (se bem que agora elas invadiram as nossas casas).
É por não levar em conta o contexto, que escutamos e lidanmos com absurdos em nossa vida, como o horário dos bancos, que é quase exatamente o nosso, nos obrigando a usar o horário do almoço para fazer as transações bancárias. Ao analisar o seu horário de funcionamento, os banqueiros colocam como contexto o horário comercial de trabalho (ainda diminuído de 3 horas), ao invés de colocarem neste contexto o horário disponível dos clientes para fazerem operações bancárias. Por este motivo, os bancos espalharam caixas eletrônicos sob os quais não tem nenhum controle sobre a sua segurança. As câmeras de vigilância só possibilitam correr atrás dos assaltantes quando o roubo já foi efetuado.
Percebendo o contexto
Ora, para levantar um contexto, para depois serem possíveis as operações de oposição e comparação, é preciso levantar todo o vocabulário envolvido naquele contexto. Para o caso das formigas:
Formiga, antena, patas, terra, grama, formigueiro, saúva, soldados, fazendeiras, fungo, folhas, floresta, árvores, tatu, etc.
Comparação
Para a comparação, é preciso conhecer contextos parecidos com o da vida das formigas, como por exemplo comparar o formigueiro com uma grande metrópole ou com um quartel militar.
Exemplo
Vamos analisar o trecho inicial do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas do inteligentíssimo Machado de Assis:
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou
pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento,
duas considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um
defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que
o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também
contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença
radical entre este livro e o Pentateuco.
pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento,
duas considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um
defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que
o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também
contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença
radical entre este livro e o Pentateuco.
Este período contém as duas operações mentais de comparação e oposição, esquematizadas a seguir:
A oposição pode ser feita entre dois contextos (oposição de direção), no caso entre a direção em que o os autores escrevem suas memórias e obras (ordem cronológica) e a direção escolhida por Brás Cubas (a inversa). E também pode ser feita pela ordem na oração e pela inversão substantivo adjetivo de palavras que possuem ao mesmo tempo estas duas funções gramaticais.
Conclusão
É preciso conhecer as funções sintáticas e ter a capacidade de colocar mais de um contexto em uma idéia para se obter relações lado a lado e analisá-las, linguisticamente, para fazer as comparações e oposições, aumentando a capacidade de visão proporcionada pela linguagem do ser humano. Em outras palavras, você faz um esforço linguístico para aumentar seu poder linguístico, como nos exercícios físicos: você exercita o músculo para fazê-lo mais forte.
domingo, 3 de julho de 2011
Uso dos números, ordem de grandeza e outras ciências
Os números podem nos ajudar a ter mais domínio sobre as coisas do que imaginamos.
Este pode ser o motivo pelo qual os alunos não gostam de matemática. Ela, sem aplicação, sem uma inserção profunda em nossa vida, não provoca interesse, já que reina em um mundo altamente abstrato, quando sozinha.
Ordem de grandeza
Se, no mundo matemático, digo que 1000 é maior que 4, estou certo, matematicamente correto, mas não chego ao mundo real. Isto é uma expressão do mundo abstrato, pois no real não temos números por si só, e sim entidades, coisas.
Uso da ordem de grandeza
Seja a frase:
"A cidade de Atenas tem 4 milhões de habitantes, um terço da população do próprio país".
Em termos matemáticos, a cidade tem 4 milhões e o país 12 milhões. Colocando mais ênfase, poderíamos dizer:
"A cidade de Atenas tem 4 milhões de habitantes, o que representa um terço da população do país inteiro".
Ao dizer "que representa", expressamos ênfase da cifra numérica. O "inteiro" também enfatiza que a cifra total está próxima (em termos) da cifra menor, mesmo que sejam milhões de diferença. Entra então o conceito de demografia. Em demografia, espera-se que a população de uma cidade não tenha uma fração muito significativa da população total, digamos de 1/50 em países pequenos (um país com 50 municípios cuja população seja significativa). No Brasil, com mais de 2000 municípios (5546 no total), cerca de 400 tem população significativa. Se a Grande São Paulo tivesse um terço da população do país (por volta de 183 milhões) isto representaria algo em torno de 61 milhões.
Em nosso senso de percepção demográfica, temos (nestes anos 2000) que uma cidade grande tem por volta de 2,5 milhões de habitantes. Portanto, na comparação entre 61 milhões e 2,5 milhões, sentimos que a cidade de São Paulo simplesmente explodiria.
Ordem de grandeza e o senso humano
É neste ponto que queríamos chegar: as ordens de grandeza "impressas" no senso comum humano de um adulto. Se estamos medianamente informados sobre um assunto, tomamos conhecimento das ordens de grandeza dos números "embutidos" naquele assunto. E desta forma, podemos fazer bom uso dos números, e compreender os vários ramos da ciência pelas expressões numéricas das mesmas.
Sem uma escala numérica ou sensitiva dos valores envolvidos em uma ciência, não podemos compreendê-la, e portanto não podemos utilizá-la na prática.
Este pode ser o motivo pelo qual os alunos não gostam de matemática. Ela, sem aplicação, sem uma inserção profunda em nossa vida, não provoca interesse, já que reina em um mundo altamente abstrato, quando sozinha.
Ordem de grandeza
Se, no mundo matemático, digo que 1000 é maior que 4, estou certo, matematicamente correto, mas não chego ao mundo real. Isto é uma expressão do mundo abstrato, pois no real não temos números por si só, e sim entidades, coisas.
Uso da ordem de grandeza
Seja a frase:
"A cidade de Atenas tem 4 milhões de habitantes, um terço da população do próprio país".
Em termos matemáticos, a cidade tem 4 milhões e o país 12 milhões. Colocando mais ênfase, poderíamos dizer:
"A cidade de Atenas tem 4 milhões de habitantes, o que representa um terço da população do país inteiro".
Ao dizer "que representa", expressamos ênfase da cifra numérica. O "inteiro" também enfatiza que a cifra total está próxima (em termos) da cifra menor, mesmo que sejam milhões de diferença. Entra então o conceito de demografia. Em demografia, espera-se que a população de uma cidade não tenha uma fração muito significativa da população total, digamos de 1/50 em países pequenos (um país com 50 municípios cuja população seja significativa). No Brasil, com mais de 2000 municípios (5546 no total), cerca de 400 tem população significativa. Se a Grande São Paulo tivesse um terço da população do país (por volta de 183 milhões) isto representaria algo em torno de 61 milhões.
Em nosso senso de percepção demográfica, temos (nestes anos 2000) que uma cidade grande tem por volta de 2,5 milhões de habitantes. Portanto, na comparação entre 61 milhões e 2,5 milhões, sentimos que a cidade de São Paulo simplesmente explodiria.
Ordem de grandeza e o senso humano
É neste ponto que queríamos chegar: as ordens de grandeza "impressas" no senso comum humano de um adulto. Se estamos medianamente informados sobre um assunto, tomamos conhecimento das ordens de grandeza dos números "embutidos" naquele assunto. E desta forma, podemos fazer bom uso dos números, e compreender os vários ramos da ciência pelas expressões numéricas das mesmas.
Sem uma escala numérica ou sensitiva dos valores envolvidos em uma ciência, não podemos compreendê-la, e portanto não podemos utilizá-la na prática.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
A mentira sempre provoca outras perguntas
Conversando com meu filho pré-adolescente tive uma luz:
Uma mentira acaba provocando mais perguntas
Estava explicando para ele que é mais fácil falar a verdade, pois aí a conversa acaba logo, sem se ter que fazer mais esforço. A verdade é econômica.
Dei a ele um exemplo. Perguntei:
- Você gosta de estudar ?
Ao que ele respondeu:
- Não.
Então eu lhe disse:
- Viu, não tenho mais perguntas. Você foi honesto.
Se eu tivesse perguntado a ele se iria estudar à noite, ele poderia me responder:
- Vou.
Então eu perguntaria:
- Vai mesmo ? Toda noite você só fica jogando videogames. Vai largar o jogo?
Ao que ele responderia:
- Hoje eu vou estudar. Eu prometo.
E eu:
- Então você promete ?
E ele responderia:
- Prometo.
E eu retrucaria com aquelas frases comuns:
- Quero ver. Hoje nós vamos saber se você é um bom menino.
Meu filho se riu destas razões. Lembrem-se:
Uma mentira acaba provocando mais perguntas
Estava explicando para ele que é mais fácil falar a verdade, pois aí a conversa acaba logo, sem se ter que fazer mais esforço. A verdade é econômica.
Dei a ele um exemplo. Perguntei:
- Você gosta de estudar ?
Ao que ele respondeu:
- Não.
Então eu lhe disse:
- Viu, não tenho mais perguntas. Você foi honesto.
Se eu tivesse perguntado a ele se iria estudar à noite, ele poderia me responder:
- Vou.
Então eu perguntaria:
- Vai mesmo ? Toda noite você só fica jogando videogames. Vai largar o jogo?
Ao que ele responderia:
- Hoje eu vou estudar. Eu prometo.
E eu:
- Então você promete ?
E ele responderia:
- Prometo.
E eu retrucaria com aquelas frases comuns:
- Quero ver. Hoje nós vamos saber se você é um bom menino.
Meu filho se riu destas razões. Lembrem-se:
A verdade é econômica.
domingo, 12 de junho de 2011
Etapas, ordem e prioridade
Algumas coisas são importantes. Algumas coisas vem antes das outras. É preciso se fazer algumas coisas para se ter um resultado.
A diferença entre a maturidade do adulto e da criança está na percepção de que é preciso perfazer etapas antes de se atingir um objetivo, ou seja, não basta querer para ter, é preciso fazer. Isto é a base para o aprendizado:
Teórico e incompleto porque é uma fórmula muito geral.
Além da necessidade de reconhecer as etapas, ainda existe a ordem na qual elas devem ser feitas, para que não se chegue na hora de fazer algo quando alguma coisa para este algo está faltando.
E para piorar, existe a questão da prioridade. Existem coisas que devem ser feitas antes das outras por uma questão de preenchimento de requisitos básicos. Nos projetos de vulto, a obtenção da verba costuma ser uma prioridade.
Prioridade
A maturidade, assim como a personalidade, também é reconhecida pela definição correta de prioridades. Uma das maiores pragas de nosso tempo, onde prazos, orçamento e paciência acabam estourando, é a indefinição ou constante mudança de prioridades. Resultado: muda-se as prioridades a toda hora, e desta forma trabalhos são perdidos, mais dinheiro é gasto, o estresse aumenta. Empregados arranjam então outro emprego, ou mudam de área, ou entram de licença médica. Faltando empregados, o prazo estoura, Mais estresse, perda de verba, o líder se desorienta e muda mais ainda as prioridades, num ciclo vicioso. Daí vem o desperdício e a ineficiência.
Mas o que é prioritário ?
Em primeiro lugar, na indústria e no comércio, é o foco no objetivo da empresa. Produtos bons com preço compatível. Na construção civil, portanto, edificações confiáveis, modernas, a custos compatíveis. No escritório de advocacia, boas defesas, completas, para evitar os infinitos recursos. Nos Recursos Humanos, promover realmente o crescimento dos funcionários, para não ocasionar estresse, rotatividade e desmotivação, raízes dos numerosos processos trabalhistas.
Como definir etapas?
Conheça seu negócio, faça sua Gestão de Conhecimento, selecione bem seu pessoal, faça simulações, estude o mercado. Ao definir as etapas você encontrará a ordem. E ordem é lógica. Estude toda a área linguística que permeia seus processos. A ordem e as etapas estão "escondidas" na linguística do seu negócio. Enquanto o "achismo" de alguns não for deixado de lado, teremos processos definidos de forma errada, e se funcionarem serão ineficientes.
Quanto à Lógica, vem sendo muito esquecida. As pessoas estão tão preocupadas com redes sociais e trabalho em grupo que esqueceram-se de estudar lógica. Até em processamento de dados os estagiários e profissionais não se interessam mais por isto, devido à proliferação de ferramentas de solução que trazem muitas coisas prontas.
A diferença entre a maturidade do adulto e da criança está na percepção de que é preciso perfazer etapas antes de se atingir um objetivo, ou seja, não basta querer para ter, é preciso fazer. Isto é a base para o aprendizado:
Querer => Fazer => Ter
Teórico e incompleto porque é uma fórmula muito geral.
Além da necessidade de reconhecer as etapas, ainda existe a ordem na qual elas devem ser feitas, para que não se chegue na hora de fazer algo quando alguma coisa para este algo está faltando.
E para piorar, existe a questão da prioridade. Existem coisas que devem ser feitas antes das outras por uma questão de preenchimento de requisitos básicos. Nos projetos de vulto, a obtenção da verba costuma ser uma prioridade.
Prioridade
A maturidade, assim como a personalidade, também é reconhecida pela definição correta de prioridades. Uma das maiores pragas de nosso tempo, onde prazos, orçamento e paciência acabam estourando, é a indefinição ou constante mudança de prioridades. Resultado: muda-se as prioridades a toda hora, e desta forma trabalhos são perdidos, mais dinheiro é gasto, o estresse aumenta. Empregados arranjam então outro emprego, ou mudam de área, ou entram de licença médica. Faltando empregados, o prazo estoura, Mais estresse, perda de verba, o líder se desorienta e muda mais ainda as prioridades, num ciclo vicioso. Daí vem o desperdício e a ineficiência.
Mas o que é prioritário ?
Em primeiro lugar, na indústria e no comércio, é o foco no objetivo da empresa. Produtos bons com preço compatível. Na construção civil, portanto, edificações confiáveis, modernas, a custos compatíveis. No escritório de advocacia, boas defesas, completas, para evitar os infinitos recursos. Nos Recursos Humanos, promover realmente o crescimento dos funcionários, para não ocasionar estresse, rotatividade e desmotivação, raízes dos numerosos processos trabalhistas.
Como definir etapas?
Conheça seu negócio, faça sua Gestão de Conhecimento, selecione bem seu pessoal, faça simulações, estude o mercado. Ao definir as etapas você encontrará a ordem. E ordem é lógica. Estude toda a área linguística que permeia seus processos. A ordem e as etapas estão "escondidas" na linguística do seu negócio. Enquanto o "achismo" de alguns não for deixado de lado, teremos processos definidos de forma errada, e se funcionarem serão ineficientes.
Quanto à Lógica, vem sendo muito esquecida. As pessoas estão tão preocupadas com redes sociais e trabalho em grupo que esqueceram-se de estudar lógica. Até em processamento de dados os estagiários e profissionais não se interessam mais por isto, devido à proliferação de ferramentas de solução que trazem muitas coisas prontas.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Falta de atenção ou tendência ao erro
Em um dos posts deste blog (a tendência do cérebro é errar) já introduzimos a teoria sobre o assunto. Agora vamos apresentar o caso prático.
Em uma sala da quinta série de uma escola particular, foi apresentada em prova a seguinte questão:
O parque nacional da Serra da Canastra recebe 432.450 visitantes por ano. Calcule o número de visitantes por mês. Dê a resposta sem as casas decimais.
Vejam o cálculo que o aluno colocou no espaço para a resposta:
Olha só a confusão que a criança fez, dividindo o número de visitas não pelo número de meses do ano (12) e sim pelo número de dias do mês.
É muito fácil resumir o problema a um simples "falta de atenção". Não se trata disto. É preciso entender nosso comportamento frente às numerosas e complexas redes neurais de nosso cérebro.
Quando se fala em noção de tempo, temos que acessar os conceitos de ano, mês, semana, dia, hora e minutos. Com tantos conceitos, o indivíduo precisa de um tempo maior para selecionar a informação correta. O aumento da reserva de conceitos (conhecimento) traz, em contrapartida, a maior tendência à acessar as informações erradas.
Observe o diagrama:
A tal da "atenção" chamaríamos de Foco (palavra muito em uso ultimamente). Todo o diagrama representaria as duas redes neurais sendo acessadas: Divisão e Noções de Tempo.
O aluno escolheu corretamente o primeiro número da divisão. Mas o problema não deu o segundo número, pelo qual ele tem que dividir o número de visitantes. Ele deve encontrar este número em sua rede de conceitos sobre o tempo. A ligação entre cada noção de tempo com a outra é o número que relaciona o par. Por exemplo, 60 liga hora a minuto porque a hora tem 60 minutos.
O nosso aluno acessou mês em sua rede neural de tempo, no entanto, devido a um problema de foco escolheu o coeficiente 30, próximo de mês, mas não o valor correto pedido. Quando erramos, não cometemos erros estapafúrdios, mas pequenos erros com consequências muito erradas. O número 30 escolhido pode estar bem longe de 12 (mais que o dobro), mas está localizado, na rede neural, bem próximo do mês.
Como solucionar este "problema de atenção"
Muitos diriam, em suas recomendações para se fazer provas ou concursos, que é preciso respirar antes de resolver uma questão. Nós já dizemos que, para cada conceito envolvido, deve ser feito um diagrama, colocar os conceitos associados, e duvidar da própria escolha.
Em uma sala da quinta série de uma escola particular, foi apresentada em prova a seguinte questão:
O parque nacional da Serra da Canastra recebe 432.450 visitantes por ano. Calcule o número de visitantes por mês. Dê a resposta sem as casas decimais.
Vejam o cálculo que o aluno colocou no espaço para a resposta:
Olha só a confusão que a criança fez, dividindo o número de visitas não pelo número de meses do ano (12) e sim pelo número de dias do mês.
É muito fácil resumir o problema a um simples "falta de atenção". Não se trata disto. É preciso entender nosso comportamento frente às numerosas e complexas redes neurais de nosso cérebro.
Quando se fala em noção de tempo, temos que acessar os conceitos de ano, mês, semana, dia, hora e minutos. Com tantos conceitos, o indivíduo precisa de um tempo maior para selecionar a informação correta. O aumento da reserva de conceitos (conhecimento) traz, em contrapartida, a maior tendência à acessar as informações erradas.
Observe o diagrama:
A tal da "atenção" chamaríamos de Foco (palavra muito em uso ultimamente). Todo o diagrama representaria as duas redes neurais sendo acessadas: Divisão e Noções de Tempo.
O aluno escolheu corretamente o primeiro número da divisão. Mas o problema não deu o segundo número, pelo qual ele tem que dividir o número de visitantes. Ele deve encontrar este número em sua rede de conceitos sobre o tempo. A ligação entre cada noção de tempo com a outra é o número que relaciona o par. Por exemplo, 60 liga hora a minuto porque a hora tem 60 minutos.
O nosso aluno acessou mês em sua rede neural de tempo, no entanto, devido a um problema de foco escolheu o coeficiente 30, próximo de mês, mas não o valor correto pedido. Quando erramos, não cometemos erros estapafúrdios, mas pequenos erros com consequências muito erradas. O número 30 escolhido pode estar bem longe de 12 (mais que o dobro), mas está localizado, na rede neural, bem próximo do mês.
Como solucionar este "problema de atenção"
Muitos diriam, em suas recomendações para se fazer provas ou concursos, que é preciso respirar antes de resolver uma questão. Nós já dizemos que, para cada conceito envolvido, deve ser feito um diagrama, colocar os conceitos associados, e duvidar da própria escolha.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Exercícios físicos para o cérebro - Brain exercises
Se alguma vez você fez dança, karatê ou tai-chi-chuan, deve ter feito exercícios para o cérebro sem saber. E os mais eficazes são os exercícios de oposição, também usados para aulas de canto avançadas.
O que são os exercícios de oposição ?
Exercícios de oposição combinam movimentos de pés e mãos, de forma que se faça um movimento de mão esquerda ao mesmo tempo em que se movimenta o pé direito, e vice-versa. No princípio, deve-se adotar a posição sentada, para evitar desequilíbrios. Quando a coordenação motora estiver desenvolvida, poder-se-á fazê-los de pé.
Qual é a razão de se fazer este tipo de exercício ?
Já é sabido que o hemisfério esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo e vice-versa. Também se sabe que cada metade dos campos visuais é controlada por um hemisfério cerebral, num complexo jogo de complementações da visão em termos físicos e de interpretação.
Suponhamos a codificação de um material esportivo. O gestor de conhecimento da indústria deste tipo de material codifica tipo do material, tecido e cor:
Tipo do material
0001 - Agasalho
0010 - Camiseta
0100 - Calça
1000 - Tênis
Tecido
0001 - poliamida
0010 - nylon
0100 - elastano
1000 - algodão
Cor
00000000 - Branca
00000001 - Amarela
00000010 - Laranja
00000100 - Vermelha
00001000 - Verde clara
00010000 - Verde escura
00100000 - azul
01000000 - marrom
10000000 - preta
Para compor um artigo Tênis - Nylon - Amarelo, alguém poderia sugerir a justaposição:
1000 0010 00000001
Mas para maior complexidade, já que se trata de um código, poderiamos entrelaçar tipo do material justaposto com o tecido (8 números) com a cor (8 números):
1000 0010
0000 0001
para obter (extraindo um número ora de um e ora de outro):
1000000 00001001
Os códigos de barra são compostos de forma semelhante, proporcionando maior codificação.
Ir lendo códigos deste tipo, separando e identificando as partes, você vai aumentar a sua capacidade cerebral.
Um exemplo com uma frase:
"O gato angorá saltou sobre o telhado"
Ficaria (respeitado o tamanho diferente das palavras e a separação dos sintagmas):
" o gaantgoorá ssaolbtrue o telhado"
Interessante, não ?
Escrever
Um dos exercícios mais úteis para o cérebro é escrever, e escrever com lápis ou caneta, e não através de teclado de computador, tablet ou telefone celular. Escrever é desenhar de forma contínua, com o acompanhamento cerebral da cadeia de ideias.
O que são os exercícios de oposição ?
Exercícios de oposição combinam movimentos de pés e mãos, de forma que se faça um movimento de mão esquerda ao mesmo tempo em que se movimenta o pé direito, e vice-versa. No princípio, deve-se adotar a posição sentada, para evitar desequilíbrios. Quando a coordenação motora estiver desenvolvida, poder-se-á fazê-los de pé.
Qual é a razão de se fazer este tipo de exercício ?
Já é sabido que o hemisfério esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo e vice-versa. Também se sabe que cada metade dos campos visuais é controlada por um hemisfério cerebral, num complexo jogo de complementações da visão em termos físicos e de interpretação.
Pela figura vemos e constatamos que existe um tratamento cruzado do que parece algo contínuo em planos horizontais de percepção. Juntando, então, movimentos cruzados e visões cruzadas, o cérebro exercita sua natureza mais intrínseca, que são as complementações e cruzamentos, exigindo um maior esforço, e portanto preparando o cérebro para desafios maiores.
Um exemplo de código
Suponhamos a codificação de um material esportivo. O gestor de conhecimento da indústria deste tipo de material codifica tipo do material, tecido e cor:
Tipo do material
0001 - Agasalho
0010 - Camiseta
0100 - Calça
1000 - Tênis
Tecido
0001 - poliamida
0010 - nylon
0100 - elastano
1000 - algodão
Cor
00000000 - Branca
00000001 - Amarela
00000010 - Laranja
00000100 - Vermelha
00001000 - Verde clara
00010000 - Verde escura
00100000 - azul
01000000 - marrom
10000000 - preta
Para compor um artigo Tênis - Nylon - Amarelo, alguém poderia sugerir a justaposição:
1000 0010 00000001
Mas para maior complexidade, já que se trata de um código, poderiamos entrelaçar tipo do material justaposto com o tecido (8 números) com a cor (8 números):
1000 0010
0000 0001
para obter (extraindo um número ora de um e ora de outro):
1000000 00001001
Os códigos de barra são compostos de forma semelhante, proporcionando maior codificação.
Ir lendo códigos deste tipo, separando e identificando as partes, você vai aumentar a sua capacidade cerebral.
Um exemplo com uma frase:
"O gato angorá saltou sobre o telhado"
Ficaria (respeitado o tamanho diferente das palavras e a separação dos sintagmas):
" o gaantgoorá ssaolbtrue o telhado"
Interessante, não ?
Escrever
Um dos exercícios mais úteis para o cérebro é escrever, e escrever com lápis ou caneta, e não através de teclado de computador, tablet ou telefone celular. Escrever é desenhar de forma contínua, com o acompanhamento cerebral da cadeia de ideias.
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